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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Into rudimentary conception...







Into rudimentary conception...































Into rudimentary conception...





















































Into rudimentary conception...











Into rudimentary conception...















Vi que para transformar as ideias de tempo e espaço nas de momento e lugar e estas nas de duração e movimento, era preciso apenas uma coisa: pensá-las.
Com efeito, pensando a ideia de espaço logo me ocorrerá a ideia de lugar, como logicamente contida na ideia de espaço, e logo que penso a de lugar me acorrerá a de movimento, logicamente contida na de lugar.
Compreendi então que a criação do mundo é um acto de lógica. Dado que o Pensamento supremo pensasse o tempo, logicamente pensaria logo o momento e logicamente, em seguida, a duração.
-  “Se o professor me dá licença, observarei que há aí antropomorfismo. O Professor faz o criador um pensamento à imagem e semelhança do seu pensamento.
-  “O contrário, o contrário. Eu não sou um pensamento senão porque Deus é um pensamento. Eu sou pensamento à imagem e semelhança de Deus...
Se é Deus que pensa em mim não sei; mas o que sei é que (..) Pois se não fosse assim como teria eu por real a realidade; não se dá isso exactamente porque a força criadora do mundo é a mesma do que a força que em mim é preceptora do mundo criado? 
A diferença está em que o Criador pensa o todo como todo, naturalmente, e eu o todo como parte; sou um modo de pensar parcial, diferente de qualquer outro.
O Criador só é diferente na ideia de o ser de cada um. É o pensamento absoluto.
- “Há ainda uma objecção que me lembrou ainda agora, por certas palavras que o Professor disse mas de que, por não o querer interromper, me esqueci. 
 - “É fácil explicar isso... não há contradição. Deus em si não é naturalmente um pensamento - é um mistério...
Para nós apresenta-se como um pensamento e pensamento é aquela coisa que tem essas leis que o senhor apresenta. O pensamento tem as leis que Deus lhe deu - é pensamento justamente por isso...
Nós - já lhe expliquei - é que somos criados à imagem e semelhança exterior de Deus - pensamos porque ele pensa, pensa em nós, naturalmente...
Faça desta vez o que lhe ensinei a fazer da outra: volte o antropomorfismo ao contrário...
“Assim como me foi concedido rasgar o mistério do tempo e do espaço, ser-me-á dado o poder de poder usar esta sabedoria, do poder ser super-homem não só no raciocínio mas também na idealização autêntica, na percepção do inaparente.
- O mistério primeiro e essencial não o posso, mas também não o preciso saber para isto, para o que tenciono querer...
E quem me diz que esta ciência certa das coisas, me não vem de uma obscura já percepção delas, do espírito estar já a caminho da percepção do passado, vindo-me duma experiência ainda inconsciente a minha consciente teoria?
Não será por já começar a viajar (...) no tempo que já começo a saber o que é?
Há-de ser isto, há-de ser isto. Tudo – raciocínio - tudo deve vir dessa experiência (...). 
Mas nisto, por desnecessário, não insisto...
É pelo pensamento abstracto - não (...), como querem os místicos - que nos aproximamos do Criador, porque nos aproximamos do tipo absoluto de inteligência... E o que procura o pensamento abstracto senão exactamente o que o Criador mais de si tem: as energias do ser e do mundo. Não é esta a força suprema?
É pela ideia - não pelo sentimento (que naturalmente é uma forma qualquer de ideia - deixo-lhe isso a raciocinar) - que nós estamos mais perto de Deus.
A ideia, o pensamento é o que em nós há de mais absoluto, de mais tendente a absoluto...
Conceber fortemente uma coisa é criá-la...
Deus, fazendo-se objecto de si mesmo, pensa-se, e pensando-se nasceram as ideias de tempo e espaço. Daí, logicamente as de número...
Pensa-se como Sujeito e Objecto: daí tempo e espaço; como não-eu: daí o número, sendo Deus o fora do número; e como pensante: daí o movimento e a duração (..).
O nosso pensamento segue as leis que são as da criação: recorda-se realmente. 
(...)
Deus, consciência (única, suprema) tem (não no tempo) consciência de si; tem consciência de si como Sujeito e Objecto e ao mesmo tempo sujeito.

(...)

O pensamento, no mortal, é uma rudimentar concepção do mundo.
Deus pensa-nos e por nós e em nós.
Não pensa senão por nós, em nós e nós - nós sendo o universo inteiro.
O argumento racional prova a indivisibilidade real da matéria; o argumento tirado da experiência igualmente o prova.
- Assim todo o raciocínio está de acordo com a realidade.





Pero Botelho
“O vencedor do tempo - Serzedas”

                   

















































































































































All the world's a stage,
And all the men and women merely players;
They have their exits and their entrances,
And one man in his time plays many parts,
His acts being seven ages. At first, the infant,
Mewling and puking in the nurse's arms.
Then the whining schoolboy, with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress' eyebrow. Then a soldier,
Full of strange oaths and bearded like the pard,
Jealous in honor, sudden and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon's mouth. And then the justice,
In fair round belly with good capon lined,
With eyes severe and beard of formal cut,
Full of wise saws and modern instances;
And so he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slippered pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side;
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank, and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans everything.





William Shakespeare
“All the world's a stage”













































































Tito Colaço

XXIX _ I _ MMXV