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sábado, 2 de maio de 2015

Reborn...









     Reborn...     





















Reborn...













Reborn...

















A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia.
A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem.
Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros ainda se perdem.

(...)

Mas a maioria é feliz e goza a vida sem isso valer.
Em geral, o homem chora pouco, e, quando se queixa, é a sua literatura.
O pessimismo tem pouca viabilidade como fórmula democrática. Os que choram o mal do mundo são isolados — não choram senão o próprio.
Um Leopardi, um Antero não têm amado ou amante?
O universo é um mal. Um Vigny é mal ou pouco amado?
O mundo é um cárcere. 
Um Chateaubriand sonha mais que o possível?
A vida humana é tédio. 
Um Job é coberto de bolhas?
A terra está coberta de bolhas. Pisam os calos do triste?
Ai dos pés dos sóis e das estrelas.
Alheia a isto e chorando só o preciso e no menos tempo que pode — quando lhe morre o filho que esquecerá pelos anos fora, salvo nos aniversários — quando pensando, e chora enquanto não arranja outro, ou se não adapta ao estado de perda — a humanidade continua digerindo e amando.
A vitalidade recupera e reanima.
Os mortos ficam enterrados.
As perdas ficam perdidas.
Quando vejo um gato ao sol lembra-me sempre do homem ao sol.





Fernando Pessoa
“Livro do Desassossego”






































Nós já esquecemos completamente o axioma de que a verdade é a coisa mais poética no mundo, especialmente no seu estado puro.
Mais do que isso: é ainda mais fantástica que aquilo que a mente humana é capaz de fabricar ou conceber... de facto, os homens conseguiram finalmente ser bem sucedidos em converter tudo o que a mente humana é capaz de mentir e acreditar em algo mais compreensível que a verdade, e é isso que prevalece por todo o mundo.
Durante séculos a verdade irá continuar à frente do nariz das pessoas mas estas não a tomarão: irão persegui-la através da fabricação, precisamente porque procuram algo fantástico e utópico.






Fiodor Dostoievski


“Diário de um escritor”


























































O novo desafio para os seres humanos que viveram por tanto tempo em tal miséria que está agora incrementada pelos terríveis instrumentos destrutivos, o desafio é que deve mudar instantaneamente.
E se a sua resposta não é nova, estará no maior conflito, estará contribuindo para os maiores sofrimentos do homem.
Assim, tem que responder ao novo desafio de um modo novo.
E isso só é possível quando compreende toda a estrutura e a natureza do pensamento.
Se responde intelectualmente, verbalmente, conceptualmente, então é a operação e a abordagem do velho.
Assim, é possível – por favor, ouça isto, conquanto absurdo possa parecer, por favor, ouça primeiro – é possível responder sem o pensamento, responder com todo o seu ser e não com parte do seu ser?
O pensamento ou o intelecto é um fragmento do seu ser inteiro, obviamente, e quando uma parte, uma parte fragmentária responde a um imenso desafio, isto cria mais conflito.
Então o pensamento, o intelecto, como é um fragmento do ser humano todo, não produzirá uma mudança radical, não é o meio de abordar este desafio.
Só quando a totalidade da mente humana – a mente sendo as respostas nervosas, as emoções, o todo que é você – responde completamente, sem nenhuma fragmentação nessa resposta, é que há uma nova acção a acontecer.
Se eu respondo a esse desafio intelectualmente, verbalmente, será apenas uma resposta fragmentada, não será uma resposta humana total.
E a resposta humana total só é possível quando eu dou a minha mente e o meu coração completamente.
Ou seja, a resposta ao novo desafio para ser adequada, para ser completa, é uma única resposta, que não é intelectual, nem verbal, nem teórica; e essa resposta é (se posso usar essa palavra que foi tão deturpada) amor.







Jiddu Krishnamurti

 “Talks with american students”
































































Leaves are falling under my wings
I hear a young boy cry "Why my father, why my mom
How can I say goodbye"
It ain't easy to get by again
Maybe we are leaving from time to time again

Where we go around from here
Will we shed another tear
Like the seasons we are leaving to return again

Where we go around from here
Will we shed another tear
Like the seasons we are leaving to return again

For your mother - for your dad
Here is a secret door
I'm the tree of magic and consolation
For three thousand years or more
When my leaves are falling down again
You can meet them here from time to time again

Where we go around from here
Will we shed another tear
Like the seasons we are leaving to return again

Where we go around from here
Will we shed another tear
Like the seasons we are leaving to return again

It's the end of the seasons, all the people are leaving
There's no other way, no other way

Where we go around from here
Will we shed another tear
Like the seasons we are leaving
To return again

Where we go around from here
Will we shed anohter tear
Like the seasons we are leaving
To return again




Vanden Plas
”Healing tree”















































Tito Colaço


II _ V _ MMXV