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terça-feira, 30 de julho de 2013

Time to mood for the blood of rose ...





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   Amor Electro   

  "Rosa Sangue"  

Ninguém te vai parar, perguntar...
Fazer saber... Porquê?

Vais ter de te oferecer,
E entender, o que fará viver?

Vê, não basta ir, voar, seguir,
O cerco ao fim,
Aperta, trai, morde, engana a sorte, cai,
Não lembra de ti...

É só o amor desfeito,
Rosa sangue ao peito,
Lágrima que deito,
Sem voltar atrás!

Cresce e contamina
Tolhe a luz à vida,
Que afinal ensina, quebra,
Dobra a dor e entrega amor sincero.

Honra tanto esmero, cala o desespero,
É simples, tudo o que é da vida herdou sentido,
Tem-te se for tido, sabe ser vivido,
Fala-te ao ouvido e nasces tu...


Ninguém te vai parar, perguntar...
Fazer saber... Porquê?

Por isso vê, não basta ir, voar, seguir,
O cerco ao fim,
Aperta, trai, morde, engana a sorte, cai,
Não lembra de ti...

É só o amor desfeito,
Rosa sangue ao peito,
Lágrima que deito,
Sem voltar atrás!

Cresce e contamina
Tolhe a luz à vida,
Que afinal ensina, quebra,
Dobra a dor e entrega amor sincero.

Honra tanto esmero, cala o desespero,
É simples, tudo o que é da vida herdou sentido,
Tem-te se for tido, sabe ser vivido,
Fala-te ao ouvido e nasces tu...




























  Dar significado ao Tempo  
 


Um dos prazeres humanos menos observados é o de preparar acontecimentos à distância, de organizar um grupo de acontecimentos que tenham uma construção, uma lógica, um começo e um fim. 
Este é quase sempre apercebido como um acme sentimental, uma alegre ou lisonjeira crise de conhecimento de si próprio. 
Isto aplica-se tanto à construção de uma resposta pronta como à de uma vida. E o que é isto, senão a premissa da arte de narrar? 
A arte narrativa apazigua precisamente esse gosto profundo. 
O prazer de narrar e de escutar é o de ver os factos serem dispostos segundo aquele gráfico. 
A meio de uma narrativa volta-se às premissas e tem-se o prazer de encontrar razões, chaves, motivações causais. 
Que outra coisa fazemos quando pensamos no nosso próprio passado e nos comprazemos em reconhecer os sinais do presente ou do futuro? Esta construção dá, em substância, um significado ao tempo. 
E o narrar é, em suma, apenas um meio de o transformar em mito, de lhe fugir. 



   Cesare Pavese

"O ofício de viver"






































Tito Colaço
30-July-2013

















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