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O sistema que nos sustém é muito frágil
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A interiorização da nossa dependência do mundo natural pode propiciar um novo esforço para inverter a tendência de declínio dos ecossistemas.
Os grandes progressos em matéria de bem-estar humano operados desde meados do século XX deveram-se à descoberta de formas de exploração mais eficientes dos recursos da Terra.
Actualmente, os seres humanos consomem um quinhão que se cifra entre um terço e metade dos recursos mundiais. Não somos mais independentes do nosso ambiente do que os sapos, os pinguins ou as palmeiras. Os seres humanos são parte da natureza e tornaram-se um elemento relevante de quase todos os ecossistemas. A nossa sobrevivência, como a de qualquer outra espécie do planeta, depende da sua saúde.A natureza dá muito mais do que o oxigénio libertado pelas plantas e o peixe dos mares.
A natureza oferece água potável e o controlo da erosão, novos medicamentos e estâncias de recreio.
Os ecossistemas têm também uma acção crucial como coadjuvantes no processo de regulação meteorológica e do clima, das florestas tropicais que polarizam a precipitação regional aos ecossistemas costeiros que retiram da atmosfera dióxido de carbono, com o respectivo efeito de estufa, passando pelas áreas verdes urbanas que moderam a temperatura.
Os ecossistemas têm também uma acção crucial como coadjuvantes no processo de regulação meteorológica e do clima, das florestas tropicais que polarizam a precipitação regional aos ecossistemas costeiros que retiram da atmosfera dióxido de carbono, com o respectivo efeito de estufa, passando pelas áreas verdes urbanas que moderam a temperatura.
Não conhecemos ainda em toda a sua extensão os serviços prestados pela natureza, mas é cada vez mais evidente que não os podemos dar por adquiridos: eles dependem não só da conservação de espécies isoladas mas também da preservação de ecossistemas saudáveis, intactos, repletos de uma miríade de interacções que só agora começamos a entender.
Os serviços prestados pelos ecossistemas são o reconhecimento da infinidade de benefícios que retiramos da natureza.
Esse pode ser um primeiro passo no sentido da sua protecção. Os passos subsequentes – a conservação – não são fáceis nem baratos.
Se queremos continuar a alimentar-nos, a vestir-nos e a cuidar de nós mesmos no futuro, temos impreterivelmente de avançar nessa direcção.
EXTRA - EARTH PULSE
National Geographic PORTUGAL
TITO COLAÇO
30.06.2013