Time Forgotten...
Só existe
consciência
Existe apenas um estado, não dois
estados tais como consciente e inconsciente, existe apenas um estado de ser,
que é consciência, embora possa dividi-la em consciente e inconsciente.
Mas essa consciência é sempre do passado, nunca do presente, está
consciente apenas de coisas passadas. Está consciente do que estou a tentar transmitir no segundo depois, não é? Compreende no momento
seguinte. Nunca está consciente ou ciente do agora.
Olhem os vossos próprios
corações e mentes e vão ver que essa consciência está a funcionar entre o
passado e o futuro e que o presente é meramente uma passagem do passado para o
futuro.
Se olhar a sua própria mente trabalhando, verá que o movimento para o passado e para o futuro é um processo em que o presente não existe. Ou o passado é um meio de escapar do presente, que pode ser desagradável, ou o futuro é uma esperança distante do presente.
Se olhar a sua própria mente trabalhando, verá que o movimento para o passado e para o futuro é um processo em que o presente não existe. Ou o passado é um meio de escapar do presente, que pode ser desagradável, ou o futuro é uma esperança distante do presente.
Então a mente está ocupada com o
passado ou com o futuro e descarta o presente.
Ela ou condena e rejeita o facto
ou aceita e se identifica com o facto.
Tal mente não é obviamente capaz de ver
qualquer facto como um facto.
Esse é o nosso estado de consciência, que está
condicionado pelo passado e o nosso pensamento, é a resposta condicionada ao
desafio de um facto; quanto mais responde de acordo com o condicionamento
de uma crença, do passado, mais o passado fica fortalecido.
Esse fortalecimento
do passado é, obviamente, a continuidade dele mesmo, que chama de futuro.
Então esse é o estado da nossa mente, da nossa consciência, um pêndulo indo e
vindo entre o passado e o futuro.
J. Krishnamurti
"The Book of Life"
Do
conhecido para o desconhecido
Como é
esta transição da negação do conhecido para o surgimento do desconhecido?
Como
a pessoa nega?
A pessoa nega o conhecido, não em grandes incidentes dramáticos,
mas em pequenos incidentes?
Eu nego quando estou me barbeando e lembro do bom
tempo passado na Suíça?
A pessoa nega a lembrança de um tempo agradável?
Ela
cresce consciente disto, e nega isto? Isso não é dramático, não é espectacular,
ninguém sabe disto. Entretanto esta constante negação de coisas pequenas, as
pequenas limpezas, pequenas varridas, não só uma grande limpeza , é essencial.
É
essencial negar o pensamento como lembrança, agradável ou desagradável, a cada
minuto do dia em que ele surge.
A pessoa não faz isto por algum motivo, não pelo fim
de entrar no extraordinário estado do desconhecido. Vive em Rishi Valley e
pensa em Bombaim ou Roma. Isto cria um conflito, torna a mente estúpida, uma
coisa dividida. Consegue ver isto e apagar?
Consegue continuar apagando não porque quer entrar no desconhecido? Nunca pode saber o que é o
desconhecido, porque no momento em que o reconhece como o desconhecido, está de volta ao conhecido.
J. Krishnamurti
On Education Talk to Teachers Chapter 4
TITO COLAÇO
III ___ IX ___ MMXIV
Time Forgotten...
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