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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ave Bono Sensu...





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   Ave Bono Sensu...   
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  A falta de cultura ética da nossa civilização  

Creio que o exagero da atitude puramente intelectual, orientando, muitas vezes, a nossa educação, em ordem exclusiva ao real e à prática, contribuiu para pôr em perigo os valores éticos. 
Não penso propriamente nos perigos que o progresso técnico trouxe directamente aos homens, mas antes no excesso e confusão de considerações humanas recíprocas, assentes num pensamento essencialmente orientado pelos interesses práticos que vem embotando as relações humanas. 
O aperfeiçoamento moral e estético é um objectivo a que a arte, mais do que a ciência, deve dedicar os seus esforços. 
É certo que a compreensão do próximo é de grande importância. 
Essa compreensão, porém, só pode ser fecunda quando acompanhada do sentimento de que é preciso saber compartilhar a alegria e a dor. 
Cultivar estes importantes motores de acção é o que compete à religião, depois de libertada da superstição. 
Nesse sentido, a religião toma um papel importante na educação, papel este que só em casos raros e pouco sistematicamente se tem tomado em consideração. 
O terrível problema magno da situação política mundial é devido em grande parte àquela falta da nossa civilização. 
Sem "cultura ética" , não há salvação para os homens. 


Albert Einstein
"Como vejo o mundo"









  A inteligência e o carácter das massas  


O nosso tempo é rico em mentes inventivas, cujas invenções podem facilitar consideravelmente as nossas vidas. 
Estamos a atravessar os mares com potência e a utilizar a potência também para libertar a humanidade de todo o trabalho muscular cansativo. 
Aprendemos a voar e somos capazes de enviar mensagens e notícias sem qualquer dificuldade para todo o mundo através de ondas eléctricas. 
Contudo, a produção e a distribuição de bens estão completamente desorganizadas, de tal forma que toda a gente vive com medo de ser completamente eliminada do ciclo económico, sofrendo deste modo do querer tudo. 
Para além disso, as pessoas que vivem em países diferentes matam-se umas às outras com intervalos de tempo irregulares, de tal modo que, também por esta razão, todo aquele que pensa no futuro vive no medo e no terror. 
Isto deve-se ao facto de a inteligência e o carácter das massas serem incomparavelmente menores do que a inteligência e o carácter dos poucos que produzem algo de verdadeiramente válido para a comunidade. 
Tenho confiança em que a posteridade lerá estas afirmações com um sentimento de orgulho e superioridade justificada. 


Albert Einstein
"Discurso (1938) - extracto sobre casulo a ser aberto 5000 anos mais tarde"














TITO COLAÇO
XXI____IV____MMXIV












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