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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Libertas quae sera tamen...







***   Libertas quae sera tamen...   ***
























   O caminho da liberdade   

Invencível serás caso não te empenhes em qualquer pugna da qual de ti não dependa saíres vencedor. 
(...) 
Face a um homem entre todos distinguido e honrado, detentor de uma qualquer insígnia de poder ou considerado por esta ou aquela razão, tem-te nas tuas ideias e não descures de o proclamar feliz. 
Se, na verdade, a substância do bem reside nas decisões que dependem de nós, espaço não há nem para a inveja, nem para o ciúme. 
Aliás, tu próprio, não ansiarás por ser estratega, benemérito da pátria ou cônsul até: livre é o que tu queres ser. 
Ora só um caminho há para que alcances esse estado de liberdade, o menosprezo pelas decisões que de nós não dependem. 

Epicteto
"Manual"


















    Da liberdade    

A: Eis uma bateria de canhões que atira junto aos nossos ouvidos; tendes a liberdade de ouvi-la e de a não ouvir? 
B: É claro que não posso evitar ouvi-la. 
A: Desejaríeis que esse canhão decepasse a vossa cabeça e as da vossa mulher e da vossa filha que estivessem convosco? 
B: Que espécie de proposição me fazeis? Eu jamais poderia, no meu são juízo, desejar semelhante coisa. Isso é-me impossível. 
A: Muito bem; ouvis necessariamente esse canhão e, também necessariamente, não quereis morrer, vós e a vossa família, de um tiro de canhão; não tendes nem o poder de não o ouvir nem o poder de querer permanecer aqui. 
B: Isso é evidente. 
A: Em consequência, destes uma trintena de passos a fim de vos colocardes ao abrigo do canhão: tivestes o poder de caminhar comigo estes poucos passos? 
B: Nada mais verdadeiro. 
A: E se fôsseis paralítico? Não teríeis podido evitar ficar exposto a essa bateria; não teríeis o poder de estar onde agora estais: teríeis então necessariamente ouvido e recebido um tiro de canhão e necessariamente estaríeis morto? 
B: Nada mais claro. 
A: Em que consiste, pois, a vossa liberdade, se não está no poder exercido pelo vosso indivíduo de fazer o que a vossa vontade exigia com absoluta necessidade? 
B: Embaraçais-me; então a liberdade é apenas o poder de fazer o que bem entendo? 
A: Reflecti um pouco. Vede se a liberdade pode ser outra coisa. 
B: Neste caso o meu cão de caça é tão livre como eu; ele tem necessariamente a vontade de correr quando vê uma lebre e o poder de correr se não estiver doente das pernas. Eu nada tenho, pois, mais do que meu cão: reduzis-me ao estado das bestas. 
A: Eis uma série de pobres sofismas dos pobres sofistas que vos instruíram. Eis que estais despeitado por não serdes livre como o vosso cão. Ora, não vos pareceis com ele em mil coisas? A fome, a sede, o velar, o dormir, os cinco sentidos, não são em vós como nele? Pretenderíeis cheirar com outro qualquer órgão além do nariz? Por que quereis uma liberdade diferente da que ele tem? 
B: Porém eu tenho uma alma que raciocina muito bem, e o meu cão não pensa em coisa alguma. Ele apenas tem ideias simples, enquanto eu tenho mil ideias metafísicas. 
A: Pois muito bem! Sois mil vezes mais livre do que ele, isto é, tendes mil vezes mais poder de pensar do que ele; porém a vossa liberdade é perfeitamente igual à dele.
B: Como? Eu não tenho a liberdade de querer o que desejo? 
A: Que entendeis com isso? 
B: O que toda gente entende. Não se diz diariamente: "As vontades são livres"? 
A: Um provérbio não é uma razão; explicai-vos melhor. 
B: Penso que sou livre de querer como melhor me agradar. 
A: Com vossa licença, isso não tem o mínimo sentido; não percebeis que é ridículo dizer: "Eu quero querer"? Necessariamente, vós desejais em consequência das ideias que se vos apresentam. Quereis 
casar, sim ou não? 
B: Mas e se eu vos disser que não quero nem uma nem outra coisa? 
A: Responderíeis como aquele que disse: "Uns pensam que o cardeal Mazarino está morto; outros, que está vivo; eu não creio nem numa coisa nem noutra". 
B: Pois bem, quero casar-me. 
A: Isto é responder! Por que quereis casar? 
B: Porque estou apaixonado por uma bela rapariga, bem educada, muito rica, que canta muito bem, filha de pais honestos e que me ama, assim como sua família. 
A: Eis uma razão. Vedes, pois, que não podeis querer sem razão. Declaro-vos que tendes a liberdade de vos casar: isto é, que tendes o poder de assinar o contrato. 
B: Como! Eu não posso querer sem motivo? Que sucede então a este outro provérbio: Sit pro ratione voluntas: a minha vontade é a minha razão, eu quero porque quero? 
A: Isso é absurdo, meu caro amigo, pois haveria em vós um efeito sem causa. 
B: Que? Quando jogo par ou ímpar tenho então um motivo para escolher par em vez de ímpar? 
A: Sim, sem nenhuma dúvida. 
B: E qual é essa razão, por obséquio? 
A: É que a ideia de par se apresentou ao vosso espírito mais do que a ideia oposta. Seria muito cómico que nalguns casos desejásseis por existir uma razão para o vosso desejo e que noutros desejásseis sem motivo. Quando vos quereis casar, sentis a razão dominante, evidentemente; não a sentis quando jogais par ou ímpar, e contudo é mister que exista uma. 
B: Mas, uma vez ainda: sou ou não sou livre? 
A: A vossa vontade não é livre mas as vossas acções o são. Tendes a liberdade de fazer quando tendes o poder de fazer. 
B: Mas, todos os livros que li sobre a liberdade de indiferença... 
A: São tolices: não existe liberdade de indiferença; é um termo destituído de senso, inventado por pessoas que o não possuem. 



Voltaire
"Dicionário Filosófico"























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    Earthlike Exoplanets are all around us    



NASA's Kepler Discovers First Earth-Size Planet in the 'Habitable Zone' of Another Star

Kepler Has Found the First Earth-Sized Exoplanet in a Habitable Zone!

by JASON MAJOR on APRIL 17, 2014

Artist's rendering of Kepler-186f (Credit: NASA Ames/SETI Institute/Caltech)
Artist’s rendering of the Earth-sized Kepler-186f (Credit: NASA Ames/SETI Institute/Caltech)
It’s truly a “eureka” moment for Kepler scientists: the first rocky Earth-sized world has been found in a star’s habitable “Goldilocks” zone, the narrow belt where liquid water could readily exist on a planet’s surface without freezing solid or boiling away. And while it’s much too soon to tell if this really is a “twin Earth,” we can now be fairly confident that they do in fact exist.
The newly-confirmed extrasolar planet has been dubbed Kepler-186f. It is the fifth and outermost planet discovered orbiting the red dwarf star Kepler-186, located 490 light-years away. Kepler-186f completes one orbit around its star every 130 days, just within the outer edge of the system’s habitable zone.
The findings were made public today, April 17, during a teleconference hosted by NASA.
“This is the first definitive Earth-sized planet found in the habitable zone around another star,” says lead author Elisa Quintana of the SETI Institute at NASA Ames Research Center. “Finding such planets is a primary goal of the Kepler space telescope. The star is a main-sequence M-dwarf, a very common type.  More than 70 percent of the hundreds of billions of stars in our galaxy are M-dwarfs.”
A visualization of the “unseen” red dwarfs in the night sky. Credit: D. Aguilar & C. Pulliam (CfA)
A visualization of the many “unseen” red dwarfs in the night sky. (CLICK FOR ANIMATION) Credit: D. Aguilar & C. Pulliam (CfA)
Unlike our Sun, which is a G-type yellow dwarf, M-dwarf stars (aka red dwarfs) are much smaller and dimmer. As a result their habitable zones are much more confined. But, being cooler stars, M-dwarfs have long lifespans, offering planets in their habitable zones — like Kepler-186f — potentially plenty of time to develop favorable conditions for life.
In addition, M-dwarfs are the most abundant stars in our galaxy; 7 out of 10 stars in the Milky Way are M-dwarfs, although most can’t be seen by the naked eye. Finding an Earth-sized planet orbiting one relatively nearby has enormous implications in the hunt for extraterrestrial life.
“M dwarfs are the most numerous stars,” said Quintana. “The first signs of other life in the galaxy may well come from planets orbiting an M dwarf.”
Still, there are many more conditions on a planet that must be met for it to be actually habitable. But size, composition, and orbital radius are very important first steps.
“Some people call these habitable planets, which of course we have no idea if they are,” said Stephen Kane, an assistant professor of physics and astronomy at San Francisco State University in California. “We simply know that they are in the habitable zone, and that is the best place to start looking for habitable planets.”
Scale comparison of the Kepler-186 system to our inner Solar System (
Scale comparison of the Kepler-186 system and the inner Solar System (NASA Ames/SETI Institute/Caltech)
As far as the planetary system’s age is concerned — which relates to how long life could have potentially had to evolve on Kepler-186f’s surface — that’s hard to determine… especially with M-dwarf stars. Because they are so stable and long-lived, once they’re formed M-dwarfs essentially stay the same throughout their lifetimes.
“We know it’s probably older than a few billion years, but after that it’s very difficult to tell,” BAERI/Ames scientist Tom Barclay told Universe Today. “That’s the problem with M-dwarfs.”
A comparison of the Kepler 186 and Solar systems (NASA/Ames)
A comparison of the Kepler 186 and Solar systems (Presentation slide, NASA/Ames)
The exoplanet was discovered via the transit method used by NASA’s Kepler spacecraft, whereby stars’ brightnesses are continually monitored within a certain field of view. Any dips in luminance reveal the likely presence of a passing planet.
Because of its small size — just slightly over 1 Earth radius — and close proximity to its star, Kepler-186f can’t be observed directly with current telescope technology.
The Gemini North telescope on the summit of Mauna Kea (Gemini Observatory/AURA)
The Gemini North telescope on the summit of Mauna Kea (Gemini Observatory/AURA)
“However, what we can do is eliminate essentially all other possibilities so that the validity of these planets is really the only viable option,” said Steve Howell, Kepler project scientist and a co-author on the paper.
Using the latest advanced imaging capabilities of the Gemini North and Keck II observatories located atop Mauna Kea in Hawaii, astronomers were able to determine that the signals detected by Kepler were from a small orbiting planet and not something else, such as a background or companion star.
“The Keck and Gemini data are two key pieces of this puzzle,” Quintana said. “Without these complementary observations we wouldn’t have been able to confirm this Earth-sized planet.”
Kepler-186f joins the other 20 extrasolar worlds currently listed in the Habitable Exoplanets Catalog, maintained by the Planetary Habitability Laboratory at the University of Puerto Rico at Arecibo. To date 961 exoplanets have been confirmed through Kepler observations, with 1,696 total confirmed altogether. (Source)
Artist's conception of the Kepler Space Telescope. Credit: NASA/JPL-Caltech
Artist’s conception of the Kepler Space Telescope. Credit: NASA/JPL-Caltech
Whether Kepler-186f actually resembles Earth or not, this discovery provides more information on the incredible variety of planetary systems to be found even in our little corner of the galaxy.
“The diversity of these exoplanets is one of the most exciting things about the field,” Kane said. “We’re trying to understand how common our solar system is, and the more diversity we see, the more it helps us to understand what the answer to that question really is.”
The SETI Institute’s Allen Telescope Array has surveyed the Kepler-186 system for any potential signals but so far none has been detected. Further observations are planned.
“Kepler-186f is special because we already know that a planet of its size and distance is capable of supporting life.”
– Elisa Quintana, research scientist, SETI Institute
The team’s paper, “An Earth-sized Planet in the Habitable Zone of a Cool Star” by Elisa V. Quintana et al., will be published in the April 18 issue of Science.
Learn more about the Kepler mission here, and read more about this discovery in NASA’s news release here and on the W.M. Keck website here.
Also, you can download the slides used in the NASA teleconference here.
Sources: San Francisco State University, Gemini Observatory, W.M. Keck Observatory, and SETI news releases










TITO COLAÇO
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