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sábado, 21 de maio de 2016

The whole existence...





The purpose of life...




Life is existence, is a movement, and this movement is action. 


Life, the totality of life, not parts of it, the whole state of existence, is action. 


But when we merely exist, as most of us do, then the problem of action becomes complex. 


Existence has no division. 
It is not a fragmentary state of mind or being; in that state a totality of action is possible. 


But when we divide existence into different segments, fragments, then action becomes contradictory.



Jiddu Krishnamurti







The whole 
existence...













"A vida é para nós o que concebemos nela.


Para o rústico cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. 

O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.


Isto não vem a propósito de nada.


Tenho sonhado muito. Estou cansado de ter sonhado, porém não cansado de sonhar. 

De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos. 

Em sonhos consegui tudo. Também tenho despertado, mas que importa? 
Quantos Césares fui! 
E os gloriosos, que mesquinhos! 

César, salvo da morte pela generosidade de um pirata, manda crucificar esse pirata logo que, procurando-o bem, o consegue prender. 

Napoleão, fazendo seu testamento em Santa Helena, deixa um legado a um facínora que tentara assinar a Wellington. 
Ó grandezas iguais às da alma da vizinha vesga! 

Ó grandes homens da cozinheira de outro mundo! Quantos Césares fui, e sonho todavia ser.

Quantos Césares fui, mas não dos reais. 


Fui verdadeiramente imperial enquanto sonhei, e por isso nunca fui nada.


Os meus exércitos foram derrotados, mas a derrota foi fofa, e ninguém morreu. 

Não perdi bandeiras. Não sonhei até ao ponto do exército, onde elas aparecessem ao meu olhar em cujo sonho há esquina. Quantos Césares fui, aqui mesmo, na Rua dos Douradores. 

E os Césares que fui vivem ainda na minha imaginação; mas os Césares que foram estão mortos, e a Rua dos Douradores, isto é, a Realidade, não os pode conhecer.

Atiro com a caixa de fósforos, que está vazia, para o abismo que a rua é para além do parapeito da minha janela alta sem sacada. Ergo-me na cadeira e escuto. 

Nitidamente, como se significasse qualquer coisa, a caixa de fósforos vazia soa na rua que se me declara deserta. 
Não há mais som nenhum, salvo os da cidade inteira. 


Sim, os da cidade dum domingo inteiro, tantos, sem se entenderem, e todos certos.


Quão pouco, no mundo real, forma o suporte das melhores meditações. 

O ter chegado tarde para almoçar, o terem-se acabado os fósforos, o ter eu atirado, individualmente, a caixa para a rua, mal-disposto por ter comido fora de horas, ser domingo a promessa aérea de um poente mau, o não ser ninguém no mundo, e toda a metafísica.


Mas quantos Césares fui!"



Fernando Pessoa

"O livro do desassossego"






Ninguém avança pela vida em linha recta. 
Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. 


Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. 


As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. 

No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. 

Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. 
Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutavelmente para trás, atolados no caminho. 


Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. 



É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar.




Henry Miller
"O mundo do sexo"




The purpose of life...








There are many people who will give you the purpose of life; they will tell you what the sacred books say. 

Clever people will go on inventing what the purpose of life is. 

The political group will have one purpose, the religious group will have another purpose, and so on and on. 


So, what is the purpose of life when you yourself are confused? 


When I am confused, I ask you this question: `What is the purpose of life?´. Because I hope that through this confusion, I shall find an answer. 


How can I find a true answer when I am confused? 

Do you understand? 

If I am confused, I can only receive an answer that is also confused. 


If my mind is confused, if my mind is disturbed, if my mind is not beautiful, quiet, whatever answer I receive will be through this screen of confusion, anxiety, and fear; therefore, the answer will be perverted. 


So, what is important is not to ask, `What is the purpose of life, of existence?´, but to clear the confusion that is within you. 



It is like a blind man who asks:
`What is light?´.

 If I tell him what light is, he will listen according to his blindness, according to his darkness; but suppose he is able to see, then he will never ask the question:
`What is light?´. It is there.



Similarly, if you can clarify the confusion within yourself, then you will find what the purpose of life is; you will not have to ask, you will not have to look for it; all that you have to do is to be free from those causes which bring about confusion.





Jiddu Krishnamurti

"The book of life"














t.
































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