Mens agitat molem...
A mente universal manifesta-se na arte como intuição e imaginação; na religião manifesta-se como sentimento e pensamento representativo; e na filosofia ocorre como liberdade pura de pensamento.
Na história mundial a mente universal manifesta-se como actualidade da mente, na sua integridade de internalidade e de externalidade.
A história do mundo é um tribunal porque, na sua absoluta universalidade, o particular, isto é, as formas de culto, sociedade e espíritos nacionais em todas as suas diferentes actualidades, está presente apenas como ideal, e aqui o movimento da mente é a manifestação disto mesmo...
A história do mundo não é o veredicto da força, isto é, de um destino cego realizando-se a si mesmo numa inevitabilidade abstracta e não-racional.
Pelo contrário, porque a mente é razão implícita e explicitamente, e porque a razão é explícita para si mesma, na mente, enquanto conhecimento, a história do mundo é o desenvolvimento necessário, decorrente da liberdade da mente, dos momentos da razão e, deste modo, da autoconsciência e da liberdade da mente.
A história da mente é a sua acção.
A mente é apenas o que faz, e a sua acção faz dela o objecto da sua própria consciência.
Através da história, a sua acção ganha consciência de si mesma como mente, e apreende-se na sua interpretação de si mesma para si mesma. Esta apreensão é no seu ser e no seu princípio, e a realização desta apreensão numa dada fase é simultaneamente a rejeição dessa fase e a sua elevação a uma fase mais elevada.
Georg Hegel
"Filosofia do Direito"
TITO COLAÇO
II____IV____MMXIV
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