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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bons no Pior: Corrupção. Na Europa e no Mundo.

Portugal na 32ª posição na lista dos 183 países mais corruptos!


Portugal mantém-se na 32. posição no Índice de Percepção da Corrupção divulgado hoje pela Transparência Internacional no quadro de 183 países e territórios, com a falta de resolução de mega processos envolvendo políticos a contribuir para a ausência de melhorias.

Apesar de ter escalado um lugar no mapa da Europa em 2011, ao conquistar o 18. posto, Portugal continua apenas à frente de Malta, Itália, Grécia e dos países do Leste.

A estagnação relativamente à pontuação alcançada em 2010 - subiu uma décima de 6.0 para 6.1 numa escala em que 10 significa livre de corrupção e zero altamente corrupto - espelha a falta de progressos na forma como o país é percepcionado no que concerne à corrupção. 
"A falta de resolução de mega processos que envolvem políticos e homens de negócios também não tem favorecido uma melhoria das perceções externas sobre o combate à corrupção", justificou Luís de Sousa, presidente da Transparência e Integridade, representação em Portugal da organização não governamental, ao frisar que "Portugal não tem conseguido desmarcar-se da má imagem do funcionamento do seu sector público". 

Segundo refere o responsável, "tudo isto tem consequências para o clima de negócios do país" e Portugal "tornou-se menos atractivo para o investimento externo de qualidade e sustentável e mais exposto a investidores sem escrúpulos que procuram ambientes de negócios impregnados de práticas de corrupção, clientelismo e fraca fiscalização, possibilitando a lavagem de dinheiros com proveniência duvidosa". 

Além disso, "a actual conjuntura de precariedade que o país está a atravessar  vai criar mais oportunidades para este tipo de práticas, quer pela necessidade  de cortar cantos em muitos negócios públicos de modo a aumentar a receita do Estado, quer pela necessidade de reduzir a despesa, debilitando os mecanismos de controlo", alertou Luís de Sousa, citado numa nota constante do capítulo português da Transparência Internacional. 

O Índice de Percepção de Corrupção de 2011 mostra que o fenómeno continua a atingir um número muito elevado de países e territórios em todo o mundo e que "alguns governos estão a falhar na protecção dos cidadãos" face ao fenómeno que se manifesta de várias formas, desde subornos, ao abuso dos recursos públicos. 
"Os protestos que vão emergindo por todo o mundo, tantas vezes alimentados pela corrupção e pela instabilidade económica, são uma demonstração clara da desconfiança dos cidadãos face aos líderes políticos e instituições públicas,  considerados pouco transparentes e insuficientemente responsabilizados pelos seus actos", lê-se numa nota do capítulo português da organização. 

Os resultados "dizem-nos que a corrupção continua a dominar o mundo", aponta a representação portuguesa da Transparência Internacional, ao realçar que cerca de dois terços dos países obtêm nota negativa" e que é "curioso" verificar que no espaço europeu "os países com os valores mais baixos no índice (quanto mais baixo mais corrupto) são precisamente aqueles cujos Estados estão mais endividados e dependentes de apoios externos - como Portugal, Itália ou Grécia". 

"Isto mostra de forma gritante que a corrupção é uma das principais causas da dívida pública que nos obriga, e a tantos países europeus, a tão duros sacrifícios", concluiu o vice-presidente da organização em Portugal, Paulo Morais. 

A Transparência Internacional é uma organização não-governamental que tem como principal objectivo a luta contra a corrupção. Foi fundada em março de 1993 e tem sede em Berlim. É conhecida pela produção anual de um relatório no qual se analisam os índices de percepção de corrupção no mundo.

Fonte:  Lusa 


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Eu diria que o meu país, é o "País da cunha e compadrio"!


Pior ainda!
Quem não alinha, por uma questão de escrúpulos, por ter valores e princípios morais, tais como dar valor à  instituição Meritocracidade, praticamente inexistente na sociedade portuguesa, que deveria dar  valor por mérito, e não a quem é: filho de, amigo de, conhecido de, do partido de,...; quem não alinhar, será praticamente impedido, renegado, de estar e ser, na sua natural posição, pelos motivos positivos, de quem tenha ou seja, pela causa meritória, que teria ou seria, caso fosse aplicado a referida meritocracia, em prol de quem usa e abusa de métodos anti-democraticos, fraudulentos, ilegais e imorais, que CORRÓI, toda uma sociedade que se queira, desenvolvida, mais justa social e humanamente possível.


 Os portugueses toleram bem o tráfico de influências e vêem nele a única forma de ultrapassar um Estado lento e desatento aos seus direitos e necessidades.


 A população portuguesa revela que as "cunhas" e os pedidos para "mexer cordelinhos" fazem parte do modo de vida dos portugueses, mas a maioria, nem que seja só para "inglês ver", defende a criação de uma agência anti-corrupção, com altos poderes de investigação.
Diria que é um problema legal, mas, também, de CULTURA CÍVICA, sobretudo, um problema de "Mentalidades" enraizada na nossa sociedade, há muitos séculos!

Os portugueses tendem a considerar "actos corruptos" aqueles que "mais se aproximam da definição penal", deixando, assim, de fora uma série de outros comportamentos tipo "cunhas", "favorecimentos", ou "patrocinato político". 

Portugal é um País propenso a um tipo de corrupção que não assenta necessariamente no suborno e na troca directa dinheiro/decisões, mas que é construída socialmente ao longo do tempo, através da troca de favores, de simpatia, de prendas e hospitalidade. 

É o "País da cunha" e do "mexer de cordelinhos", perante "um aparelho de Estado lento e insensível aos problemas dos cidadãos, de difícil acesso e inibidor da iniciativa privada". 

Ao mesmo tempo que revelam tolerância em relação à cunha, ao favorecimento ou ao patrocinato político, os portugueses afirmam ter mão pesada na punição dos actos corruptos. 

Os Portugueses não denunciam a corrupção!!!
As queixas de cidadãos junto das autoridades são praticamente nulas.                                      
A maioria garante que denunciaria crimes de corrupção de que tivesse conhecimento, na realidade, os portugueses recolhem-se ao silêncio e à indiferença. 


Defendo a criação de uma Agência Anti-Corrupção, com amplos poderes de investigação, mas que fosse constituída por elementos idóneos e isentos de qualquer suspeita, credenciados pela sua atitude profissional e de cidadania, formassem um núcleo investigatório com todos os meios e poderes concretizadores, eficazes, de combate real, à doença CORRUPÇÃO, que destrói a nossa sociedade, de modo silencioso, mas mortal.    
  
já agora, hoje é o 1º de Dezembro:
Viva ao 1º de Dezembro  de 1640, aos grandes Portugueses que conseguiram restaurar a nossa independência. Esperemos que como seus descendentes, consigamos honrá-los, e tornar este um grande país, em todos os níveis.


TITO COLAÇO
01.12.11                                                                                                                                                                                                                              

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