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sábado, 7 de março de 2015

All places in this world…



























All places in this world  









Here is the same as there...








Here is the same as there...




                                                                    




O caso é o mesmo em todos os vícios: quer seja o daqueles que são atormentados pela indolência e pelo tédio, sujeitos a constantes mudanças de humor, quer o daqueles a quem agrada sempre mais aquilo que deixaram para trás, ou dos que desistem e caem na indolência. 
Acrescenta ainda aqueles que em nada diferem de alguém com um sono difícil, que se vira e revira à procura da posição certa, até que adormece de tão cansado que fica: mudando constantemente de forma de vida, permanecem naquela "novidade" até descobrirem não o ódio à mudança, mas a preguiça da velhice em relação à novidade. Acrescenta ainda os que nunca mudam, não por constância, mas por inércia, e vivem não como desejam, mas como sempre viveram. 
As características dos vícios são, pois, inumeráveis, mas o seu efeito apenas um: o descontentamento consigo próprio.
Este descontentamento tem a sua origem num desequilíbrio da alma e nas aspirações tímidas ou menos felizes, quando não ousamos tanto quanto desejávamos ou não conseguimos aquilo que pretendíamos, e ficamos apenas à espera. 
É a inevitável condição dos indecisos, estarem sempre instáveis, sempre inquietos. Tentam por todas as vias atingir aquilo que desejam, entregam-se e sujeitam-se a práticas desonestas e árduas, e, quando o seu trabalho não é recompensado, tortura-os uma vergonha fútil, arrependendo-se não de ter desejado coisas más, mas sim de as terem desejado em vão. 
Eles ficam então com os remorsos de terem assumido essa conduta e com medo de voltarem a incorrer nela, a sua alma é assaltada por uma agitação para a qual não encontram saída, porque não conseguem controlar nem obedecer aos seus desejos, na hesitação de uma vida que pouco se desenvolve, a alma paralisada entre os desejos abandonados.
Tudo isto se torna ainda mais grave quando, com a repulsa do sofrimento passado, se refugiam no ócio ou nos estudos solitários, que uma alma educada para os assuntos públicos não consegue suportar, desejosa de agir, inquieta por natureza e incapaz de encontrar estímulos por si mesma. 
Por isso, sem a distracção que as próprias ocupações representam para os que nelas andam, não suportam a casa, a solidão, as paredes; com angústia, vêem-se entregues a eles mesmos. 









Quando receamos algum mal, o próprio facto de o recearmos atormenta-nos enquanto o aguardamos: teme-se vir a sofrer alguma coisa e sofre-se com o medo que se sente! 
Tal como nas doenças físicas há certos sintomas que pressagiam a moléstia - incapacidade de movimento, lassidão completa mesmo quando se não faz nenhum esforço, sonolência, calafrios por todo o corpo -, também um espírito débil se sente abalado, mesmo antes de qualquer mal se abater sobre ele: como que adivinha o mal futuro, e deixa-se vencer antes do tempo. 
Há coisa mais insensata do que nos angustiarmos com o futuro em vez de deixarmos chegar a hora da aflição, e atrairmos sobre nós todo um cúmulo de tormentos? 
Quando não é possível livrarmo-nos por completo da angústia, pelo menos adiemo-la tanto quanto pudermos. 
Queres ver como é verdade que ninguém deve atormentar-se com o futuro?
Imagina um homem a quem tenha sido dito que depois dos cinquenta anos será submetido a graves suplícios: ele permanece imperturbável enquanto não passa a metade desse espaço de tempo, altura em que começa a aproximar-se da angústia prometida para a segunda metade da sua vida. 
Por um processo semelhante sucede também que certos espíritos doentes sempre em busca de motivos para sofrer se deixam tomar de tristeza por factos já remotos e esquecidos. 
A verdade é que nem o passado nem o futuro estão presentes, pelo que não podemos sentir qualquer deles. 
Ora a dor somente pode resultar de algo que se sente! 


(...)


Verifica que homem feliz não é aquele que o vulgo entende por tal, ou seja, um homem de grandes recursos monetários; é, sim, aquele para quem todo o bem reside na própria alma, é o homem sereno, magnânimo, que pisa aos pés os interesses vulgares, que só admira no homem aquilo que faz a sua qualidade de homem, que segue as lições da natureza, se conforma com as suas leis, e vive segundo o que ela prescreve; é o homem a quem força alguma despojará dos seus bens próprios, o homem capaz de fazer do próprio mal um bem, seguro do seu pensamento, inabalável, intrépido; é o homem a quem a força pode abalar, mas nunca desviar da sua rota; a quem a fortuna, apontando contra ele as mais duras armas com a maior violência, pode arranhar, mas nunca ferir, e mesmo assim raramente, porquanto os dardos da sorte, que afligem em geral a humanidade, fazem ricochete contra ele à maneira do granizo que, batendo no tecto, salta e se derrete sem causar qualquer dano ao ocupante da casa.








Séneca


1 st “Da tranquilidade da alma”
2 nd “"Cartas a Lucílio”























Here is the same as there, my friend,
All places in this world are like.
If doomed thy life in grief to spend,
What change can then thy fate amend,
What from thy soul the pain can strike?


When pain doth wound the tired heart
And grief doth tie the fevered eye,
Some joy indeed the world's great art
May to thy pained soul impart -
What's this if joy in thee not lie?


When on my restless couch I lie
And count the throbbing of my breath,
I see the joy of earth and sky
Yet hate it all; why should not I
So keep my coward mind from death?


True joy comes not from outward show
But in our deepest soul doth rest.
What matter if the sun can glow
And stars at night look sweetly so
When hearts are by their grief opprest?


For when the darkness weighs thy thought,
And night doth fall upon thy soul,
Are not again thy sorrows brought?
Is not thy mind in shadows caught?
Do fears not back upon thee roll?


I cannot do but hope; as mine
Thy mind I see to hopes doth bend;
I in my land and thou in thine
We suffer both - our griefs entwine.
Here is the same as there, my friend.





Alexander Search
“Here and there”





























































I traced a circle on the ground,
It was a mystic figure strange
Wherein I thought there would abound
Mute symbols adequate of change,
And complex formulas of Law,
Which is the jaws of Change's maw.


My simpler thoughts in vain had stemmed
The current of this madness free,
But that my thinking is condemned
To symbol and analogy:
I deemed a circle might condense
With calm all mystery's violence.


And so in cabalistic mood
A circle traced I curious there;
Imperfect the made circle stood
Thought formed with minutest care.
From magic's failure deeply I
A lesson took to make me sigh.









Alexander Search

“The circle”












































You follow religion
You have to believe
You don't ask for reason
'Cause you're just so naive
But what they don't tell you
is that they're in control
They give out a little
Then take your body and soul


Pre-chorus:
Confusion, delusion,
you feel there's no solution
Desire, on fire,
don't you think it's time to believe?


Chorus:
Why can't you see it's the sign of times?
Blind leading the blind,
into the ark of lies
The new world uprising,
to take out the rats.
They run but they can't hide,
from the furious wrath.
Their unholy mission
is to sweep up the trash
The days of defiance,
revolt of the mass









Firewind

“Ark of lies”
























































Tito Colaço
                                    


VII _ III _ MMXV

































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