Páginas

domingo, 30 de novembro de 2014

The human stain...

















The human stain...
































Civilização construída
ao acaso




A civilização moderna encontra-se em má posição porque não nos convém.
Foi construída sem conhecimento da nossa verdadeira natureza. Deve-se ao capricho das descobertas científicas, do apetite dos homens, das suas ilusões, das suas teorias e dos seus desejos. Apesar de ter sido edificada por nós, não foi feita à nossa medida.
Na verdade, é evidente que a ciência não seguiu nenhum plano. Desenvolveu-se ao acaso, com o nascimento de alguns homens de génio, a forma do seu espírito e o caminho que tomou a sua curiosidade.
Não se inspirou de modo nenhum no desejo de melhorar o estado dos seres-humanos.
As descobertas produziram-se ao sabor da intuição dos cientistas e das circunstâncias mais ou menos fortuitas das suas carreiras.
Se Galileu, Newton ou Lavoisier tivessem aplicado os poderes do seu espírito ao estudo do corpo e da consciência, talvez o nosso mundo fosse diferente do que é hoje.
Os cientistas ignoram para onde vão.
São guiados pelo acaso, por raciocínios subtis, por uma espécie de clarividência.
Cada um deles é um mundo à parte, governado pelas suas próprias leis. De tempos a tempos, certas coisas, obscuras para os outros, tornam-se claras para eles.
Em geral, as descobertas são feitas sem nenhuma revisão das consequências.
Mas a forma da nossa civilização resultou dessas consequências.


 Alexis Carrel 
“O homem esse desconhecido”













































When a new day reaches dawn
I feel it's worth the wait
But I tumble and I fall
When up against my fate

When the barricades come down
I build them up again
When I'm just about to drown
I still don't know the end

[Chorus:]
Sometimes I tremble
Like a little child
That faces morning
With a broken smile
Sometimes I crumble
When the shades unfurl
Sometimes I feel that
I could rule the world

[Solo]

When the morning comes alive
Release your love brigade
At the end of day it's night
To suck it up with hate

[Chorus x2]

(That faces morning
With a broken smile
Sometimes I crumble
When the shades unfurl
Sometimes I feel that
I could rule the world)



Kamelot
“Rule the world”












































Tito Colaço
XXX _ XI _ MMXIV



















Oh ambition!











 Oh ambition!!! 







 Soberanos mas escravos 


Os homens que estão em altos lugares são escravos de três modos: escravos do soberano ou do Estado, escravos da reputação, e escravos dos negócios.
Não gozam de liberdade, nem nas suas pessoas, nem nas suas acções, nem no seu tempo. 
Estranho desejo é o de ganhar o poder e perder a liberdade, ou de buscar o poder sobre os outros para perder o poder sobre si-próprio. 
A ascensão às altas funções é laboriosa, através de canseiras chega o homem a maiores canseiras; a ascensão é por vezes humilhante, e por meio de indignidades é que o homem chega às dignidades.
Manter-se à altura é difícil, e a descida é uma queda vertical, ou pelo menos um eclipse, coisa melancólica.
Além disso, os homens não se podem retirar quando querem, nem querem quando seria razoável, não se compadecem com a aposentação por idade ou por doença, quando necessitam estar à sombra, tais como os velhos das vilas e das aldeias que querem estar sentados à porta de casa, expondo assim a velhice ao escárnio dos outros. 
Certamente, as altas personalidades necessitam de pedir aos outros homens opiniões que as façam felizes, porque a julgarem-se pelos próprios sentimentos jamais conseguirão a felicidade, mas se considerarem à parte o que os outros homens pensam a respeito delas, e que os outros homens desejariam ser o que elas são, nesse momento sentem-se indirectamente felizes, mediante a fama, se bem que no íntimo talvez pensem o contrário. 




   Francis Bacon   
“Ensaios - Das altas funções”  










































She could fly like a bird in the sky
With the wind beneath her wings
Ooh ooh ooh ooh ambition
She took off she burned out
Ooh ooh ooh the end comes easy
He could dive into the sun
And fade the moon away
Ooh ooh ooh ooh ambition
He took off he burned out
Ooh ooh ooh the end comes easy
The world unfolds day to day
We're moving too fast
And we can catch all the pain
Ooh ooh ooh ooh ambition
We're going down we're burning out
Ooh ooh the end comes easy oh oh oh
Oh the end is down ambition oh oh
Aah ah aah aah ah aah



      Jorn      
      “End come easy”      



























































Tito Colaço
XXX _ XI _ MMXIV
















Promises...















   Promises...   









Seguimos
a
multidão



Nos nossos contactos quotidianos seguimos a multidão, deixamo-nos levar por esperanças e temores subalternos, tornamo-nos vítimas das nossas próprias técnicas e implementos, e desusamos o acesso que temos ao oráculo divino.
É apenas enquanto a alma dorme que nos servimos dos préstimos de tantas maquinarias e muletas engenhosas.
De que servem os telégrafos?
Qual a utilidade dos jornais?
O homem sábio não aguarda os correios nem precisa ler telegramas para descobrir como se sentem os homens no Kansas ou na Califórnia durante uma crise social.
Ele ausculta o seu próprio coração.
Se eles são feitos como ele é, se respiram o mesmo ar e comem o mesmo trigo, se têm mulheres e filhos, ele sabe que a sua alegria e ressentimento atingem o mesmo ponto que o seu.
A alma íntegra está em perpétua comunicação telegráfica com a fonte dos acontecimentos, dispõe de informação antecipada, qual despacho particular, que a exime e alivia do terror que oprime o restante da comunidade.





Ralph Waldo Emerson
"Progresso da cultura"















Like a crow in the black of the night
Hide from the sun deep down in my hole
Tears are turning into heavy day
Blends with rust in my pain machine
You gave me promises
But I can't force you to feel
And I cry to my self cause I know what is real
My silent loneliness
The darkness swallows my day
I can't lie to myself cause I know what I feel
Give me something real
Yeah yeah
Stabbing pain in the core of my heart
Cut by you and now I bleed for your love
Touch my scar and feel the layers of sorrow
Your coldness blows like a chill in the night
You gave me promises
But I can't force you to feel
And I cry to my self cause I know what is real
My silent loneliness
The darkness swallows my day
I can't lie to myself cause I know what I feel
I know what is real yeah
Like a crow in the black of the night
Hide from the sun deep down in my hole
My tears are falling like hard rain
I never saw the wicked games you played
You gave me promises
But I can't force you to feel
And I cry to my self cause I know what is real
My silent loneliness
The darkness swallows my day
I can't lie to myself cause I know what I feel
I know what is real oh baby
And I can't force you to feel no
Yeah yeah you gave me promises


Jorn
“Promises”




























Tito Colaço

 XXX _ XI _ MMXIV