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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma portuguesa que nos orgulha:O direito a compreender!



O direito a compreender!
por:  Sandra Fisher-Martins






24JAN2012

Carlos Vaz Marques conversou com Sandra Fisher-Martins sobre os desafios que a linguagem clara enfrenta em Portugal.

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 07DEZ2011


A Português Claro colaborou com juristas linguistas da Representação da Comissão Europeia em Portugal num projecto inovador. Tratou-se da criação de uma versão simplificada da Carta dos Direitos Fundamentais da UE – a primeira iniciativa do género levada a cabo pela Comissão Europeia.

O projecto demonstra a utilidade da linguagem clara, colocando lado a lado a versão original da Carta e a versão simplificada desenvolvida pela Português Claro.


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A excelente iniciativa de simplificar a escrita para uma melhor compreensão de todos os leitores, independentemente do grau de escolaridade que possua, é sempre algo que presta um bom serviço cívico, adequado ao desenvolvimento da própria sociedade, apesar de ou até mesmo por esta ter o nível de literacia, muito baixo, como é o caso do nosso país.
O que já não é tão compreensível, ou coerente, nesta linha de defesa de quem defende uma escrita simplificada, mais acessível à maioria menos letrada, será o de compatibilizar esta simplificação com o novo (Des)Acordo Ortográfico, que aparenta simplificar por abrasileirar o Português europeu, cortando as consoantes mudas, dos acentos, e outras alterações, destruindo a origem etimológica das palavras, que em nada ajudará, mas sim a complicar a escrita, agravando exponencialmente os inúmeros erros ortográficos e as construções gramaticais.
Sobre o A.O., já comentei e publiquei o meu total desagrado, e tal como o artigo de Maria Filomena Mónica, continuarei a escrever de acordo com a antiga ortografia, embora, fosse mais correcto, dizer que se escreve Português de Portugal, já nada mais vou adiantar, só o facto de este, na sua génese, datar de 1990, mas só agora por coincidência, de o Brasil, ser uma potência emergente, é que os nossos governos, assediados e vendidos, através deste acordo, o único bem imaterial patrimonial, que ainda nos restava, enquanto nação: a nossa língua (respeitando naturalmente, todos os outros falantes lusófonos, que terão sempre diferenças, como acontece também dentro de cada um dos nossos países), de uma forma meramente interesseira, motivos políticos de cariz economico-financeiros, como se fosse condição, de as nossas empresas e produtos terem mais facilidade de penetração no mercado brasileiro, termos a mesma ortografia, ainda que oralmente, os nossos irmãos brasileiros não nos percebam, pondo legendas nos filmes portugueses.
Apesar do exposto, considero A PORTUGUÊS CLARO, uma lição aos organismos públicos, demonstrar o que a legislação contempla mas não cumpre, na simplificação da escrita não só dos documentos oficiais, mas de todos os que na vida prática, temos de ler e lidar, sendo uma manifestação da sociedade civil, do seu próprio interesse, em clarificar e simplificar a linguagem escrita, enquanto não formos a Suécia Ibérica.

TITO COLAÇO
05.04.12








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