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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O Mal só nos afecta na medida em que o deixarmos...

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Late in the night
I came home to your silence
I knew it was over
Now you are gone, oh
I thought I was strong
When I fell into darkness
With nowhere to go, oh

Chorus:
Will you come back to me
With a smile on a rainy day
Or to tell you
Love me again
Will you be there with me
Coming down in the moonlight
And I know I'm no angel
I need you, love

I need you, I feel every day
Like a shadow
Walking an empty road, oh
And I thought I'd seen it all
Through my lifetime
Now from an empty room
I'm calling you

Repeat Chorus 

And I know I'm no angel
I need you, love.


Era 
"I'm No Angel"




























O Mal só nos afecta na medida em que o deixarmos



Os homens (diz uma antiga máxima grega) são atormentados pelas ideias que têm das coisas, e não pelas próprias coisas. 
Haveria um grande ponto ganho para o alívio da nossa miserável condição humana se pudessemos estabelecer essa asserção como totalmente verdadeira. Pois, se os males só entraram em nós pelo nosso julgamento, parece que está em nosso poder desprezá-los ou transformá-los em bem. Se as coisas se entregam à nossa mercê, por que não dispomos delas ou não as moldarmos para vantagem nossa? 
Se o que denominamos mal e tormento não é nem mal nem tormento por si mesmo, mas somente porque a nossa imaginação lhe dá essa qualidade, está em nós mudá-la. E, tendo essa escolha, se nada nos força, somos extraordinariamente loucos de bandear para o partido que nos é o mais penoso e dar às doenças, à indigência e ao desvalor um gosto acre e mau, se lhes podemos dar um gosto bom e se, a fortuna fornecendo simplesmente a matéria, cabe a nós dar-lhe a forma.
Porém vejamos se é possível sustentar que aquilo que denominamos por mal não o é em si mesmo, ou pelo menos que, seja ele qual for, depende de nós dar-lhe outro sabor e outro aspecto, pois tudo vem a ser a mesma coisa. Se a natureza própria dessas coisas que tememos tivesse o crédito de instalar-se em nós por poder seu, ele se instalaria exactamente da mesma forma em todos; pois os homens são todos de uma só espécie e, excepto por algo a mais ou a menos, acham-se munidos de iguais órgãos e instrumentos para pensar e julgar. Mas a diversidade das ideias que temos sobre essas coisas mostra claramente que elas só entram em nós por mútuo acordo: alguém por acaso coloca-as dentro de si com a sua verdadeira natureza, mas mil outros dão-lhes dentro de si uma natureza nova e contrária. 


Michel de Montaigne
"Ensaios"


































TITO COLAÇO
15.08.2013























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