Echoes from the past...
What is thy name? and is it true that thou
A land unknown of men inhabitest?
What pain obscure is figured on thy brow?
What cares upon thy heart contrive their nest?
Of human things the purest and the best
No constant beauty doth thy soul allow;
And through the world thou bear'st thy deep unrest
Lock'd in a smile thine eyes do disavow.
Being of wild and weird imaginings,
Whose thoughts are greater than mere things can bind,
What is the thing thou seekest within things?
What is that thought thy thinking cannot find?
For what high air has thy strong spirit wings?
To what high vision aches it to be blind?
Alexander Search
"BLIND EAGLE"
A partir daí pode-se mover infinitamente. E isto é meditação. Não simplesmente sentar-se de pernas cruzadas, ou em posição sobre a cabeça, ou fazer o quer que seja, mas ter o sentimento de completa totalidade e unidade da vida.
E isso só pode vir quando há amor e compaixão."
"Deixei para trás o hábito de ler. Já nada leio a não ser um ou outro jornal, literatura ligeira e ocasionalmente livros técnicos relacionados com o que porventura estudo e em que o simples raciocínio possa ser insuficiente.
O género definido de literatura quase o abandonei. Poderia lê-lo para aprender ou por gosto. Mas nada tenho a aprender, e o prazer que se obtém dos livros é do género que pode ser substituído com proveito pelo que me pode proporcionar directamente o contacto com a natureza e a observação da vida.
Encontro-me agora em plena posse das leis fundamentais da arte literária. Shakespeare já não me pode ensinar a ser subtil, nem Milton a ser completo. O meu intelecto atingiu uma flexibilidade e um alcance tais que me permitem assumir qualquer emoção que deseje e penetrar à vontade em qualquer estado de espírito. Quanto àquilo por que sempre se luta com esforço e angústia, ser-se completo, não há livro que valha.
Isto não significa que eu tenha sacudido a tirania da arte literária. Aceito-a apenas sujeita a mim próprio.
Há um livro de que ando sempre acompanhado — As Aventuras de Pickwick. Li várias vezes os livros de Mr. W. W. Jacobs. O declínio do romance policial fechou para sempre uma das minhas portas de acesso à literatura moderna.
Deixei de me interessar por pessoas que são apenas inteligentes — Wells, Chesterton, Shaw. As ideias desta gente são das que ocorrem a muitos que não são escritores; a construção das suas obras é inteiramente um valor negativo.
Todos os meus livros são de consulta. Leio Shakespeare apenas em relação com o Problema de Shakespeare; o resto já o sei.
Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?"
(...)
"Meditação é estar consciente de cada pensamento e de cada sentimento, nunca dizer que é certo ou errado, porém simplesmente observar e acompanhar o seu movimento.
Nessa vigilância, compreendeis o movimento total do pensamento e do sentimento. E dessa vigilância vem o silêncio. O silêncio criado pelo pensamento é estagnação, coisa morta, porém o silêncio que vem quando o pensamento compreendeu a sua própria origem, natureza, esse silêncio é meditação na qual o meditador está de todo ausente, porque a mente esvaziou-se do passado."
"Meditação é estar consciente de cada pensamento e de cada sentimento, nunca dizer que é certo ou errado, porém simplesmente observar e acompanhar o seu movimento.
Nessa vigilância, compreendeis o movimento total do pensamento e do sentimento. E dessa vigilância vem o silêncio. O silêncio criado pelo pensamento é estagnação, coisa morta, porém o silêncio que vem quando o pensamento compreendeu a sua própria origem, natureza, esse silêncio é meditação na qual o meditador está de todo ausente, porque a mente esvaziou-se do passado."
Jiddu Krishnamurti
"Liberte-se do Passado"
"The knowledge that a dream is nothing more,
The science that our life is less than this:
It passes as it, and the bliss it wore
Was at its best the shadow of a bliss."
Alexander Search
"MY LIFE"
"Deixei para trás o hábito de ler. Já nada leio a não ser um ou outro jornal, literatura ligeira e ocasionalmente livros técnicos relacionados com o que porventura estudo e em que o simples raciocínio possa ser insuficiente.
O género definido de literatura quase o abandonei. Poderia lê-lo para aprender ou por gosto. Mas nada tenho a aprender, e o prazer que se obtém dos livros é do género que pode ser substituído com proveito pelo que me pode proporcionar directamente o contacto com a natureza e a observação da vida.
Encontro-me agora em plena posse das leis fundamentais da arte literária. Shakespeare já não me pode ensinar a ser subtil, nem Milton a ser completo. O meu intelecto atingiu uma flexibilidade e um alcance tais que me permitem assumir qualquer emoção que deseje e penetrar à vontade em qualquer estado de espírito. Quanto àquilo por que sempre se luta com esforço e angústia, ser-se completo, não há livro que valha.
Isto não significa que eu tenha sacudido a tirania da arte literária. Aceito-a apenas sujeita a mim próprio.
Há um livro de que ando sempre acompanhado — As Aventuras de Pickwick. Li várias vezes os livros de Mr. W. W. Jacobs. O declínio do romance policial fechou para sempre uma das minhas portas de acesso à literatura moderna.
Deixei de me interessar por pessoas que são apenas inteligentes — Wells, Chesterton, Shaw. As ideias desta gente são das que ocorrem a muitos que não são escritores; a construção das suas obras é inteiramente um valor negativo.
Tempo houve em que eu lia apenas pela utilidade da leitura, mas agora compreendo que há pouquíssimos livros úteis, mesmo os que versam assuntos técnicos que me possam interessar.
A sociologia é (...); quem pode tolerar tal escolástica na Bizâncio de hoje?Todos os meus livros são de consulta. Leio Shakespeare apenas em relação com o Problema de Shakespeare; o resto já o sei.
Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?"
Fernando Pessoa
"APONTAMENTOS PESSOAIS - T"
t.
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