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domingo, 22 de março de 2015

Leave behind...














































Leave behind ...







Leave behind...












Caminho: faixa de terra sobre a qual se anda a pé. A estrada distingue-se do caminho não só por ser percorrida de automóvel, mas também por ser uma simples linha ligando um ponto a outro.
A estrada não tem em si própria qualquer sentido; só têm sentido os dois pontos que ela liga. O caminho é uma homenagem ao espaço. Cada trecho do caminho é em si próprio dotado de um sentido e convida-nos a uma pausa.
A estrada é uma desvalorização triunfal do espaço, que hoje não passa de um entrave aos movimentos do homem, de uma perda de tempo.
Antes ainda de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana: o homem já não sente o desejo de caminhar e de extrair disso um prazer.
E também a sua vida ele já não vê como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha conduzindo de uma etapa à seguinte, do posto de capitão ao posto de general, do estatuto de esposa ao estatuto de viúva. O tempo de viver reduziu-se a um simples obstáculo que é preciso ultrapassar a uma velocidade sempre crescente. 



(...)




O homem não é mais do que a sua imagem. Os filósofos bem podem explicar-nos que a opinião do mundo pouco conta e que só importa aquilo que somos.
Mas os filósofos não percebem nada.
Enquanto vivermos entre os seres humanos, seremos aquilo que os seres humanos considerarem que somos. Passamos por velhacos ou manhosos quando não paramos de perguntar a nós próprios como nos vêem os outros, quando nos esforçamos por ser o mais simpáticos possível.
Mas entre o meu eu e o do outro, existirá algum contacto directo, sem a mediação dos olhos?
Será pensável o amor sem uma perseguição angustiada da nossa própria imagem no pensamento da pessoa amada?
Quando deixamos de nos preocupar com a maneira como o outro nos vê, deixamos de o amar.















A verdadeira bondade do homem só pode manifestar-se em toda a sua pureza e em toda a sua liberdade com aqueles que não representam força nenhuma.
O verdadeiro teste moral da humanidade (o teste mais radical, aquele que por se situar a um nível tão profundo nos escapa ao olhar) são as suas relações com quem se encontra à sua mercê: isto é, com os animais.
E foi aí que se deu o maior fracasso do homem, o desaire fundamental que está na origem de todos os outros. 









Milan Kundera


1 st "A Imortalidade"
2 nd "A Insustentável Leveza do Ser" 


























































Não examinar o que se passa na alma dos outros dificilmente fará o infortúnio de alguém; mas os que não seguem com atenção os movimentos das suas próprias almas são fatalmente desditosos. 


(...)


Ser semelhante ao promontório contra o qual vêm quebrar as vagas e que permanece firme enquanto, à sua volta, espumeja o furor das ondas.
- Que desgraça ter-me acontecido isto!
Não, não é assim que se deve falar, mas desta maneira:
- Que felicidade, apesar do que me aconteceu, eu não me mortificar, não me deixar abater pelo presente nem me assustar pelo futuro!
Na verdade, coisa idêntica poderia suceder a toda a gente, mas bem poucos a suportariam sem se mortificarem. Por que razão considerar este acontecimento infortunado e aquele outro feliz?
Em resumo, chamas de infortúnio para o ser-humano aquilo que não é um obstáculo à sua natureza?
E consideras um obstáculo à natureza do ser humano aquilo que não vai contra a vontade da sua natureza? Que queres, então?
Conheces bem essa vontade; aquilo que te sucede impede-te, por acaso, de ser justo, magnânimo, sóbrio, reflectido, prudente, sincero, modesto, livre, e de possuir as outras virtudes cuja posse assegura à natureza do ser humano a felicidade que lhe é própria?
Não te esqueças, doravante, contra tudo aquilo que te possa trazer aflição, de recorrer a este princípio: “Acontecer-me isso não é uma desgraça; suportá-lo corajosamente é uma felicidade.” 


(...)


Há quem procure lugares de retiro no campo, na praia, na montanha; e acontece-te também desejar estas coisas em grau subido. Mas tudo isto revela uma grande simplicidade de espírito, porque podemos, sempre que assim o quisermos, encontrar retiro em nós mesmos.
Em parte alguma se encontra lugar mais tranquilo, mais isento de ruídos, que na alma, sobretudo quando se tem dentro dela aqueles bens sobre que basta inclinar-se para que logo se recobre toda a liberdade de espírito, e por liberdade de espírito, outra coisa não quero dizer que o estado de uma alma bem ordenada. 
Assegura-te constantemente um tal retiro e renova-te nele.
Nele encontrarás essas máximas concisas e essenciais; uma vez encontradas dissolverão o tédio e logo te hão-de restituir curado de irritações ao ambiente a que regressas.

                          





Marco Aurélio
“Pensamentos e Reflexões”


                          






























Sabermos que tudo o que emanamos para o Todo, o Todo nos retornará, torna-nos mais responsáveis pelo que queremos então emanar.
“- Nada na minha vida funciona! Estou rodead@ de pessoas más e egoístas, nunca fiz mal a ninguém, tento ser amig@ do próximo e uma boa pessoa mas mesmo assim, não consigo ser feliz..."
Os relatos que me chegam das mais variadas pessoas, todos sem excepção incluem partes desta frase ou mesmo toda, por isso acredito que também tu aí desse lado te irás rever nela.
Daria um livro abordar tudo o que ela contém nas diferentes perspectivas e filosofias...
Cada um de nós tem um filtro próprio e vê a realidade não como ela é mas sim como o nosso
filtro nos permite como dia a maravilhosa Anais Nin.
Sabemos bem como pessoas que passaram por experiências idênticas as processam de maneiras bem diferentes, como há pessoas que vêm a vida como uma festa ou uma aventura e para outras a vida é um castigo ou uma pena lenta e injusta. Uns têm um filtro amoroso e positivo outras um filtro sujo de medo e negatividade. Uns vêm um mundo como uma arena de conquista de poder e bens materiais outros vêm um planeta onde a família espiritual se escolheu encontrar para que possamos experienciar a matéria em todas as suas vertentes.
Resumindo, cada um de nós está a experimentar-se livremente através do seu filtro e tal como o caleidoscópio, quando nos saturarmos de determinadas experiências e aprendermos as respectivas lições poderemos movimentar de novo o caleidoscópio e criar uma nova experiência.
Infelizmente, muitos são os que perderam a noção da liberdade e da capacidade que temos
de mudar a realidade, ficando presos na vitimização, resignação e julgamento da realidade e do próximo. Felizmente, muitos são os que já resgataram a responsabilidade de alterar os seus caleidoscópios e começam já a usar as suas varinhas mágica comandando os seus pensamentos, emoções e energias internas pois já perceberam que são elas que estão a co-criar a realidade exterior.
Neste momento cósmico, estamos a ser convidados pela primeira vez a ver a vida pelos olhos do espírito e não apenas pelo do corpo.
Pela primeira vez a alma tem a atenção e o reconhecimento que merece tendo em conta que a ela o nosso corpo e ego deve a sua existência.
Finalmente estão-nos a ser dadas ferramentas que nos permitem analisar a nossa vida não mais apenas pelo filtro do ego mas agora pelo filtro da alma.
E é neste filtro da alma que tudo o que vivemos irá fazer sentido.
Muitos de nós fomos educados a ver a vida apenas pelo filtro do corpo, da análise do mundo material, da conquista do poder, da superação do próximo, da acumulação de bens, da necessidade de ser perfeito perante o próximo e perante Deus.
Esta obsessão com a perfeição e com o mundo material em detrimento da existência espiritual, emocional e evolutiva, está a arrastar muitos para a depressão, para o desespero e incapacidade de responder à vida positivamente.
As velhas fórmulas finalmente a mostrarem que já não funcionam... e é só quando nos rendemos e reconhecemos que precisamos de fórmulas novas que o Universo nos surpreende.
Como diz a velha mas sábia frase;

"Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece"
O Universo pede sempre algo velho em troca do novo.
Pede sempre algo terreno em troca de consciência espiritual.
Pede sempre um pedaço do ego em troca da abundância da alma.
Pede sempre o que nos é difícil de dar em troca do que mais ansiamos receber.
Orgulho, arrogância, perfeccionismo, materialismo, medo, resistência, agressividade, superioridade, julgamento e outras defesas do ego são as moedas de troca que a vida nos exige para podermos aceder aos patamares elevados da abundância interior, alegria, amor, valor,
bençãos, amizade, verdade, saúde, paz, liberdade, respeito e consciência que tanto todos ansiamos.
A todos os que comigo se cruzam ainda identificados com a frustrada e impossível agenda social que nos exigia a dita vida e pessoa perfeita em troca da prometida felicidade, é feito um trabalho dividido em 3 passos; Consciência, Responsabilidade e Liberdade.


Consciência
No passo da Consciência vamos antes de mais consciencializar que somos um espirito a cumprir uma história dentro de um corpo que escolheu a existência presente para levar a sua história há muito começada a um patamar mais elevado de evolução rumo ao amor incondicional. Para nos apoiarmos neste trabalho de consciência iremos analisar tanto mapa astrológico como nas presenças e factos familiares e atitudes nos momentos críticos como certos padrões foram já herdados do passado no momento do nascimento.
Vamos ainda fazer um ajuste no caleidoscópio interno e aprender a olhar para a vida pela perspectiva do espirito e não mais da personalidade.
É a proposta de uma nova visão em que iremos abrir as comportas do nascimento e da morte em que tanto a religião como a sociedade nos fecharam em que perdemos a noção de vidas
passadas e vidas futuras. Ou seja, ficámos sem a perspectiva de que a nossa existência é
apenas mais um episódio numa eterna história evolutiva espiritual. Logo a nossa vida serve
alguns propósitos que infelizmente acabam por passar para segundo plano ou são mesmo inconscientes à maior parte do ser humano;
- Superar e abandonar certas energias densas do passado.
- Reconhecer e valorizar talentos e colocá-los ao serviço do mundo.
- Resgatar a consciência espiritual em que a vida serve o propósito evolutivo do espirito e não os caprichos egoístas do ego.
É importante tornar consciente que somos seres energéticos e como tal magnéticos que constantemente fazemos atrair energias compensadoras que virão ajudar ao nosso equilíbrio.
Esta dinâmica energética nada tem a ver com o que chamamos de comportamentos socialmente
correctos ou perfeitos pois eles servem uma diferente agenda. Quando percebemos porque certos eventos, inclusivé perdas acontecem e como afinal são bençãos disfarçadas a servir a agenda espiritual, tudo se pacifica.


Responsabilidade
No passo da responsabilidade iremos resgatar o compromisso que temos com a Fonte e com a nossa felicidade, evolução e equilíbrio interior.
Para isso teremos que reconhecer e recolher todas as armas com o que nosso ego se alimentava através do mundo e dos outros e resistia a assumir essa responsabilidade. A partir dessa consciência e que conseguimos libertar a quem nos exigia ou quem quer que tínhamos como refém a exigir que fizesse esse trabalho por nós.
Neste passo passamos a ver o Universo como um enorme ser ou simplesmente uma imensa energia inteligente, cheia de vida em evolução tal como as nossas pequenas individualidades onde cada um de nós é uma célula desse todo e como tal responsáveis por essa célula e
respectivo estado de equilíbrio, saúde e valor.
É a partir desta consciência de responsabilidade individual que adoptamos a Lei do Karma que vem validar precisamente a responsabilidade que temos perante o todo e que nos faz chegar sempre à nossa experiência o resultado das nossas escolhas. Só quando sentimos em nós, na experiência 3D, o impacto dessas escolhas poderemos então analisar, sentir e reconhecer se as queremos manter ou no caso do impacto ser negativo, podermos escolher outras, aceitando a responsabilidade claro está pelas consequências das escolhas anteriores.
Sabermos que tudo o que emanamos para o Todo, o Todo nos retornará, torna-nos mais responsáveis pelo que queremos então emanar.


Liberdade
Depois do trabalho de consciência e responsabilidade, temos então acesso a uma das mais belas experiências humanas; a Liberdade.
Não a liberdade de fazermos o que queremos pois agora temos consciência da nossa responsabilidade. É sim uma liberdade de SERMOS a mais elevada versão de nós próprios sabendo agora que a mais elevada versão de nós próprios é o Amor Incondicional.
Este patamar não é uma liberdade atribuída ao ego que apenas quer alimentar o seu umbigo no exterior, mas é sim uma liberdade interior de todas as amarras de medo, de insegurança, de perda, de incapacidade que essas sim nos impedem de ser amor e de confiarmos na vida e na dinâmica espiritual e inteligente.
A qualidade desta liberdade não serve conquistas materiais de podermos ter, comprar, adquirir, possuir seja o que for. Ela serve apenas o nosso interior e apenas libertará o que quer que esteja a manter o espírito preso e e que o torne incapaz de seguir o seu propósito superior. É portanto a liberdade de ser e não de ter.
Vamos então analisar a mesma desafiante frase mas agora depois de feitos os 3 passos;
- Nada na minha vida funciona! Estou rodead@ de pessoas más e egoístas, nunca fiz mal a ninguém, tento ser amig@ do próximo e uma boa pessoa mas mesmo assim, não consigo ser feliz..."
- A nossa vida não serve uma agenda social mas sim uma agenda espiritual.
A agenda social tende a rejeitar e evitar tudo o que é imperfeito, feito, escuro, triste, solitário, pobre, doente, recolhido e a buscar infantilmente e apenas tudo o que é perfeito, bonito, iluminado, alegre, cheio, saudável, festivo e rico.
A agenda social quer cumprir os passos que nos disseram que garantiriam a felicidade; escola,
curso, emprego, familia, casa, carro e viagens. É normalmente depois de conquistarmos esta
agenda e nos apercebermos que a agenda não garantia a felicidade que entramos em crise e nos queixamos que nada funciona.
A agenda espiritual está em paz pois o que quer que esteja a acontecer está a servir os seus propósitos próprios.
- Quem quer que tenhamos na nossa vida foi atraído pela nossa energia e trás o convite de experienciarmos através do outro, as nossas próprias crenças, desequilíbrios energéticos e escolhas passadas.
- A vida nunca nos pediu para sermos perfeitos, para ajudarmos o próximo ou sequer a sermos
bonzinhos. Essas são apenas crenças de como agradar um Deus religioso que muitos já
constataram que não funcionam.
- Ser uma boa pessoa no mundo terreno e da perspectiva do ego é abafar a nossa individualidade e viver de acordo com as expectativas dos outros, da sociedade e da família.
A agenda espiritual pede-nos, não para sermos boas pessoas, mas para sermos pessoas completas, equilibradas, conscientes dos nossos aspectos sombra e luz e transparentes pois só a partir daí seremos capazes de amar incondicionalmente.
- Ser feliz para um ego é satisfazer a permanente e insaciável agenda de exigências, caprichos, posses, regalias sem que demos nada de nós em troca.
Ser feliz para o espirito é a rendição à vida e a tudo o que é e como é. É a capacidade de vermos a perfeição no caos e de aceitarmos que tudo está como tem que estar e que tudo o que está e é por amor a nós e serve a nossa evolução e propósito pessoal de evolução. É o poder de superarmos dentro de nós as energias negativas do ego e de exercermos a liberdade de escolher pelo amor.
Mais cedo ou mais tarde todos seremos convidados a fazer esta viagem de retorno ao nosso centro. Quanto mais cedo, melhor...








Vera Luz

“Porque é que a minha vida não funciona???”

In SAPOLIFESTYLE

                                           



























The hours are weary of being hours.
Oh, to be aught else! they say.
Their task's to age children, hopes and flowers,
Paint lips cold and hairs gray.


They sicken and sadden and deaden beauty.
When they pass and look behind,
Lining the path of their ended duty
They only weeping fmd.


So, Oh, to be something else! they say,
For they think they know
That the things and thoughts they take away
Really fade and go.


But they do not know, blind misers screening
A robber changed false pelf,
That everything has Another Meaning -
Ay, even God Himself



(...)



Pale with the sense of being mortal,
        Now dost thou, passing yearning's glades,
Knock with cold hands at the hushed portal
        Of the closed palace of the shades.
Thy hands fall and thy wide eyes grope.
Oh, le me kiss thy feet and hope!


Let us not wish to understand,
        Bravely despair even of despair;
Cold unfelt hand in cold dead hand,
        Let us set out for mere Somewhere,
With bodies by the cold made none,
By night to invisibleness done.


Perhaps, thus losing earthly goal,
        Our sense of us numbed to innerness,
Sudden we shall find ourselves all Soul,
        Hand in hand spirits, waked to bliss,
Having, through some Gate not in space,
Lo! lapsed to everlasting grace.







   
Fernando Pessoa
   


    35 –“ The hours”    
    36 – “La chercheuse”    
    “The Mad Fiddler” In Poesia Inglesa    


























Left here long ago
Was passing through the years
I was waiting for the day
Chasing a distant star
While the sun just slipped away


Lost my way long ago
Was running in circles
I was drifting through the night
Tracing a fading star
Moving slowly out of sight


Lost my way
I lost my way back then
Now it seems Im lost
It seems Im lost again


I left here long ago
Was someone else back then
I left here long ago
Now Im leaving again


I lost my way long ago
Was somewhere else back then
I Lost my way back then
And now Im lost again


Everything changes
Everyone moves apart


Left here long ago
Now Im staring into space
As my thoughts drift back to you
Im facing a falling star
Moving swiftly out of view


Left here way
I left here way back then
Now Im leaving
Im leaving again


I left here long ago
Was someone else back then
I left here long ago
Now Im leaving again


I lost my way long ago
Was somewhere else back then
I lost my way back then
And now Im lost again


I left here long ago
Was someone else back then
I left here long ago
Now Im leaving again


I lost my way long ago
Was somewhere else back then
I lost my way back then
And now Im lost again






Fates Warning
“Left Here”

















Tito Colaço




XXII _ III _ MMXV































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