Páginas

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Corum populo...






      Corum populo...     




























1942-2014

  "OS POETAS NUNCA MORREM!!!"  

Junto-me à homenagem a este grande poeta, entendido por quem a poética linguagem é a sua condição, respirando dela como do ar que poetiza...
Viva ao imortal espírito dos poetas que não sossegam, enquanto o caminho a percorrer se tenha como certo, nesse onde os verdadeiros homens anseiam a verdadeira liberdade e do bem entre todos...
OBRIGADO companheiros, por tudo e por mim existirdes. 
Ainda que por breves momentos nos encontremos a um milésimo distantes, mas em constante encruzilhada, nos pensamentos humanos, e toda a energia querer abraçar. 

Pois então, a vós:

Ao inigualável, grande e poderoso evento,
em que fomos criados e por isso abrangidos
sermos um só, e neste breve momento,
um dia iremos acordar destes males vencidos...

TITO COLAÇO (TC)
28.04.2014



 "OS POETAS NUNCA MORREM" 
de Frassino Machado 

“À memória de Vasco Moura”

Alguém clamou que o poeta VGM morreu
Não. Um poeta desta estirpe nunca morre
Pois dele ficará a Obra que escreveu
E a alma cultural que sempre engrandeceu
Como semente viva que no tempo corre.

O lídimo escritor tão multifacetado,
Arauto puro e resistente na mensagem
Profunda e coerente. Bem objectivado
Na palavra certeira em forma de viagem.

Não. VGM nunca morrerá por certo
Que o horizonte das lusas Letras o impõe,
Num manancial de poesia sempre aberto
Em horizonte de um sentir real e completo
A que todo e qualquer poeta se dispõe.

Não. Ao repto de Isabel nada se retira:
“Morreu o homem”… mas é perene a sua Lira!

 Frassino Machado 
In RODA-VIVA















TITO COLAÇO
XXVIII ___ IV ___ MMXIV










domingo, 27 de abril de 2014

Ab alio expectes, quod alteri feceris...




========================
|  Ab alio expectes, quod alteri feceris...  |
========================










   A sabedoria pelo exemplo   

Nunca digas que és filósofo, e coíbe-te o mais possível de falar por máximas a pessoas vulgares. 
Pratica antes o que prescrevem as máximas. 
Por exemplo: não digas num festim como se deve comer, mas antes come como se deve comer. 
Que te lembres, em boa hora, como agia Sócrates: sempre fugindo da ostentação, acontecia que, quando pessoas o procuravam para serem conhecidas de filósofos, ele próprio tecia o elogio dos recém-chegados, e aos filósofos os apresentava, tal era o seu desejo de que não dessem por ele.
Se, entre pessoas vulgares, a conversa incidir sobre esta ou aquela máxima, mantém-te em silêncio sempre que possas. 
Pois, caso contrário, um grande risco podes correr: vomitar de súbito o que ainda não digeriste. 
E se alguém te disser "Tu nada sabes", e caso não te sintas ofendido por tal despropósito, que saibas começas a ser filósofo. 
Porque não é restituindo aos pastores a erva comida que as ovelhas lhes provam aquilo que ingeriram. 
Uma só coisa é verdadeira: uma vez que as ovelhas digeriram o pasto, elas oferecem ao exterior unicamente a lã e o leite. 
Assim, pois, não ostentes opiniões, através de máximas, entre pessoas vulgares: melhor será que lhes mostres, pelo silêncio, a sapiência que ao longo do tempo foste digerindo. 


 Epicteto 
"Manual"
























   O preço da elevada conduta   

Conduta e carácter do homem vulgar: nunca em si próprio busca proveito ou pena, antes se atem às coisas exteriores. 
Conduta e carácter do filósofo: todo o proveito e pena surtem do íntimo de si próprio. 
Sinais daquele que evolui: não insulta ninguém, não louva ninguém, não se queixa de ninguém, não acusa ninguém, nada diz de si próprio como coisa importante, e nunca afirma saber o que quer que seja. 
Quando embaraçado e contrariado, só a si próprio se responsabiliza. 
Se o louvam, ri-se discretamente de quem o louva, e se o insultam, de nada se justifica. Comporta-se como os convalescentes, e teme enfraquecer o que se consolida antes de recuperar toda a sua firmeza.
Suprimiu em si qualquer espécie de vontade, e animosidades também: só faz pairar uma e outras sobre as únicas coisas que, contrárias à natureza, dependem de nós. 
Os seus arrebatamentos quase nunca o são. 
E caso o tenham na conta de estúpido ou ignorante, nenhuma inquietação o toma. 
Numa palavra: desafia-se a si próprio como se fora um inimigo de quem temesse várias armadilhas. 


Epicteto
"Manual"


























TITO COLAÇO
XXVII ___ IV ___ MMXIV







========




========================
|  Ab alio expectes, quod alteri feceris...  |
========================
==================
===============
============
=========
======
===




Doceri velle summa est eruditio...




Doceri velle summa est eruditio...






     Aprender a ler     

Tive muita dificuldade em aprender a ler. Não me parecia lógico que a letra "m" se chamasse "éme" e, no entanto, com a vogal seguinte não se dissesse "éme" e sim "ma". Era-me impossível ler assim. 
Por fim, quando cheguei ao Montessori, a professora não me ensinou os nomes mas sim os sons das consoantes. 
Assim pude ler o primeiro livro que encontrei numa arca poeirenta da arrecadação da casa. 
Estava descosido e incompleto, mas absorveu-me de uma forma tão intensa que o namorado da Sara, ao passar, deixou cair uma premonição aterradora: "Caramba!, este menino vai ser escritor". 
Dito por ele, que vivia de escrever, causou-me uma grande impressão. 
Passaram vários anos antes de saber que o livro era "As Mil e Uma Noites". 
O conto de que mais gostei, um dos mais curtos e o mais simples que li, continuou a parecer-me o melhor para o resto da minha vida, embora agora não esteja seguro de que fosse lá que o li nem ninguém me tenha podido esclarecer. 
O conto é este: um pescador prometeu a uma vizinha oferecer-lhe o primeiro peixe que pescasse se ela lhe emprestasse um chumbo para a sua rede e, quando a mulher abriu o peixe para o frigir, tinha dentro um diamante do tamanho de uma amêndoa. 


 Gabriel García Marquez 
"Viver para contá-la"





















































 "When the children cry


Little child
Dry your crying eyes
How can I explain
The fear you feel inside
´cause you were born
Into this evil world
Where man is killing man
and no one knows just why

What have we become
Just look what we have done
All that we destroyed
You must build again

When the children cry
Let them know we tried
´cause when the children sings
The new world begins

Little child
You must show the way
To a better day
For all the young
´cause you were born
For the world to see
That we all can live
In light and peace

No more presidents
And all the wars will end
One united world under god

When the children cry
Let them know we tried
´cause when the children sings
The new world begins

What have we become
Just look what we have done
All that we destroyed
You must build again

No more presidents
And all the wars will end
One united world under god

When the children cry
Let them know we tried
´cause when the children fight
Then we know it ain´t right
When the children break
Let them know we´re awake
´cause when the children sings
The new world begins
























TITO COLAÇO
XXVII  ____  IV  ____  MMXIV









sexta-feira, 25 de abril de 2014

Carpe Omnium...











Carpe Omnium...



================














                                      Carpe Omnium...                                     




Prestes a fazer 40 anos, em que a minha mãe estava na sala de partos para me dar à luz, ao mesmo tempo que os militares cortavam a electricidade em Lisboa e arredores, ficando desta forma o hospital às escuras (...), para que também estes, dessem à luz a liberdade aos portugueses.
Este mini-prefácio para vos desejar um bom feriado, apesar das circunstâncias actuais não serem as mais propícias, ou a memória colectiva ser enfraquecida pela mesma, aos filhos da "liberdade" que esse dia 25 de Abril de 1974 germinou, e que jamais o poderão esquecer.










TITO COLAÇO
XXV


______

IV______MMXIV