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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

State of mind and Nonsense...












State of mind
and Nonsense...


















"Conhecemos apenas fragmentadamente essa coisa extraordinária chamada vida; nunca olhamos para o sofrimento, excepto através do filtro das fugas. Nós nunca vimos a beleza, a imensidade da morte, e só a conhecemos através do medo e da tristeza. Só pode haver compreensão da vida, do significado e da beleza da morte quando a mente percebe instantaneamente `o que é´. 
Os senhores sabem que, embora nós os diferenciemos, o amor, a morte e o sofrimento são todos a mesma coisa, pois, certamente, o amor, a morte e o sofrimento são o incognoscível. No momento em que conhece o amor, já deixou de amar. O amor está além do tempo, não tem começo nem fim, ao passo que o conhecimento tem começo e fim. Logo, quando diz: `Sei o que é o amor´, não sabe. Só conhece uma sensação, um estímulo. Conhece a reacção ao amor, mas essa reacção não é amor. Do mesmo modo, não sabe o que é a morte. Só conhece as reacções à morte, e só descobrirá a inteira profundidade e o inteiro significado da morte quando as reacções tiverem cessado."





"Quando a morte chega, ela não lhe pede permissão; ela vem e leva-o; ela o destrói no local. Do mesmo modo, será que consegue abandonar o ódio, a inveja, o orgulho das posses, o apego a crenças, a opiniões, a ideias, a determinado modo de pensar? Será que consegue abandonar isso tudo num instante? Não existe um `como abandonar isso´, pois isso seria apenas outra forma de continuidade. Abandonar opiniões, crenças, avidez ou inveja, é morrer, morrer todos os dias, todos os momentos. Se houver o findar de toda a ambição, de momento a momento, então conhecerá o extraordinário estado de ser nada, de chegar ao abismo de um movimento eterno, por assim dizer, e cair borda abaixo, que é a morte.
Quero saber tudo sobre a morte, porque a morte pode ser a realidade; ela pode ser o que chamamos Deus, aquele algo extraordinário que vive e se move e, não obstante, não tem começo nem fim."




"Assim separamos o viver do morrer. O morrer é o fim da nossa vida. Nós o pomos tão longe quanto possível, um longo intervalo de tempo, mas ao fim da longa jornada morremos. E a que é que chamamos viver? Ganhar dinheiro, ir para o trabalho das nove às cinco, sobrecarregado seja no laboratório, seja no escritório ou numa fábrica, e o interminável conflito, medo, ansiedade, solidão, desespero, depressão, toda essa forma de existência é o que chamamos vida, viver. E a isso nos agarramos. Mas é isso viver? Esse viver é dor, sofrimento, ansiedade, conflito, toda a forma de decepção e corrupção. Onde há interesse pessoal tem que haver corrupção. Isso é o que chamamos viver. Sabemos disso, estamos muito familiarizados com tudo isso, essa é a nossa existência diária. E temos medo de morrer, que é largar todas as coisas que conhecemos, todas as coisas que experimentamos e acumulamos, a adorável mobília e a bela colecção de quadros e pinturas. E a morte vem e diz: `Não pode mais ter nenhuma dessas coisas.´
Portanto agarramo-nos ao conhecido, com medo do desconhecido."






"Podemos racionalizar a morte. Vendo a idade avançar sobre nós, senilidade progressiva, perda de memória, etc., podemos dizer bem: `a vida é um processo de nascimento, crescimento e decadência, e o final do mecanismo físico é inevitável`. Mas isso não traz uma compreensão profunda do que é a morte.
A morte deve ser algo extraordinário, assim como é a vida. A vida é uma coisa completa. Sofrimento, dor, angústia, alegria, ideia absurda, posse, inveja, amor, a dolorosa desgraça da solidão, tudo isso é vida. E para entender a morte temos que compreender o todo da vida, não tomar um fragmento dela e viver com esse fragmento, como faz a maioria de nós. Na própria compreensão da vida há o entendimento da morte, porque as duas não são separadas."





















"Para a maioria, a morte é algo separado da vida. A morte está acolá, enquanto nós estamos aqui, ocupado com a vida, conduzindo um carro, fazendo sexo, sentindo fome, preocupando-se, indo para o trabalho, acumulando conhecimento, etc. Não quer morrer porque não terminou de escrever o seu livro, ou não sabe ainda tocar violino magnificamente. Portanto, separa a morte da vida, e diz: `Compreenderei a vida agora, e logo compreenderei a morte´. Mas as duas não estão separadas, e essa é a primeira coisa a compreender. Vida e morte são uma coisa só, estão intimamente relacionadas, e não pode isolar uma delas e tentar compreendê-la separada da outra."





"Estão apegados aos vossos bens, à vossa mulher ou marido. Isso é um facto. Não estou a falar sobre desapego. Estão apegados às vossas opiniões, aos vossos modos de pensar.
Agora, não podem chegar ao fim desse apego? Por que estão apegados? – essa é a questão, não como ser desapegados. Se tentarem ser desapegados, simplesmente cultivam o oposto, e portanto, a contradição continua. Mas no momento em que a sua mente está livre do apego, está também livre do sentido de continuidade através do apego, não é? Então, por que são apegados? Porque têm medo de que sem apego não sejam nada; por conseguinte vocês são a vossa casa, esposa ou marido, vossa conta bancária, emprego. São todas essas coisas. E se houver um final para este sentido de continuidade através do apego, um final absoluto, então saberão o que é a morte."




"Por que existe esse sofrimento da morte, em todas as casas, ricas ou pobres, do mais poderoso na terra ao mendigo? Por que está em sofrimento? É pelo seu marido, ou é por si mesmo? Se está a chorar por ele, as suas lágrimas podem ajudá-lo? Ele se foi irrevogavelmente. Faça o que fizer, jamais o terá de volta. Nenhuma lágrima, nenhuma crença, nenhuma cerimónia ou deuses podem jamais trazê-lo de volta. É um facto que tem que aceitar; nada pode fazer a esse respeito. Mas se está a chorar por si mesma, por causa da sua solidão, da sua vida vazia, por causa dos prazeres sensuais que teve e a companhia, então está a chorar, não está, pelo seu próprio vazio e por auto-comiseração? Talvez pela primeira vez esteja consciente da sua própria pobreza interior. Investiu em seu marido, não foi, se o podemos gentilmente assinalar, e isso lhe deu conforto, satisfação e prazer. Tudo o que está a sentir agora, a sensação de perda, a agonia da solidão e da ansiedade, é uma forma de auto-piedade, não é? Olhe bem para isso. Não endureça o seu coração contra isso e diga: `Eu amo o meu marido, e não estava a pensar nem um pouco em mim mesma. Eu queria protegê-lo, muito embora eu muitas vezes tentasse dominá-lo; mas era tudo para o bem dele, e jamais houve um pensamento para mim mesma´. Agora que ele se foi está a perceber, não está, o seu próprio e verdadeiro estado? A sua morte a abalou e lhe mostrou o verdadeiro estado da sua mente e coração. Pode não estar disposta a olhar para ele; pode rejeitá-lo por medo, mas se observar um pouco mais verá que está a chorar por causa da sua própria solidão, pela sua própria pobreza interior, que é por auto-comiseração."




"Afinal, quando o meu filho morre, o que é que eu sinto? Fico sem saber o que fazer. Ele se foi para nunca mais voltar, e eu sinto uma sensação de vazio, de solidão. Ele era o meu filho, em quem investi toda a minha esperança de imortalidade, de perpetuar o `mim´ e o `meu´; agora que essa esperança da minha própria continuidade foi afastada, sinto-me absolutamente desolado. Portanto, eu realmente odeio a morte; ela é uma abominação, uma coisa a ser posta de lado, porque ela expõe-me a mim próprio. E eu a coloco mesmo de lado, através da crença, através de várias formas de fuga."




"Por que os seres humanos morrem tão miseravelmente, tão desafortunadamente, com uma doença, idade avançada, senilidade, o corpo encarquilhado, feio? Por que não podem morrer naturalmente e de uma maneira tão bela como esta folha? O que há de errado connosco? Apesar de todos os médicos, remédios e hospitais, operações e toda a agonia da vida, e os prazeres também, parecemos não ser capazes de morrer com dignidade, simplicidade, e com um sorriso.
Tal como ensinam matemática, a escrever, a ler e todas as actividades da aquisição de conhecimento às crianças, também deveriam ser instruídas sobre a dignidade da morte, não como uma coisa mórbida, infeliz, que no fim das contas se tem que enfrentar, mas como algo da vida diária, o dia-a-dia de olhar para o céu azul e para o gafanhoto numa folha."






"Existe a velhice. E existe essa coisa extraordinária chamada morte, da qual a maioria de nós tem um medo terrível. Se não tivermos medo, racionalizamos esse fenómeno intelectualmente e aceitamos os ditames do intelecto. Mas ela continua aí. E obviamente existe o final do organismo, do corpo. E aceitamos isso naturalmente, porque vemos tudo morrer. Mas o que não aceitamos é o final psicológico, do `mim´, com a família, com a casa, com o sucesso, as coisas que eu fiz, e as coisas que ainda tenho que fazer, as realizações e as frustrações, e há algo mais a fazer antes que eu termine! E a entidade psicológica, tememos que chegue a um fim, o `mim´ o `eu´, a alma, nas várias formas, palavras que aplicamos ao centro do nosso ser."





"Sabem, viver com a beleza dessas montanhas e não ficar acostumado com isso é muito difícil. A maioria de nós está aqui acerca de três semanas. Contemplaram essas montanhas, ouviram o riacho, e viram as sombras arrastarem-se através do vale, dia após dia; e não notaram o quão facilmente acostumam-se a tudo isso? Dizem: `Sim, isso é muito bonito´, e passam adiante. Viver com a beleza, ou viver com uma coisa feia, e não habituar-se a isso requer uma enorme energia, uma consciência que não permite que a sua mente torne-se embotada. Da mesma forma, a dor embota a mente se simplesmente se acostumarem a ela, e a maioria de nós se acostuma a ela. Mas não precisam de se acostumar à dor. Podem viver com a dor, compreendê-la, investigá-la, mas não para saber sobre ela. Sabe que a dor está aí; é um facto, e nada mais há a saber. Têm que viver com a dor, e para viver com ela têm que amá-la; e então descobrirão que amor, dor e morte são uma coisa só."




"Sabem, de facto não temos amor, essa é uma coisa terrível de se perceber. De facto não temos amor; temos sentimento; temos emocionalismo, sensualidade, sexualidade, temos lembranças de alguma coisa que pensamos que era amor. Mas de facto, brutalmente, não temos amor. 
Porque ter amor significa não ter violência, nem medo, nem competição, nem ambição. 
Se teve amor, nunca dirá: `Esta é minha família´. Pode ter uma família e lhe dar o melhor que pode; mas ela não será `sua família´ que está em oposição ao mundo. Se ama, se existe amor, existe paz. Se amasse, educaria o seu filho não para ser nacionalista, não para ter apenas uma profissão técnica e tratar apenas dos seus pequenos assuntos; não teria nacionalidade. Não haveria divisões de religião, se amasse. Mas como essas coisas de facto existem, não teoricamente, mas brutalmente, este mundo hediondo, mostra que não tem amor. Mesmo o amor da mãe pelo seu filho não é amor. Se a mãe realmente amasse o seu filho, acha que o mundo seria assim? 
Cuidaria que ele tivesse o alimento correcto, a educação correcta, que fosse sensível, que apreciasse a beleza, que não fosse ambicioso, ganancioso, invejoso. Então a mãe, conquanto ela possa pensar que ama o seu filho, não ama. Então não temos esse amor."


Jiddu Krishnamurti
"The collected works"













Wipe out all the wonder from creation
Replace it all with fractals
And synthesize the beauty and design
Pulling wings off spiritual flies
So smug and oh so certain
That yours is the enlightened state of mind
Your soul will contemplate its emptiness
Mired in the figures and equations in your head
Embrace the black

Turn away from civilized society
Wrap yourself in ignorance
And force us to accept on pain of death
Marry myths with superstitious nonsense
And damn the nonbelievers
Salvation's yours, to hell with all the rest
No absolutes are so self-evident
Twisted by your hate, the very word of God
And instrument of death

And who can say which to path to take?
Or bind another's fate?
A billion-fold extremists' point of view create or hell
Each must be entitled to the conscience of the King
There's nothing left to wait but for the tolling of the bell















"Men such as I was on earth never knew fear. I was one of the strongest, of the most courageous. I know not therefore how to describe the fears that came to me; for a strong man's fear was a new thing on earth (as ye will think), and a strong man's fear is of all fears the horriblest and most maddening (...) and intensified by the hideous newness of the sensation."


Fernando Pessoa















Everywhere I go; it is waiting for me there
Everywhere I look a flash of eternity
Is everyone so blind that they can't see
Why it feels, like I'm dreaming

The heart of all
In wind and in rain
The heart of all
In my darkest pain
The heart of all, protect my soul

A miracle, universe so beautiful
How come?
Why I'm here?
An accident or just a freak?
I don't know
But all my life I have been searching for something
Drifting around like a leaf in the wind
Still now I feel like I am coming home
First time I feel like
I am free

The heart of all
Heal my bleeding wounds
The heart of all
Take me in your arms X 3
The heart of all
When darkness fills the land
The heart of all
Take me by the hand
The heart of all, protect my soul

I am you (The heart of all)
I am you, you are we, we are them and they are you
And in the night of darkest fight
We won't let you be alone
The heart of all












t.























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