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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Full of life...











Full of life...




















 Bem Invulgar



Um homem a quem é dado possuir um bem invulgar não pode considerar-se um homem vulgar. 
Cada um é tal qual os bens que possui. 
Um cofre vale pelo que tem lá dentro, melhor dizendo, o cofre é um mero acessório do conteúdo. Imaginemos um saco cheio de dinheiro: que outro valor lhe atribuímos além do valor das moedas nele contidas? 
O mesmo se verifica com os donos de grandes patrimónios: não passam de simples acessórios, de suplementos. 
A razão de o sábio ser grande está na grande alma que possui. 
Por conseguinte, é verdade que tudo quanto está ao alcance do mais desprezível dos homens não deve ser considerado um bem. 
Nunca direi, por exemplo, que a insensibilidade é um bem: quer a cigarra quer o pulgão são dotados dela! 
Nem sequer chamarei um bem ao repouso ou à ausência de desgostos: há bicho mais repousado do que um verme?



 (...) 



A vida em pleno


Diariamente criticamos o destino: "Porque foi este homem arrebatado a meio da carreira? 
E aquele, porque não morre, em vez de prolongar uma velhice tão penosa para ele como para os outros?" 
Diz-me cá, por favor: o que achas tu mais justo, seres tu a obedecer à natureza ou a natureza a ti? Que diferença faz sair mais ou menos depressa de um sítio de onde temos mesmo de sair? 
Não nos devemos preocupar em viver muito, mas sim em viver plenamente, viver muito, depende do destino, viver plenamente, da nossa própria alma. 
Uma vida plena é longa quanto basta, e será plena se a alma se apropria do bem que lhe é próprio e se apenas a si reconhece poder sobre si mesma. 
Que interessa os oitenta anos daquele homem passados na inacção? 
Ele não viveu, demorou-se nesta vida, não morreu tarde, levou foi muito tempo a morrer! 
"Viveu oitenta anos!". 
O que importa é ver a partir de que data ele começou a morrer. 
"Mas aquele outro morreu na força da vida". 
É certo, mas cumpriu os deveres de um bom cidadão, de um bom amigo, de um bom filho, sem descurar o mínimo pormenor, embora o seu tempo de vida ficasse incompleto, a sua vida atingiu a plenitude.
"Viveu oitenta anos". 
Não, existiu durante oitenta anos, a menos que digas que ele viveu no mesmo sentido em que falas na vida das árvores. 
Peço-te insistentemente, Lucílio: façamos com que a nossa vida, à semelhança dos materiais preciosos, valha pouco pelo espaço que ocupa, e muito pelo peso que tem. 
Avaliemo-la pelos nossos actos, não pelo tempo que dura. 
Queres saber qual a diferença entre um homem enérgico, que despreza a fortuna, cumpre todos os deveres inerentes à vida humana e assim se alça ao seu supremo bem, e um outro por quem simplesmente passam numerosos anos? 
O primeiro continua a existir depois da morte, o outro já estava morto antes de morrer! Louvemos, portanto, e incluamos entre os afortunados o homem que soube usar com proveito o tempo, mesmo exíguo, que viveu. 
Contemplou a verdadeira luz, não foi um como tantos outros, não só viveu, como o fez com vigor.


Seneca
“Cartas a Lucílio”






















You woke me up and made me see
Made me understand we can't stay here anymore
Our time has come
A destiny that we can't change
We can build our own world
A kingdom for us to rule
Break us down
We will rise up once more
I promise we'll scream louder than ever
Screaming our hearts out
Pull us down - We will fly high again
I promise we'll fly higher than ever
Screaming out - Our time has come
Our time has come
Our time has come
It all comes clear when you are near
All my darkest dreams just fade away
Our time has come
No I won't hide here any more
Time to rise up and show the world who I am
What I can do
Break us down
We will rise up once more
I promise we'll scream louder than ever
Screaming our hearts out
Pull us down - We will fly high again
I promise we'll fly higher than ever
Screaming out - Our time has come
Our time has come
Our time has come
Break us down
We will rise up once more
I promise we'll scream louder than ever
Screaming our hearts out
Pull us down - We will fly high again
I promise we'll fly higher than ever
Screaming out - Our time has come
Our time has come
Our time has come
Our time has come


Magnus Karlsson
“Time has come”










Tito Colaço
XVIII _ XI _ MMXIV









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