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domingo, 30 de novembro de 2014

The world i see...











































    The world    
     i see...     























É o que levamos
desta vida...




A persistência instintiva da vida através da aparência da inteligência é para mim uma das contemplações mais íntimas e mais constantes.
O disfarce irreal da consciência serve somente para me destacar aquela inconsciência que não disfarça.
Da nascença à morte, o homem vive servo da mesma exterioridade de si mesmo que têm os animais.
Toda a vida não vive, mas vegeta em maior grau e com mais complexidade.
Guia-se por normas que não sabe que existem, nem que por elas se guia, e as suas ideias, os seus sentimentos, os seus actos, são todos inconscientes, não porque neles falte a consciência, mas porque neles não há duas consciências.
Vislumbres de ter a ilusão, tanto e não mais, tem o maior dos homens.
Sigo, num pensamento de divagação, a história vulgar das vidas vulgares.
Vejo como em tudo são servos do temperamento subconsciente, das circunstâncias externas alheias, dos impulsos de convívio e desconvívio que nele, por ele e com ele se chocam como pouca coisa.
Quantas vezes os tenho ouvido dizer a mesma frase que simboliza todo o absurdo, todo o nada, toda a insciência falada das suas vidas.
É aquela frase que usam de qualquer prazer material: “é o que a gente leva desta vida”... 
Leva onde? leva para onde? leva para quê?
Seria triste despertá-los da sombra com uma pergunta como esta...
Fala assim um materialista, porque todo o homem que fala assim é, ainda que subconscientemente, materialista.
O que é que ele pensa levar da vida, e de que maneira?
Para onde leva as costoletas de porco e o vinho tinto e a rapariga casual?
Para que céu em que não crê?
Para que terra para onde não leva senão a podridão que toda a sua vida foi de latente?
Não conheço frase mais trágica nem mais plenamente reveladora da humanidade humana.
Assim diriam as plantas se soubessem conhecer que gozam do sol.
Assim diriam dos seus prazeres sonâmbulos os bichos inferiores ao homem na expressão de si mesmos.
E, quem sabe, eu que falo, se ao escrever estas palavras numa vaga impressão de que poderão durar, não acho também que a memória de as ter escrito é o que eu “levo desta vida”.
E, como o inútil cadáver do vulgar à terra comum, baixa ao esquecimento comum o cadáver igualmente inútil da minha prosa feita a atender.
As costoletas de porco, o vinho, a rapariga do outro?
Para que troço eu deles? 
Irmãos na comum insciência, modos diferentes do mesmo sangue, formas diversas da mesma herança, qual de nós poderá renegar o outro?
Renega-se a mulher mas não a mãe, não o pai, não o irmão.



 Fernando Pessoa 
“O livro do desassossego”









Fell the starlight
Gloving eyes above the sea
In the tample of the sun
Silver moonlight
Shining down up on the dream
Aiming far beyond the sky

Forever I never betray the melody
Take me there anywhere
I know my destiny
Rock

There is a dark cloud coming from affair
Raining down it’s pain on me
I have been searching

But the war is never done

I am painting while waiting to keep my sanity
From shadow to rainbow fire still burns in me
God bless rock

What is wrong in this world I see
Why can’t we live here peacefully
Blinded in this labyrinth of hate
Life is blessing from loosing fate
After all will we ever know
Is there breath where the wind don’t blow
Music is my reason to be
I still have the song in me yeah ohh

Send a loveline to the lost forgotten ones
In every corner of the world
Save the children
Bring a smile to dry the tears
Across the oceans of the earth

We are climbing and rising to find our galaxy
Fly us there to somewhere


Jorn
“The world i see”













































































































































Tito Colaço
XXX _ XI _ MMXIV
























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