Veritas & Aletheia

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 Veritas  

 & 

Aletheia

 QUESTIONADOR:  Há no momento, um consenso geral de que tudo é relativo; uma questão de opinião pessoal; de que não existe a verdade do fato independentemente da percepção pessoal. Qual seria a resposta inteligente a essa crença?

 KRISHNAMURTI:  Será que somos tão pessoais que aquilo que eu vejo, aquilo que você vê, é a única verdade? 

Que a minha opinião e a sua opinião são os únicos factos que temos? 

E é isso que está implicado nesta questão: que tudo é relativo; a bondade é relativa, o mal é relativo, o amor é relativo. 

Se tudo é relativo, ou seja, não a verdade completa, então as nossas acções, os nossos afectos, os nossos relacionamentos pessoais são relativos, eles podem terminar quando o desejarmos, quando não nos agradem mais.
Haverá algo como a verdade apartada da crença pessoal, independente da opinião pessoal? 

Existe algo que é a verdade? 

Essa pergunta foi formulada nos tempos antigos, pelos gregos, pelos hindus, pelos budistas. 

Uma das estranhas características das religiões do Oriente é o facto de que a dúvida foi encorajada, e nas religiões do Ocidente, a dúvida é repudiada, é chamada de heresia.
É fundamental que cada um descubra por si mesmo, independentemente da sua opinião pessoal, da sua percepção e experiência, sempre relativas, se existe uma percepção, um modo de ver, que é uma verdade absoluta, não relativa. 

Como fará uma pessoa para descobrir isso? 

Como proceder para descobrir se existe ou não a verdade absoluta, que é completa, que não muda jamais por conta das opiniões pessoais?
Como poderá a mente da pessoa, o seu intelecto, o seu pensamento descobrir? 

Estamos a questionar algo que requer uma grande investigação, uma acção na vida diária, uma fuga do que é falso, essa é a única forma de proceder.
Se a pessoa tem uma ilusão, uma fantasia, uma imagem, um conceito romântico da verdade ou do amor, então esta é a barreira que o impede de seguir adiante. 

Pode alguém investigar com honestidade o que é ilusão? 

Qual a sua raiz? 

Não significará isso estar a lidar com algo que não é verdadeiro?
O verdadeiro é o que está a acontecer, seja aquilo que se pode chamar de bom, de mau ou de indiferente; é aquilo que está acontecendo. 

Quando a pessoa é incapaz de encarar o que se está a passar nela mesma, ela cria ilusões para escapar disso. 

Se a pessoa não quer ou tem medo de enfrentar o que está a acontecer, essa mesma fuga cria a ilusão, a fantasia, longe do que existe.
A pessoa pode evitar esse movimento, essa fuga do que é verdadeiro? O que é verdadeiro? 

O verdadeiro é o que está a acontecer, inclusive as respostas, as ideias, as crenças e opiniões que a pessoa tem. Encará-las não é criar ilusão.
As ilusões podem acontecer quando existe um movimento que nos afasta do facto, daquilo que está a ocorrer, daquilo que é verdadeiro. 

Ao compreender “o que é”, quem julga não é mais a opinião pessoal, mas a observação verdadeira. 

É impossível observar o que está a acontecer se a crença ou condicionamento qualifica a observação; isso seria evitar a compreensão “daquilo que é”.
Se a pessoa olhasse para o que está a acontecer, evitaria toda a forma de ilusão. 

Alguém pode fazer isso? 

A pessoa pode observar verdadeiramente a própria dependência, seja ela a dependência de uma pessoa, de uma crença, de um ideal ou de alguma experiência que lhe provocou uma grande dose de excitação? 
A dependência, inevitavelmente, cria a ilusão.
Sendo assim, a mente que não vive mais a criar ilusões, que não formula hipóteses, que não tem alucinações, que não quer aferrar-se a uma experiência do que é chamado de verdade, agora trouxe ordem para si mesma. Ela está em ordem. Não existe mais a confusão produzida por ilusões, delírios, alucinações; a mente perdeu a capacidade de criar ilusões. Então, o que é verdade? 

A astrofísica, os cientistas estão a usar o pensamento para investigar o mundo material em volta deles, eles estão a ir além da física, mas sempre movendo-se para fora. 

Mas, se nos voltarmos para dentro de nós mesmos, perceberemos que o “eu” também é matéria. 

E o pensamento é matéria. 

Se a pessoa puder rumar para dentro de si, indo de um facto a outro facto, passará a descobrir aquilo que está além da matéria. 

Então, se a pessoa prosseguir assim, existirá o que se chama de verdade absoluta.

Jiddu Krishnamurti

“SOBRE A VERDADE”

Ojai, Califórnia, 1980

Forged in blood, carved in stone, 

Right before your eyes, you've always known

See the truth inside yourself, see the world like no one else

Oh, if only you were king, you could change everything.

Can't you see what they're doing to you and me?

We rule, we fly

Above the lights of the neon sky

We fight, we cry

The Lords of Chaos will never die

All you see must be destroyed

Your destiny you can't avoid

Show them all your demon sign

Tell them all to get in line

There's no time to waste

It's poison but they can't taste it.

Can't you see what they're doing to you and me?

We rule, we fly

Above the lights of the neon sky

We fight and we cry

The Lords of Chaos will never die

Will never die.

The quick and the dead

Moving fast they're in your head

Infection spreads in the blood of the damned

The truth and the lies

It's all the same, it's just a game

You see, day and night you hold them in your hands, oh... 

Oh, can't you see what they're doing to you and me?

We rule, we fly

Above the lights of the neon sky

We fight and we cry

The Lords of Chaos will never die

We rule, we fly

Above the lights of the neon sky, oh... 

We fight, we cry

The Lords of Chaos will never ever die

Symphony X 

"The lords of chaos"

TITO COLAÇO

XXIII _ X _ MMXIV