TELE PATHEIA
Telepatia: ciência, magia ou espectáculo de efeitos especiais?
Os investigadores da Universidade de Harvard apresentaram como uma
experiência revolucionária que conseguira que dois indivíduos comunicassem
telepaticamente.
Mas afinal o que foi feito está muito longe de ser inovador ou
cientificamente relevante, explica Vasco Galhardo, da Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto.
De olhos e ouvidos tapados, um indivíduo na Índia pensou na sequência
binária (linguagem constituída por sequências de zeros e uns) correspondente às
palavras hola e ciao. A sua actividade cerebral foi registada através de
electroencefalograma e o registo enviado pela internet para a França, onde
outro indivíduo, também de olhos e ouvidos tapados, recebeu essa mensagem
cerebralmente, através de estimulação magnética transcraniana.
"É como que a concretização tecnológica do sonho da telepatia, mas,
decididamente, não é magia", afirma Giulio Ruffini, co-autor da
investigação, citado pela agência AFP.
Conduzida por investigadores da universidade norte-americana de Harvard e
divulgada na publicação científica "Plos One", foi apresentada como
uma experiência revolucionária, um passo decisivo que abriria caminho para
grandes avanços tecnológicos, nomeadamente para a criação de sistemas que
permitissem a tetraplégicos moverem membros robóticos através da mente.
Mas, afinal, segundo explica ao Expresso, Vasco Galhardo, docente do
departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto, para além de não ser magia é também completamente ilusória a ideia
de que a experiência seja cientificamente inovadora ou relevante, pois tudo o que
foi ali feito está mais do que testado e comprovado.
"É tão telepatia como comunicação por tambores"
"É tão telepatia como a comunicação por tambores ou por código
morse", afirma o investigador português, acrescentando:
"Conceptualmente, isto é uma transmissão simbólica normalíssima... Por
acaso é feita com técnicas não invasivas de leitura cerebral e estimulação
cerebral, mas para todos os efeitos é igual a qualquer outra transmissão
simbólica de associação direta (números, cores, sons...)".
Galhardo indica que a leitura cerebral através de eletroencefalografia já é
feita desde 1924 e a estimulação magnética transcraniana, utilizada na segunda
parte da experiência, com a comunicação dos zeros e uns da linguagem binária
através da alternância entre estimulação do córtex visual (que causa no cérebro
um efeito equivalente aos olhos terem visto um flash luminoso) e a estimulação
fora do córtex visual (que não causa a sensação de flash), é algo também já há
experimentado.
O investigador da Universidade do Porto, considera tratar-se do tipo de
estudo que procura, através do aparato envolvido (o que no caso passou por
colocar os dois indivíduos em países muitos distantes e utilizar técnicas de
leitura cerebral), chamar as atenções e causar impacto, apesar de contar com
resultados perfeitamente banais.
O desenvolvimento tecnológico já vai actualmente ao ponto de se conseguir
ler dados muito mais complexos da actividade cerebral, como emoções ou comandos
para reacções motoras, refere Galhardo.
Fonte: Expresso
Time has changed our lives
I'm searching for the answers
Picking up the pieces of my live
Somewhere along the way.
Can't you look me screaming?
I look for your face in this light
And you're reaching for something you never had
... I'm miles...
And we live the hard way
Day by day
Tears are far away
All the night is blinding me side by side
... I'm miles away...
Try to see my story from a different side
Now I can remember
Why I need to run.
Can't you look me screaming?
I look for your face in this light
And you're reaching for something you never had
... I'm miles...
And we live the hard way
Live my day
Tears are far away
And the night is blinding me side by side
... I'm miles away...
... I'm miles away...
... I'm miles away...
Time has changed our lives
I'm searching for the answers
Picking up the pieces of my live
Somewhere along the way.
... I'm miles away...
... I'm miles away...
... I'm miles away...
... I'm miles away...
... I'm miles away...
... I'm miles away...
Labyrinth
"Miles Away"
The future of communication without words... |
TITO COLAÇO
XIII ___ IX ___ MMXIV
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