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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Mind journey...
















Mind journey...




























































Interlocutor:

- Senhor, o que quer que nós façamos aqui neste mundo? 



Krishnamurti:

- Muito simples senhor: eu não quero nada. 
Isso é o primeiro. O
segundo: viva, viva neste mundo. 
Este mundo é tão maravilhosa-mente belo. 
É o nosso mundo, a nossa terra sobre a qual vivemos. 
Mas não vivemos, somos
mesquinhos, divididos, ansiosos, somos seres-humanos atemorizados e,
portanto, não vivemos, não conhecemos a verdadeira relação, somos seres
solitários e desesperados. 
Não sabemos o que significa esse sentido de viver
em êxtase, na sorte. Digo que podemos viver dessa maneira unicamente
quando sabemos como estar livres de todas as tolices que enchem a nossa vida.
E estar livres delas só é possível quando nos damos conta da nossa relação,
não só com os seres-humanos, mas também com as ideias, com a natureza,
com tudo. 
Nessa relação descobrimos o que somos: o nosso medo, a nossa
ansiedade, desespero, solidão, e a nossa completa ausência de amor. 
Estamos repletos de teorias, de palavras, de conhecimentos do que outras pessoas
terão dito, mas nada conhece sobre si mesmo, e, portanto, acabamos por não saber.


    Jiddu Krishnamurti    

“O vôo da águia”

p.12
































So many secrets trapped in time
Forever silent eternal crime
Why? did they die?

So many schemes
So many lies
So many dreams, buried alive

We want the truth - world illusion
Tell only lies - world of illusion
I've seen his face - so much confusion
It's our disgrace - world of illusion

We felt the presence - long ago

They've walked through the shadows of our souls

Why? didn't we try?

So many plans
So little time
So many scams
Control our lives



Artension 
"World of illusion"
































TITO COLAÇO

I _ XI _ MMXIV























quinta-feira, 30 de outubro de 2014

To be reborn...











To be reborn... 








































       A  boa 
sorte       






Os homens sábios, para declinarem a inveja que possa incidir sobre os seus méritos, usam atribuí-los à providência e à fortuna (sorte), porque assim podem falar deles, e, além disso, é honroso para o homem ser benquisto dos poderes superiores. 
Foi por isso que na tempestade, César disse ao piloto: "Caesarem portas et fortunam ejus"  (Transportas César e a sua fortuna). 
Assim Sylla  escolheu o cognome de Feliz e não o de Magno.
E tem sido notado, que  aqueles que demasiada-mente atribuem a sua felicidade à ciência e habilidade acabam infortunada-
mente. 
Está escrito que Timóteo, o ateniense, quando apresentara à assembleia o relatório da sua acção como governante, frequentemente intercalou a seguinte frase "e nisto não teve parte a fortuna", nunca mais prosperou em coisa que empreendesse. 


Francis Bacon
“Da fortuna”
















Sakura sakura 
Yayoi no sora wa 
Miwatasu kagiri 
Kasumi ka kumo ka 
Nioi zo izuru 
Izaya izaya
Mi ni yu kan 
Saita sakura
Mina mi te modoro
Yoshino wa sakura
Tatsuta wa momiji
Karasaki no matsu
Tokiwa tokiwa
Iza yukan 


Ring Of Fire 
"Sakura Sakura"



















The snowfrakes go silently by
Outside my window
I am wondering why
Nothing changes
We try to survive
But I'm only waiting here
Waiting to die

Is this only a nightmare
Will I wake up to find
Skies that are clear
We're all lost here somewhere
In the land of frozen tears

Feeling empty and cold to the core
It's so impossible to just ignore
Every heart that is broken
Every moment
A lifetime of fear
Every word that is spoken
In the land of frozen tears

Every heart is still broken
Every moment
A lifetime of fear
We're all lost here somewhere
In the land of frozen tears
The end is always near
In the land of frozen tears


Ring Of Fire 
"Land of frozen tears"










Tito Colaço
XXX  _  X _ MMXIV





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Deliverance...









Deliverance...
























Não 
somos capazes 
de distinguir 
o que é bom 
e o que é mau


Quantas vezes um pretenso desastre não foi a causa inicial de uma grande felicidade! 
Quantas vezes, também, uma conjuntura saudada com entusiasmo não constituiu apenas um passo em direcção ao abismo, elevando um pouco mais ainda alguém em posição eminente, como se em tal posição pudesse estar certo de cair dela sem risco! 
A própria queda, aliás, não tem em si mesma nada de mal se tomares em consideração o limite para lá do qual a natureza não pode precipitar ninguém. 
Está bem perto de nós o termo de tudo quanto há, está bem perto, garanto-te, o limite desta existência donde o venturoso se julga expulso e o desgraçado liberto, nós é que, ou por esperanças ou por receios desmesurados, a fazemos mais extensa do que realmente é. 
Se agires com sabedoria, medirás tudo em função da condição humana, e assim limitarás o espaço tanto das alegrias como dos receios. 
Vale bem a pena privarmos de duradouras alegrias a troco de não sentirmos duradouros receios! 
Por que motivo procuro eu restringir este mal que é o medo? 
É que não há razão válida para temeres o que quer que seja, nós, isso sim, deixamo-nos abalar e atormentar apenas por vãs aparências. 
Nunca ninguém analisou o que há de verdade no que nos aflige, mas cada um vai incutindo medo nos outros, nunca ninguém se atreveu a aproximar-se do que lhe perturba o espírito e a averiguar a natureza real e fundamentada do seu medo. 
Daqui resulta o crédito que se dá a um perigo inexistente, que mantém a sua aparência porque ninguém o contesta a sério. 
Basta que nos decidamos a abrir bem os olhos para verificarmos como é diminuto, incerto e inofensivo aquilo que receamos. 
A confusão dos nossos espíritos corresponde perfeitamente à descrição de Lucrécio: "tal como as crianças no meio da escuridão tremem com medo de tudo, assim nós tememos em plena luz!". Pois bem, não seremos nós mais insensatos do que as crianças, nós que tememos em plena luz? 
A verdade, porém, Lucrécio, é que nós não tememos em plena luz, criamos, sim, trevas a toda a nossa volta! 
Não somos capazes de distinguir o que é bom e o que é mau, passamos toda a vida a correr, a tropeçar às cegas, e nem por isso somos capazes de parar ou de tomar atenção onde pomos os pés. Estás a imaginar como é coisa de loucos andar a correr no escuro! 
Valham-me os deuses! Não conseguimos mais nada, senão termos de regressar de mais longe, sem saber para onde nos dirigimos, continuamos teimosamente a caminhar para onde o instinto nos leva. 
No entanto, se o quisermos, poderá fazer-se luz em nós. 
De um único modo: adquirirmos o conhecimento das coisas divinas e humanas, um conhecimento interiorizado, e não meramente superficial, meditarmos nessas ideias já adquiridas, comprovarmos a sua validade pela nossa própria experiência, investigarmos o que é bom e o que é mau, e a que coisas se atribui falsamente um ou outro destes adjectivos, averiguarmos em que consiste o bem e o mal éticos, e, finalmente, o que é a providência.


Séneca
"Cartas a Lucílio"


















It's like you said,
The world is growing colder
It's in our eyes, we know
That it's dying
No return, the weight is on
Our shoulders
So who do we turn to?
Where do we go now?

Their empty hearts,
Two faced and brazen
They turned their backs and tried to,
See it through
We know they'd all agree,
Tomorrow's a memory
And it's all because of you

We are calling for deliverance
Because we know it's over soon
We are calling for deliverance
And we know, yes we know that we all
Wait for the call

It's like they knew,
The world was going under
Here we are, left, torn asunder
Now that all is lost,
No one would disagree
That it's all because of you



Nocturnal Rites
"Deliverance"


















Tito Colaço
XXIX _ X _ MMXIV