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segunda-feira, 17 de março de 2014

JUDGE YOURSELF!!!






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JUDGE YOURSELF!!!












  Juízes imparciais  


Se quisermos ser juízes imparciais em qualquer circunstância, devemos, antes de mais, ter em conta que ninguém está livre de culpa; o que está na origem da nossa indignação é a ideia de que: «Eu não errei» e «Eu não fiz nada». 
Pelo contrário, tu recusas admitir os teus erros! 
Indignamo-nos quando somos castigados ou repreendidos, cometendo, simultaneamente, o erro de acrescentar aos crimes cometidos, a arrogância e a obstinação. 
Quem poderá dizer que nunca infringiu a lei? 
E, se assim for, é bem estreita inocência ser bom perante a lei! 
Quão mais vasta é a regra do dever do que a regra do direito! 
Quantas obrigações impõem a piedade, a humanidade, a bondade, a justiça e a lealdade, que não estão escritas em nenhuma tábua de leis!
Mas nós não podemos satisfazer-nos com aquela noção de inocência tão limitada: há erros que cometemos, outros que pensamos cometer, outros que desejamos cometer, outros que favorecemos; por vezes, somos inocentes por não termos conseguido cometê-los. 
Se tivermos isto em conta, somos mais justos para com os delinquentes, e mais persuasivos nas admoestações; em todo o caso, não nos iremos contra os homens bons (de facto, contra quem não nos sentiremos irados, se nos irarmos contra os homens bons?), muito menos contra os deuses: na verdade, não é por causa deles, mas devido à nossa condição de mortais que sofremos tantos incómodos.
 - Mas as doenças e as dores assaltam-nos. 
- De qualquer maneira, teremos que sair desta morada decadente que nos foi atribuída. 
Supões que alguém disse mal de ti: pensa se não terás tu começado primeiro, pensa nas pessoas sobre quem já disseste mal. 


Séneca
"Da ira"






















































TITO COLAÇO
XVII___III___MMXIV










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