Páginas

domingo, 16 de novembro de 2014

What is creation?





















 What 
 is 
 creation?





Pergunta: Toda a arte tem uma técnica própria, e é preciso esforço para dominar a técnica. Como se pode harmonizar a criação com a perfeição técnica?

Krishnamurti: Não se pode harmonizar a criação com a perfeição técnica.
Podeis tocar piano com perfeição, e não ser criador, podeis tocar piano brilhantemente, e não ser músico.
Podeis saber manejar as cores, espalhar tintas na tela com muita habilidade, e não ser um pintor criador.
A criação vem em primeiro lugar, e não a técnica, e é por isso que somos infelizes toda a vida: temos técnica, sabemos edificar uma casa, construir uma ponte, montar um motor, educar os nossos filhos de acordo com um sistema.
Aprendemos todas essas técnicas, mas os nossos corações e as nossas mentes estão vazios.
Somos máquinas de primeira ordem, sabemos operar maravilhosamente, mas não sabemos amar.
Podeis ser um bom engenheiro, podeis ser pianista, podeis escrever num belo estilo, em inglês, ou em marathi, ou na língua que falais, mas a capacidade criadora não decorre da técnica.
Se tendes algo para dizer, vós criais o vosso próprio estilo, mas quando nada tendes para dizer, ainda que tenhais um belo estilo, o que escreveis não passa de rotina tradicional, uma repetição, com palavras novas, da mesma velharia.
Se vos observardes a vós mesmos muito criticamente, vereis que a técnica não conduz à capacidade criadora, mas quando tendes a capacidade criadora, podeis ter técnica no espaço de uma semana. 
Para podermos expressar algo, é necessário que haja algo para expressar, precisamos ter uma canção no coração, para cantar. 
Precisamos ter sensibilidade, para receber e expressar, mas a expressão é de muito pouca monta.
Só é importante a expressão quando quereis transmitir a outrem, mas é insignificante a sua importância quando escrevemos para o nosso próprio entretenimento.
Assim, tendo perdido a canção, saímos atrás do cantor. Aprendemos do cantor a técnica da canção, mas não temos a canção, e eu vos digo que a canção é essencial, que a alegria de cantar é essencial. Quando existe a alegria, a técnica pode ser formada do nada, inventareis a vossa própria técnica, não precisareis estudar elocução ou estilo.
Quando tendes, vedes, e o ver a beleza é uma arte.
A expressão desse ver se torna bela, tecnicamente perfeita, quando tendes algo para dizer. 
Ter uma canção no coração, esta é que é a coisa importante, e não a técnica, embora a técnica seja essencial. 
O que importa é ser criador.
Esse é um problema deveras importante, porque vós não sois criadores, podeis procriar dezenas de filhos, mas isso é meramente acidental, não é acção criadora.
Podeis ser capaz de escrever a respeito de homens de pensamento criador, mas isso não é ser criador.
Podeis assistir a uma peça como expectadores, mas nunca sois actores. Visto que se atribui importância cada vez maior à mera aprendizagem de uma técnica, cumpre-vos descobrir o que é ser criador. 
Como se pode ser criador?
Criação não é imitação.
A nossa vida, na sua totalidade, é imitativa, não apenas no nível verbal, mas também interior e psicologicamente, nada mais é que imitação, conformidade e disciplinamento.
Julgais que pode haver criação quando estais pensando em conformidade com um padrão, uma técnica?
Só há criação quando estamos libertos da imitação, da disciplina, o que significa estar liberto da autoridade, não apenas da autoridade externa, mas também da autoridade interior da experiência, tornada memória.
Também não pode haver criação se há temor, porque o temor produz a imitação, o temor cria a cópia, o temor engendra o desejo de estar em segurança, de estar certo, o qual, por sua vez, cria a autoridade, e não há criação enquanto a mente se move do conhecido para o conhecido.
Enquanto a mente está ocupada pela técnica, pelo saber, não pode haver criação. 
O saber é do passado, do conhecido, e enquanto a mente se move do conhecido para o conhecido não pode haver criação, porque a modificação é mera continuidade modificada.
Só pode haver criação no findar, e não na continuidade.
A maioria de nós não deseja findar, todos queremos continuar, e a nossa continuidade não passa de continuidade da memória.
A memória pode ser colocada no nível do Atman, ou num nível inferior, mas é sempre memória. E, enquanto todas essas coisas existirem, não haverá criação.
Não é difícil ficar livre dessas coisas, mas isso requer atenção, observação, a intenção de compreender, então, garanto-vos, surgirá a criação.
Quando um homem deseja criar, deve perguntar a si mesmo e ver o que deseja criar: automóveis, máquinas de guerra, aparelhos de uso doméstico?
O mero ocupar-se com coisas, distrai a mente e prejudica a generosidade, a reacção instintiva à beleza. É isso o que estamos a fazer, a maioria de nós, com as nossas mentes.
Enquanto a mente está activa, formulando, fabricando, inventando, criticando, não pode haver criação, e eu vos asseguro que a criação vem silenciosamente, com extraordinária rapidez, sem compulsão, ao compreenderdes a verdade de que a mente precisa estar vazia, para que se realize a criação.
Ao perceberdes a verdade disso, então instantaneamente, há criação.
Não tendes de pintar um quadro, não precisais sentar-vos numa cátedra, não precisais inventar novos teoremas matemáticos, porque a criação não requer, necessariamente expressão.
A própria expressão a destrói.
Isso não significa que a não devais expressar, mas se a expressão se torna mais importante do que a criação, então a criação se retira. 
Para vós, a expressão é de maior importância: pintar um quadro e assinar o nome ao pé do mesmo!
Depois, quereis ver os que o apreciam, quem o irá adquirir, quantos críticos escreveram a respeito e o que dizem, e quando alcançais a celebridade, pensais ter alcançado algo muito importante!
Isso não é criação, e sim degeneração, desintegração.
A criação só se realiza quando a mente, com os seus motivos e a sua corrupção, deixa de funcionar, e fazer a mente terminar não é tarefa difícil, nem é tão pouco, a última tarefa que deveis empreender. Pelo contrário, é a tarefa imediata.
As nossas vidas estão no presente, com as suas misérias, a sua confusão, as suas aflições e lutas, a crescerem extraordinariamente. Assim, a única coisa necessária é que a mente, que é pensamento, cesse de funcionar, e então, asseguro-vos, conhecereis a criação.
Só há criação quando a mente, compreendendo a sua própria insuficiência, a sua própria pobreza, a sua própria solidão, finda. 
Estando consciente de si mesma, ela põe fim a si própria, então, aquilo que é criador, aquilo que é imensurável, aparece, subtil e velozmente.
Para pôr fim ao processo do pensamento, precisamos estar passivamente conscientes da nossa própria insuficiência, a nossa própria pobreza, o nosso próprio vazio, sem lutar contra ele, só então surge aquela coisa que não é produto da mente, e o que não é produto da mente é criação.


JIDDU 
KRISHNAMURTI
“A arte da libertação”














No more living in yesterday
Just turn the page
Tomorrow's waiting
You can never be on your way
Only burnt out flames
Are living in yesterday

We're on borrowed time
So take what you can steal
We all gotta go sometime
So don't lose sight of what's real

We gotta break through the chains
That try to hold you back
No more running away
And try to keep it on the tracks

So when push comes to shove
Some will loose where some have won

No more living in yesterday
Just turn the page
Tomorrow's waiting
You can never be on your way
Only burnt out flames
Are living in yesterday

So hold tight
This ride ain't for the weak
It's more than meets the eye
It's whatever you can dream

We gotta break through the chains
That try to hold you back
No more running away from life
And keep it on the tracks

No more living in yesterday
Just turn the page
Tomorrow's waiting
You can never be on your way
Only burnt out flames
Are living in yesterday

Memories will die
While you're chasing them
You can't out run time anymore
Tomorrow is waiting

No more living in yesterday
Just turn the page

Tomorrow's waiting

You can never be on your way

Only burnt out flames

Are living in yesterday


HARRY HESS
“Living in yesterday”






























 TITO COLAÇO 

 XVI _ XI _ MMXIV 










0 comentários:

Enviar um comentário