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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Essential like water...














































  A adversidade é essencial  




Porquê espantar-nos que possa ser vantajoso, por vezes mesmo desejável, expor-nos ao fogo, às feridas, à morte, à prisão? 
Para o homem esbanjador a austeridade é um castigo, para o preguiçoso o trabalho equivale a um suplício; ao efeminado toda a labuta causa dó, para o indolente qualquer esforço é uma tortura: pela mesma ordem de ideias toda a actividade de que nos sentimos incapazes se nos afigura dura e intolerável, esquecendo-nos de que para muitos é uma autêntica tortura passar sem vinho ou acordar de madrugada! 
Qualquer destas situações não é difícil por natureza, os homens é que são moles e efeminados! 
Para formar juízos de valor sobre as grandes questões há que ter uma grande alma, pois de outro modo atribuiremos às coisas um defeito que é apenas nosso, tal como objectos perfeitamente direitos nos parecem tortos e partidos ao meio quando os vemos metidos dentro de água. 
O que interessa não é o que vemos, mas o modo como o vemos; e no geral o espírito humano mostra-se cego para a verdade!
Indica-me um jovem ainda incorrupto e de espírito alerta, e ele não hesitará em julgar mais afortunado o homem capaz de suportar todo o peso da adversidade sem dobrar os ombros, o homem capaz de alçar-se acima da fortuna. 
Não é proeza nenhuma manter a calma quando a situação é tranquila; é admirável, pelo contrário, conservar o ânimo quando todos se deixam abater, mantermo-nos em pé quando todos jazem por terra. 
O que há de mal na tortura e em tudo o mais a que damos o nome de «adversidade»? 
Apenas isto, segundo penso: o facto de nos abaixar, abater, humilhar o espírito. Ora nada disto pode suceder ao homem sábio, o qual se mantém vertical seja qual for o peso sobre os seus ombros. A um tal homem, coisa alguma deste mundo pode humilhar; um tal homem a nada do que é inevitável se recusa. O sábio não se lamenta se lhe acontecer algo daquilo a que a condição humana está sujeita. Conhece as próprias forças, sabe que não vergará sob o peso. Com isto eu não estou a colocar o sábio à parte do comum dos homens nem a julgá-lo inacessível à dor como se de um penedo inacessível se tratasse. Apenas recordo que o sábio é composto de duas partes: uma é irracional, e sensível, portanto, às feridas, às chamas, à dor; a outra é racional, dotada de convicções inabaláveis, inacessível ao medo, indomável. É nesta parte que reside o bem supremo para o homem. Enquanto o seu bem próprio ainda está por preencher, o espírito do homem pode resvalar na incerteza, mas desde o momento em que atinge a perfeição adquire para sempre a estabilidade total. 



Séneca
"Cartas a Lucílio"


























Inside the heart of everyone 
There's lies a truth to be revealed, 
Crush the shell with perfect circles, 
It's time to break the ageless dream 

Bring me a man who longs for his freedom, 
Bring him the key that will open the gates to the sky. 

Now they're alive what will you cling to? 
We'll tell tales of elegance. 
Here are the words you have to read them, 
Can't you see that there's no other way? 

Turn away from shame, never look back again. 

Bring me a man who longs for his freedom, 
Is this the answer? 

Do our minds ever open wide? 
when the light has won 
There'll be nowhere left to run. 

Out of the circle I walk alone, 
Drive this fiction from every home, 
If I arrive in this cherished place, 
Time will fall, close to grace, 
Burning effigies. 

One day we'll cry the same tears for our loss, 
Until that day we'll keep this song 
Near to the wrongs of you and I 

Do our minds ever open wide? 
when the light has won 
There'll be nowhere left to run. 

Do our minds ever open wide? 
when the key is found 
There'll be nowhere left to hide.



EUMERIA
"The Key"



























"O passado, não se vislumbra como o futuro, não se "olha" com a nitidez do presente, simplesmente, aguarda no espaço devido, tudo o queremos, e o restante. Rebusque-se, ainda que dormitando, o que acordados não queiramos, ou não se consegue encontrar. Não sepultemos, o que não morreu. Encaremos, como se de um espelho se tratasse."

TC




TITO COLAÇO
27__August_2013








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