Descobertos dois planetas parecidos com Terra
Astrónomos americanos anunciaram hoje ter descoberto, através de um telescópio espacial da NASA, dois planetas semelhantes à Terra e onde pode existir vida.
"Estes são os planetas que nós encontrámos mais parecidos com a Terra", disse Justin Crepp, professor assistente de física na Universidade Notre Dame.
Os dois planetas são ligeiramente maiores do que o nosso, cada um deles com um raio de 1,41 e 1,61 vezes o raio da Terra.
Os cientistas ainda não sabem informar se as suas superfícies são rochosas ou líquidas, ou se a sua atmosfera permite vida.
Contudo, o estudo indica que com a sua localização e tamanho "poderiam plausivelmente ser constituídos de compostos condensáveis e sólidos, tanto em terreno seco, numa super-Terra rochosa, como se for composto com uma quantidade significativa de água".
Os planetas foram detetados quando a sua estrela escurecia à sua passagem, processo conhecido como "trânsito".
Justin Crepp viu pela primeira vez um ponto próximo a Kepler-62 há cerca de um ano, e estudou os movimentos dos sistemas durante meses, para confirmar a descoberta.
No final de 2011, a NASA confirmou pela primeira vez um planeta com uma zona habitável fora do nosso sistema solar, Kepler 22b, que gira em torno da sua estrela a cerca de 600 anos-luz de distância.
No entanto, o seu grande tamanho, 2,4 vezes superior à Terra, deixou algumas dúvidas sobre se o planeta é rochoso, gasoso ou líquido.
Kepler é a primeira missão da NASA à procura de planetas como a Terra que orbitem em sóis similares ao nosso.
Esta missão está equipada com a maior câmara enviada para o espaço, em busca de planetas semelhantes à Terra, incluindo estrelas, orbitando em zona quente, habitável e onde possa existir água na superfície do planeta.
Lusa/SOL
19 de Abril, 2013
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A 1.200 anos-luz de distância da Terra, cinco planetas orbitam uma estrela semelhante ao Sol, na constelação de Lyra, dois dos quais estão fortuitamente localizados na zona habitável, região que permite a existência de água no estado líquido na sua superfície, uma condição necessária para a vida como a conhecemos.
Autor do best-seller de literatura científica intitulado "Uma Breve História do Tempo", que traça o cenário do futuro: "Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos ou dos próximos milhões de anos". O cientista lembrou "outras ocasiões do passado em que a sobrevivência humana foi difícil", mencionando em especial "a famosa crise dos mísseis, em 1963, em Cuba".
O aumento da população mundial e os recursos limitados da Terra ameaçarão cada vez mais a espécie humana, afirma o cientista, que é um dos nomes mais respeitados na astrofísica, "Se somos os únicos seres inteligentes da galáxia devemos garantir que sobrevivemos e continuamos".
De acordo com Bertolami, a "propulsão nuclear" poderá ser a chave para o futuro das viagens espaciais.
O futuro da humanidade pode passar por colonizar outros planetas, apesar das distâncias serem nos nossos dias uma pura ficção em serem atingidas, se não vejamos, a velocidade da luz ronda os 300 mil quilómetros por segundo, quando a maior velocidade atingida por um ser humano em 26 de Maio de 1969, pelos astronautas da Apolo 10, ao realizarem uma das manobras de reentrada à Terra mais difíceis da história espacial, guiada por um computador pré-histórico, a nave chegou quase aos 40 mil quilómetros por "hora", sendo esta a maior velocidade atingida pelo homem, equivalente ao Mach 36, até hoje.
O astrofísico Stephen Hawking não tem dúvidas: "A raça humana terá de colonizar o espaço para sobreviver nos próximos 200 anos".Autor do best-seller de literatura científica intitulado "Uma Breve História do Tempo", que traça o cenário do futuro: "Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos ou dos próximos milhões de anos". O cientista lembrou "outras ocasiões do passado em que a sobrevivência humana foi difícil", mencionando em especial "a famosa crise dos mísseis, em 1963, em Cuba".
O aumento da população mundial e os recursos limitados da Terra ameaçarão cada vez mais a espécie humana, afirma o cientista, que é um dos nomes mais respeitados na astrofísica, "Se somos os únicos seres inteligentes da galáxia devemos garantir que sobrevivemos e continuamos".
Viajar no espaço tornou-se numa questão política
A opinião de Stephen Hawking é partilhada pelo Professor Orfeu Bertolami, do Instituo Superior Técnico, em Lisboa, "A colonização do espaço poderá ser uma solução a longo prazo", afirmou ao Expresso o investigador, lembrando contudo que, "com a tecnologia actual, é impossível colocar um homem em Marte".De acordo com Bertolami, a "propulsão nuclear" poderá ser a chave para o futuro das viagens espaciais.
Contra, está o facto de "o espaço se ter transformado numa discussão política", garante, "Só quando houver convergência dos interesses económicos com a necessidade absoluta de irmos para o espaço é que as coisas começam a andar".
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20.04.2013