The world
i see...
É o
que levamos
desta
vida...
A persistência instintiva da vida
através da aparência da inteligência é para mim uma das contemplações mais
íntimas e mais constantes.
O disfarce irreal da consciência
serve somente para me destacar aquela inconsciência que não disfarça.
Da nascença à morte, o homem vive servo da mesma exterioridade de si mesmo que têm os animais.
Da nascença à morte, o homem vive servo da mesma exterioridade de si mesmo que têm os animais.
Toda a vida não vive, mas vegeta em
maior grau e com mais complexidade.
Guia-se por normas que não sabe que
existem, nem que por elas se guia, e as suas ideias, os seus sentimentos, os
seus actos, são todos inconscientes, não porque neles falte a consciência, mas
porque neles não há duas consciências.
Vislumbres de ter a ilusão, tanto e não mais, tem o maior dos homens.
Vislumbres de ter a ilusão, tanto e não mais, tem o maior dos homens.
Sigo, num pensamento de divagação, a
história vulgar das vidas vulgares.
Vejo como em tudo são servos do
temperamento subconsciente, das circunstâncias externas alheias, dos impulsos
de convívio e desconvívio que nele, por ele e com ele se chocam como pouca
coisa.
Quantas vezes os tenho ouvido dizer a mesma frase que simboliza todo o absurdo, todo o nada, toda a insciência falada das suas vidas.
Quantas vezes os tenho ouvido dizer a mesma frase que simboliza todo o absurdo, todo o nada, toda a insciência falada das suas vidas.
É aquela frase que usam de qualquer
prazer material: “é o que a gente leva desta vida”...
Leva onde? leva para onde? leva para quê?
Seria triste despertá-los da sombra
com uma pergunta como esta...
Fala assim um materialista, porque
todo o homem que fala assim é, ainda que subconscientemente, materialista.
O que é que ele pensa levar da vida,
e de que maneira?
Para onde leva as costoletas de porco
e o vinho tinto e a rapariga casual?
Para que céu em que não crê?
Para que terra para onde não leva senão
a podridão que toda a sua vida foi de latente?
Não conheço frase mais trágica nem
mais plenamente reveladora da humanidade humana.
Assim diriam as plantas se soubessem
conhecer que gozam do sol.
Assim diriam dos seus prazeres
sonâmbulos os bichos inferiores ao homem na expressão de si mesmos.
E, quem sabe, eu que falo, se ao
escrever estas palavras numa vaga impressão de que poderão durar, não acho
também que a memória de as ter escrito é o que eu “levo desta vida”.
E, como o inútil cadáver do vulgar à
terra comum, baixa ao esquecimento comum o cadáver igualmente inútil da minha
prosa feita a atender.
As costoletas de porco, o vinho, a
rapariga do outro?
Para que troço eu deles?
Irmãos na comum insciência, modos
diferentes do mesmo sangue, formas diversas da mesma herança, qual de nós
poderá renegar o outro?
Renega-se a mulher mas não a mãe, não
o pai, não o irmão.
Fernando Pessoa
“O livro do desassossego”
Fell
the starlight
Gloving eyes above the sea
In the tample of the sun
Silver moonlight
Shining down up on the dream
Aiming far beyond the sky
Forever I never betray the melody
Take me there anywhere
I know my destiny
Rock
There is a dark cloud coming from affair
Raining down it’s pain on me
I have been searching
But the war is never done
I am painting while waiting to keep my sanity
From shadow to rainbow fire still burns in me
God bless rock
What is wrong in this world I see
Why can’t we live here peacefully
Blinded in this labyrinth of hate
Life is blessing from loosing fate
After all will we ever know
Is there breath where the wind don’t blow
Music is my reason to be
I still have the song in me yeah ohh
Send a loveline to the lost forgotten ones
In every corner of the world
Save the children
Bring a smile to dry the tears
Across the oceans of the earth
We are climbing and rising to find our galaxy
Fly us there to somewhere
Gloving eyes above the sea
In the tample of the sun
Silver moonlight
Shining down up on the dream
Aiming far beyond the sky
Forever I never betray the melody
Take me there anywhere
I know my destiny
Rock
There is a dark cloud coming from affair
Raining down it’s pain on me
I have been searching
But the war is never done
I am painting while waiting to keep my sanity
From shadow to rainbow fire still burns in me
God bless rock
What is wrong in this world I see
Why can’t we live here peacefully
Blinded in this labyrinth of hate
Life is blessing from loosing fate
After all will we ever know
Is there breath where the wind don’t blow
Music is my reason to be
I still have the song in me yeah ohh
Send a loveline to the lost forgotten ones
In every corner of the world
Save the children
Bring a smile to dry the tears
Across the oceans of the earth
We are climbing and rising to find our galaxy
Fly us there to somewhere
Jorn
“The
world i see”
Tito Colaço
XXX _ XI _ MMXIV
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