Mitos: Violência doméstica não é fenómeno de classes mais desfavorecidas
Em 2010, 43 mulheres foram mortas em Portugal vítimas de violência doméstica, de acordo com o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta. A violência doméstica é um flagelo presente na sociedade portuguesa mas o tema levanta ainda muitos mitos e preconceitos.
A psicóloga Ana Sani, investigadora de vários tópicos sobre violência doméstica, enumerou ao SAPO os principais mitos que ainda persistem na mentalidade de muitas pessoas:
Violência doméstica só acontece nas classes sociais mais baixas: “É um mito. A violência é transversal a todas as classes sociais, não só por experiência mas também a literatura vem desmistificando esta ideia. Em classes mais altas as situações são mais camufladas e nós depois não temos noção de que a violência existe noutros níveis”.
Agressores têm algum tipo de patologia ou são consumidores de álcool e drogas: “Este é um mito que muitas das vezes precisa ser trabalhado até com as próprias vítimas que associam muito as práticas de violência ao facto do companheiro vir alcoolizado para casa. Quando apercebem-se que a violência também ocorre em circunstâncias em que ele não está alcoolizado começam também a desmontar esta ideia”.
Mulheres têm dificuldades em deixar a relação porque são masoquistas ou loucas: “Muitas vezes até não são dependentes financeiramente do ofensor mas não conseguem deixar a relação. Temos que perceber que o problema é muito mais complicado do que isso. Há um ciclo de violência em que existem momentos em que as coisas estão bem mas depois podem deteriorar-se. O agressor também pode tentar a reconciliação, promete que não vai voltar a exercer violência”.
Com a saída da relação a violência pára: “Não é uma certeza. Há casos em que a violência continua e de uma forma muito mais ameaçadora e com maior risco”.
Fala-se muito sobre violência doméstica: “A crença de que nós falamos tanto sobre violência doméstica que já um exagero é um mito a desconstruir porque nunca é demais falarmos destas questões de violência”.
A psicóloga e docente da Universidade Fernando Pessoa no Porto fez referência a outros mitos: “maridos e mulheres sempre se bateram, é natural e inevitável”, “normalmente a violência ocorre só uma vez” e “quando a agressão física pára tudo fica bem”.
“Há de facto um conjunto de mitos que ainda persistem e que não são de facto facilitadores de mudança nem da própria vítima nem da própria sociedade em geral”, nota a especialista.
02.03.11 por SAPO
O mundo és tu e eu, somos nós... Tudo o que fores o mundo é! "You are the world, you are not separate from the world... If you change, it will affect the whole of mankind."
quinta-feira, 31 de março de 2011
Assim vai o Mundo em pleno século XXI...
China condenou mais pessoas à morte que o resto do mundo junto!!!
A estimativa é da Amnistia Internacional, mas pode ficar aquém da realidade, já que as autoridades chinesas se recusam a avançar números sobre a pena de morte a sua aplicação.
A China pode ter condenado à morte em 2010 mais do que todas os outros países que ainda aplicam a pena capital juntos.
A estimativa é da Amnistia Internacional, baseada em suposições, já que as autoridades chinesas se recusam a avançar números sobre a pena de morte e a sua aplicação.
A Amnistia Internacional estima que o Governo chinês tenha executado milhares de pessoas, mas diz não ter um número específico. De acordo com a Amnistia, pelo menos 527 pessoas foram executadas em todo o mundo no ano passado. Números, ainda assim, inferiores às 714 execuções de 2009.
O Irão foi o segundo país que mais aplicou a pena de morte em 2010, tendo condenado 252 pessoas à pena capital. A pena de morte foi aplicada em 23 países no ano passado. Da lista, fazem parte nações como Coreia do Norte, Iémen, Estados Unidos, Arábia Saudita e Líbia.
Porém, parece que estes números próprios da Idade Média são indiferentes perante a força brutal da Mundialização e consequente perda de escrúpulos dos grandes e emergentes países, completamente desproporcionais às garantias dos direitos humanos.
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