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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Admoneo...










  Admoneo...  










































    Como funcionava   
  a mente  
  de Krishnamurti  
  (por ele mesmo)   




 O interrogante deseja saber como a minha mente funciona. 
Se posso estender-me um pouco a esse respeito, eu o mostrarei. 
Não há um centro de onde ela opera, não há memória de onde ela reage. 
Há a lembrança do caminho que acabo de tomar, do caminho no qual vivo, há o reconhecimento de pessoas, incidentes; mas não há processo de acumulação, não há processo mecânico de gradual acumulação do qual procede a reacção. 
Se eu desconhecesse o uso do inglês ou de outra língua qualquer, não estaria em condições de falar. A comunicação no nível verbal é necessária, para que possamos entender-nos; mas o que se diz, como é dito, e de onde é dito, isso é que tem importância. 
Ora, quando se faz uma pergunta, se a resposta parte de uma mente que acumulou experiências e lembranças, essa resposta é então mera reacção e não é, portanto, raciocínio; mas quando não existe acumulação, o que significa que não existe reacção, não há frustração, nem esforço, nem luta. 
O “processo” de acumulação, o centro acumulador, assemelha-se a uma árvore de raízes profundas, dentro de um curso d’água, a juntar dejectos em redor de si; e o pensamento, sentado no alto dessa árvore, imagina que está a pensar, a viver. 
A mente assim só está acumulando; e a mente que acumula, sejam conhecimentos, seja dinheiro ou experiência, não está vivendo, evidentemente. 
Só quando a mente se move, quando fluí, há o viver. 
O interrogante deseja saber como se chega à sabedoria e como ela se cultiva. 
Não se pode chegar à sabedoria; pode-se cultivar o saber, o cabedal intelectual, mas a sabedoria não é cultivável, porque não é coisa que se possa acumular. 
No momento em que começamos a acumular, o que temos é mera informação, mero conhecimento, que não é sabedoria.
A entidade que cultiva sabedoria faz ainda parte do pensamento, e o pensamento é uma mera reacção de estímulos. 
O pensamento, por conseguinte, é, tão só, a acumulação de memória, de experiência, de conhecimento, e, nessas condições, o pensamento não pode encontrar a sabedoria. 
Só na cessação do pensar há sabedoria; e a cessação do pensar só ocorre ao terminar o processo de acumulação, o que significa reconhecimento do “eu” e do “meu”. 
Enquanto a mente funciona na esfera do “eu” e do “meu”, que é apenas reacção, não haverá sabedoria. 
Enquanto falo, estou consciente das palavras que pronuncio, mas não estou a reagir à pergunta de um centro. 
Para se descobrir a verdade de uma questão, de um problema, o processo do pensar, que é mecânico, e que conhecemos, tem de parar. 
Significa isso, por conseguinte, que há necessidade de completo silêncio interior, e só então conhecerão aquela acção criadora que não é mecânica, que não é mera reacção. 
O silêncio, pois, é o começo da sabedoria. Veja, senhor, isto é bastante simples. Quando você tem um problema, a sua primeira reacção é pensar a respeito e resistir-lhe, aceita-lo ou livrar-se dele por meio de explicações, não é assim? 
Observe a si mesmo, e verá. 
Tome qualquer problema que surgir, e verá que a reacção imediata é resistir-lhe ou aceita-lo; ou, se não faz nenhuma destas duas coisas, você o justifica ou o afasta com explicações. 
Assim, quando se faz uma pergunta, a sua mente é logo colocada em movimento, como uma máquina; reage prontamente. Mas se quiser resolver o problema, a sua reacção imediata será o silêncio e não o pensar. 
Quando esta pergunta foi feita, a minha reacção foi o silêncio; e, estando em silêncio, vi logo que onde há acumulação não pode haver sabedoria. 
Sabedoria é espontaneidade, e não pode haver espontaneidade ou liberdade, enquanto há acumulação de saber, de memória. 
Assim, o homem de experiência não pode ser sábio, nem um homem simples; mas o homem que está livre do processo de acumulação é sábio, sabe o que é silêncio; e tudo o que procede desse silêncio é verdadeiro. 
Esse silêncio não é coisa cultivável; não há nenhum meio, nenhum caminho que a ele conduza, não há “como”. 
O perguntar “como?” implica cultivo, não passa de uma reacção do desejo de acumular silêncio. 
Mas ao compreender todo o processo de acumulação, que é o processo do pensar, você conhecerá então aquele silêncio de onde brota a acção que não é reacção; e pode-se viver nesse silêncio a todas as horas, pois não é um dom, uma capacidade, nada tem que ver com capacidade. 
Ele só vem à existência quando observamos com atenção cada reacção, cada pensamento, cada sentimento, quando estamos conscientes do facto, sem explicação, sem resistência, sem aceitação ou justificação; e ao perceber o facto com toda a clareza, sem o obstáculo de barreiras e cortinas, então a própria percepção do facto dissolve o facto, e a mente fica tranquila. 
Só quando a mente está tranquila, sem fazer esforço algum para estar tranquila, só então ela é livre. 
Senhor, só a mente livre é sábia, e para ser livre, a mente tem de ser silenciosa. 



   Jiddu Krishnamurti   
  “O que estamos em busca?”    




















I believe... Nothing ever comes to light -
Chasing shadows in the night
In a starless sky and I wonder why

I believe... We will never find a way -
That darkness lights the day
We never question why, still I wonder why?

I close my eyes lost in a memory
Just like a candle in the wind
What could have been, with just one kiss goodbye
You spread your wings to fly
Far away, somehow, someday you will understand
I hope you'll understand... someday

Silent pictures speak like ghosts in the machine
Haunting my reflection in the frame
Chasing down the hopeful child inside of me
Where'd it all go wrong and who's to blame

We pass the time away
With empty lives, the laughter dies

Is this all we have to show?
Is this all they'll ever know? Can they find their way?
What went wrong? Where have all the heroes gone?
Trading futures for a song we gave away

Thinking only of myself, I forged ahead
No regrets, no apologies
Bitter tears reward the life that I have led
A world of lies brings me to my knees

I took the road with every twist and every turn
The words of wisdom is the lesson never learned
Lose your fear and free your soul or
The mysteries of life you'll truly never know
You'll never know

Is this all we have to show?
Is this all they'll ever know? Can they find their way?
What went wrong? Where have all the heroes gone?
Trading futures for a song we gave away
Just gave it away...

I close my eyes, lost in that memory
Like a candle in the wind
What could have been, with just one kiss goodbye
You spread your wings to fly far away
I hope you'll understand one day

We pass the time away
With empty lives the laughter dies
And the colors fade -- fade away

Is this all we have to show?
Is this all they'll ever know? Can they find their way?
What went wrong? Where have all the heroes gone?
Trading futures for a song we gave away

What went wrong?
Where have all our heroes gone?
Trade our future for a song,
We gave it all away...


SYMPHONY X
"WHEN ALL IS LOST"
























 TITO COLAÇO 
 XXIV _ X _ MMXIV 


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