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Saepe potestatem solita est
superare voluntas...
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Saber avaliar as situações
O que perturba os homens não são as coisas, mas os juízos que os homens formulam sobre as coisas.
A morte, por exemplo, nada é de temível, e Sócrates, quando dele a morte se foi aproximando, de maneira nenhuma se apresentou a morte como algo de tremendamente terrível.
Mas no juízo que fazemos da morte, considerando-a temível, é que reside o aspecto terrível da morte.
Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos sacar as culpas a outrem, mas a nós próprios, isto é, aos nossos juízos pessoais e mais íntimos.
Acusar os outros das suas infelicidades é mera acção de um ignorante, responsabilizar-se a si próprio por todas as contrariedades é coisa de um homem que começa a instruir-se, e não culpabilizar ninguém nem tão pouco a si próprio, então, sim, então é já feito de um homem perfeitamente instruído.
Epicteto
"Manual"
TITO COLAÇO
XXII ___ VII ___ MMXIV
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Saepe potestatem solita est superare voluntas...
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