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sábado, 27 de fevereiro de 2016

The future of Humanity...











The future
of
Humanity...


























































"A essência do ensinamento de Jiddu Krishnamurti, está contida na declaração que fez em 1929, quando disse: 'A verdade, é uma terra sem caminho'
Os homens dela não se podem aproximar por qualquer organização, por qualquer credo, por qualquer dogma, sacerdote, ou ritual, nem por qualquer conhecimento filosófico ou técnica psicológica. Ele, (o homem) tem de encontrar a verdade através do espelho das relações, através do percebimento do conteúdo da sua própria psicose, pela observação, e não por qualquer dissecação intelectual e analítica! 
O homem construiu em si mesmo imagens, como uma cerca de segurança, imagens religiosas, políticas, pessoais. Estas manifestam-se como símbolos, ideias, crenças. A carga destas imagens domina o pensamento do homem, as suas relações e a sua vida diária. Estas imagens são a causa real dos problemas, pois dividem o homem do homem. A sua percepção da vida está `enformada´ nestes conceitos, já estabelecidos na sua mente. Este conteúdo é comum a toda a humanidade. A `individualidade´, é o nome, a forma e a cultura superficial que ele adquire pela tradição e pelo ambiente. A unicidade do homem não se encontra na superficialidade, mas sim na completa liberdade do conteúdo da sua consciência, que é comum a toda a humanidade. Ele não é, portanto, um `indivíduo´.

Esta declaração foi escrita pelo próprio Jiddu Krishnamurti, em 21 de Outubro de 1980:

"A liberdade não é uma reacção; a liberdade não é uma escolha. É pretensão do homem achar, que, porque ele tem escolha, é livre. A liberdade, é pura observação sem direcção, sem medo de castigo ou recompensa. A liberdade é sem motivo; a liberdade não se encontra no fim da evolução do homem, mas está presente desde o primeiro passo da sua existência. Na observação, apercebemo-nos da falta de liberdade. A liberdade é encontrada na consciência sem escolha da nossa existência e actividades diárias. O pensamento é tempo. O pensamento nasce da experiência e do conhecimento que são inseparáveis do tempo e do passado. O tempo, é o inimigo psicológico do homem. Sendo as nossas acções baseadas no conhecimento, portanto, no tempo, o homem é sempre um escravo do passado. O pensamento é sempre limitado, daí vivermos em constante conflito e luta. Não existe evolução psicológica.
Quando o homem se tornar consciente do movimento dos seus próprios pensamentos, ele aperceber-se-á da divisão existente entre o pensador e o pensado, entre o observador e o observado, entre o experimentador e o experimentado. Ele descobrirá que esta divisão é uma ilusão. Então, existirá apenas pura observação, que é interior, sem qualquer sombra do passado ou do tempo. Este vazio temporal interior, provoca uma mutação profunda e radical na mente.
A negação total é a essência do positivo. Quando existe a negação de todas as coisas trazidas à psicose, pelo pensamento, só então existe amor, que é compaixão e inteligência.“



"O ponto de partida dos nossos diálogos foi a questão: 
`Qual é o futuro da humanidade?´

Estes diálogos constituem uma investigação série desse problema, e à medida que prosseguiam, emergiam muitos dos temas básicos dos ensinamentos de Krishnamurti. Assim, a questão do futuro da humanidade parece, à primeira vista, implicar que uma solução deve, de um modo fundamental, envolver o tempo. Todavia, como salienta Krishnamurti, o tempo psicológico, ou o 'vir-a-ser' , é a verdadeira origem da corrente destruidora que está a pôr em risco o futuro da humanidade. Questionar o tempo desse modo significa, porém, questionar a suficiência do pensamento e do conhecimento enquanto meios de se lidar com esse problema. Mas se o conhecimento e o pensamento não são suficientes, o que é, de facto, necessário? 
Isso, por sua vez, leva à questão de se a mente é limitada pelo cérebro humano, com todo o conhecimento que ele acumulou através dos séculos. O cérebro parece estar irremediavelmente preso nas malhas desse conhecimento, que hoje nos condiciona tão profundamente e que deu origem àquilo que, de facto, é um programa irracional e auto-destruidor. Se a mente encontra-se limitada por esse estado do cérebro, então o futuro da humanidade deve ser, realmente, muito sombrio.
No entanto, Krishnamurti não considera tais limitações inevitáveis. Pelo contrário, ele salienta que a mente é essencialmente livre da tendência deformante inerente ao condicionamento do cérebro e que, através do discernimento que se origina na própria atenção não direccionada, destituída de um centro, ela pode alterar as células do cérebro e remover o condicionamento destrutivo. Neste caso, a existência desse tipo de atenção torna-se de importância crucial e devemos, portanto, dedicar a essa questão a mesma intensidade de energia que geralmente dedicamos a outras actividades da vida que realmente são de interesse vital para nós."


David Bohm 
(O Futuro da Humanidade - págs. 9 e 10 (partes do prefácio) 
Diálogos entre Krishnamurti e o físico David Bohm











O futuro da humanidade?

The future of Humanity  
is a dialogue between Krishnamurti and David Bohm which took place in England in 1983.Starting with the questions – Are psychologists really concerned with the future of man? Are they concerned with the human being conforming to the present society, or going beyond that? – the conversation embarks on the incredible journey of the unconditioned mind and asks if the consciousness of mankind can be changed through time.

As discussed intelligently by Krishnamurti and Bohm in the following video, I don’t think many people will take the time to contemplate seriously on the psychological divisions created by our own thought processes.

This conditioning we call knowledge, which has been accumulated in the past, has contributed towards making us ever more divisive. This has unfortunately caused conflict within ourselves and with each other.

As I no doubt believe, those would-be masters who hold power and who wish nothing more than for us to fight each other rather than fight them, have conveniently used every indoctrinating tool at their disposal. Be it the imparting of divisive knowledge carried out by the political system, educational system, religion, and every ideology or authority figure we choose to accept as truth.


Right this minute, we need to look within ourselves to liberate our minds from this conditioning so that unity and peace can hopefully be achieved, not only within but more importantly the world too. But somehow, I don’t think we will see any sort of positive change anytime soon – especially not in my lifetime.








































"A nossa política educacional baseia-se em duas enormes falácias. A primeira é a que considera o intelecto como uma caixa habitada por ideias autónomas, cujos números podem aumentar-se pelo simples processo de abrir a tampa da caixa e introduzir-lhes novas ideias. A segunda falácia, é que, todas as mentes são semelhantes e podem lucrar como o mesmo sistema de ensino. Todos os sistemas oficiais de educação são sistemas para bombear os mesmos conhecimentos pelos mesmos métodos, para dentro de mentes radicalmente diferentes. Sendo as mentes organismos vivos e não caixotes do lixo, irremediavelmente dissimilares e não uniformes, os sistemas oficiais de educação não são como seria de esperar, particularmente afortunados. Que as esperanças dos educadores ardorosos da época democrática cheguem alguma vez a ser cumpridas parece extremamente duvidoso. Os grandes homens não podem fazer-se por encomenda por qualquer método de ensino por mais perfeito que seja.
O máximo que podemos esperar fazer é ensinar todo o indivíduo a atingir todas as suas potencialidades e tornar-se completamente ele próprio. Mas o eu de um indivíduo será o eu de Shakespeare, o eu de outro será o eu de Flecknoe. Os sistemas de educação prevalecentes não só falham em tornar Flecknoes em Shakespeares (nenhum método de educação fará isso alguma vez); falham em fazer dos Flecknoes o melhor. A Flecknoe não é dada sequer uma oportunidade para se tornar ele próprio. Congenitamente um sub-homem, ele está condenado pela educação a passar a sua vida como um sub-sub-homem.

(...)

"É possível que a religião da solidão seja de certa maneira superior à religião social e formalizada. O que é certo é que ela apareceu mais tarde no decurso da evolução. Além disso, os fundadores das religiões e seitas históricamente mais importantes têm sido todos, com excepção de Confúcio, solitários. Talvez seja verdade dizer-se que, quanto mais poderosa e original for uma mente, mais ela se inclinará para a religião da solidão, e menos ela será atraída no sentido da religião social ou impressionada pelas suas práticas. Pela sua própria superioridade a religião da solidão está condenada a ser a religião das minorias. Para a grande maioria dos homens e das mulheres a religião ainda significa, o que sempre significou, religião social formalizada, um assunto de rituais, observâncias mecânicas, emoção das massas. Perguntem a qualquer dessas pessoas o que é a verdadeira essência da religião, e eles responderão que ela consiste na devida observância de certas formalidades, na repetição de certas frases, na reunião em certos tempos e em certos lugares, da realização por meios apropriados de emoções comunais. "


(...)

"A educação actual e as actuais conveniências sociais premeiam o cidadão e imolam o homem. Nas condições modernas, os seres humanos vêm a ser identificados com as suas capacidades socialmente valiosas. A existência do resto da personalidade ou é ignorada ou, se admitida, é admitida somente para ser deplorada, reprimida ou, se a repressão falhar, sub-repticiamente rebuscada. Sobre todas as tendências humanas que não conduzem à boa cidadania, a moralidade e a tradição social pronunciam uma sentença de banimento. Três quartas partes do Homem são proscritas. O proscrito vive revoltado e comete vinganças estranhas. Quando os homens são criados para serem cidadãos e nada mais, tornam-se, primeiro, em homens imperfeitos e depois em homens indesejáveis.
A insistência nas qualidades socialmente valiosas da personalidade, com exclusão de todas as outras, derrota finalmente os seus próprios fins. O actual desassossego, descontentamento e incerteza de propósitos testemunham a veracidade disto. Tentámos fazer homens bons cidadãos de estados industriais altamente organizados: só conseguimos produzir uma colheita de especialistas, cujo descontentamento em não serem autorizados a ser homens completos faz deles cidadãos extremamente maus. Há toda a razão para supor que o mundo se tornará ainda mais completamente tecnicizado, ainda mais complicadamente arregimentado do que é presentemente; que graus cada vez mais elevados de especialização serão requeridos dos homens e mulheres individuais. O problema de reconciliar as reivindicações do homem e do cidadão tornar-se-á cada vez mais agudo. A solução desse problema será uma das principais tarefas da educação futura. Se irá ter êxito, e até mesmo se o êxito é possível, somente o evento poderá decidir."

Aldous Huxley
"Sobre a democracia e outros estudos"






































t.
































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