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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Human been and religion...





















A falácia da comparação


Os homens não se conhecem uns aos outros com facilidade, ainda que ponham nisso o melhor da sua vontade e das suas intenções. Porque há que contar sempre com a má vontade que tudo distorce. 
Conhecer-nos-íamos melhor uns aos outros se não estivéssemos sempre a querer comparar-nos uns com os outros. Decorre daí que as pessoas fora do vulgar ficam em pior situação, porque, como as outras não chegam a poder comparar-se com elas, tornam-se alvo de demasiada atenção. 



Johann Wolfgang von Goethe
"Máximas e Reflexões"
























   Religião Cósmica   



É muito difícil transmitir este sentimento a alguém completamente desprovido dele, especialmente porque não lhe corresponde qualquer concepção antropomórfica de Deus. 
Os génios religiosos de todos os tempos distinguiram-se por possuírem este tipo de sentimento religioso, que não reconhece nenhum dogma nem nenhum deus concebido à imagem do homem; por isso não pode existir nenhuma igreja cujos ensinamentos centrais se baseiem nele. Logo, é precisamente entre os heréticos de todos os tempos que encontramos homens cheios deste tipo de sentimento religioso e que foram olhados em muitos casos pelos seus contemporâneos como ateus, por vezes também como santos. A esta luz, homens como Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza são muito parecidos entre si. 
Como pode o sentimento religioso cósmico ser comunicado por uma pessoa a outra se não conduz a nenhuma noção definida de Deus e a nenhuma teologia? 
Na minha perspectiva, a função mais importante da arte e da ciência consiste em despertar e manter vivo este sentimento em todos os que sejam receptivos a ele. 
Chegamos deste modo a uma concepção da relação entre ciência e religião muito diferente da habitual. Quando consideramos o assunto de um ponto de vista histórico, somos levados a olhar para a ciência e para a religião como antagonistas irreconciliáveis e por razões bastante óbvias. O homem que está profundamente convencido da função universal da lei da causalidade não pode em situação alguma considerar a ideia de um ser que interfere no curso dos acontecimentos 
(...) 
Ele não tem necessidade de uma religião do medo e tem pouca necessidade de uma religião social ou moral. 
(...) 
É, portanto, fácil de ver por que razão as igrejas sempre lutaram contra a ciência e perseguiram os seus devotos. Por outro lado, defendo que o sentimento religioso cósmico é o motivo mais forte e mais nobre para prosseguir a investigação científica.
(...) 
Um contemporâneo disse, não sem razão, que na nossa era materialista os trabalhadores científicos sérios são as únicas pessoas profundamente religiosas. 



Albert Einstein
"Out of my later years"





























TITO COLAÇO
V___IX___MMXIII












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