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sábado, 3 de janeiro de 2015

Ethical dilemmas...












Ethical dilemmas...




















































Philosophers and psychologists have long argued about whether there is one "right" answer to such moral questions, be it utilitarian ethics, which advocates saving as many as possible, even if it requires personally harming an individual, or non-utilitarian principles, which mandate strict adherence to rules like "don't kill" that are rooted in the value of human life and dignity.

















Filme "Crime e castigo" (Duas partes):

















O livro “Crime e Castigo”, publicado em 1866, conta a trajectória de Raskólnikov, um jovem estudante, pobre, desesperado e homicida perseguido pela memória do seu crime.
O protagonista deambula pelas ruas de São Petersburgo, até que resolve roubar e matar uma miserável e inútil agiota, para se salvar a si próprio e à família, e com isso, justificar a teoria de que grandes homens (entre os quais se inclui), como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela história.
Mas, assim que comete o crime, vê-se obrigado a assassinar outra pessoa, inocente, e acaba por não roubar nada. 
Assim comete dois crimes, e passa a se sentir atormentado por dúvidas e o seu duelo de conversas com o comissário da polícia destrói-lhe os nervos. 
Por fim, confessa o crime a uma prostituta que lhe mostra o caminho do arrependimento e da fé.


















Fiódor Dostoiévski



Obra - Crime e castigo” 
1866




A história “Crime e castigo” começa num dia de julho, em São Petersburgo.
Um jovem pobre, ex-estudante, chamado Rodion Romanych Raskolnikov (também conhecido como Rodya), sai do seu apartamento bastante preocupado com alguma coisa. Vai até ao apartamento de Alyona Ivanovna, uma agiota, onde tenta tomar uma decisão sobre o problema que o incomoda tanto.
Tinha penhorado alguma coisa com esta mulher no mês anterior, e agora empenha um velho relógio por muito menos do que ele esperava. Observa cuidadosamente o ambiente e os movimentos da mulher, e despede-se depois de mencionar algo sobre voltar mais tarde para um novo negócio.
Atormentado, vagueia pelas ruas e entra numa taberna, a pensar que se sentirá melhor após comer e beber alguma coisa.
Encontra Semion Zakharovich Marmeladov, um militar reformado que está bastante bêbado. Marmeladov conta a história da sua vida para Raskolnikov, incluindo a sua exigente esposa Katerina Ivanovna, os seus três filhos pequenos e a sua filha mais velha, Sonya, que teve de se prostituir para conseguir dinheiro para a família.
Marmeladov conseguiu uma posição recentemente, mas perdeu-a quase de imediato devido ao seu alcoolismo. Saiu de casa há cinco dias, roubou o dinheiro do seu salário e gastou-o todo em bebida.
Marmeladov pede a Raskolnikov para levá-lo para casa. Rodion ajuda-o e presencia Katerina Ivanovna a atacar o seu marido e arrastá-lo pelos cabelos, esta expulsa-o, supondo que ele seja um companheiro de bebedeiras do seu marido.
Ao sair discretamente, deixa um punhado de moedas no peitoril da janela. Após a saída, lamenta o seu acto, mas não pode voltar atrás para buscar o dinheiro.
No dia seguinte, desperta ainda sentindo-se cansado.
Natasya, a criada da senhoria, entra com um pouco de chá, bem como os restos do jantar da véspera. Como estava com o aluguer atrasado, a senhoria tinha parado de enviar o jantar.
Natasya também diz que recebeu uma carta. Agitado, faz com que esta a traga e ordena que saia do quarto para que possa lê-la.
A carta é da sua mãe, Pulcheria Alexandrovna, e fala basicamente a respeito da sua irmã Avdotya Romanovna, também chamada de Dunya, que estava a trabalhar como governanta na casa da família Svidrigailov, mas ao notar que o marido se sentia atraído por ela, a esposa Marfa Petrovna, demitio-a, por achar que provocava o interesse do patrão. Além disso, espalhou boatos maldosos sobre Dunya pela cidade, arruinando a sua reputação. No entanto, Svidrigailov deu provas da pureza e inocência de Dunya, convencida do seu erro, Marfa Petrovna arrependeu-se e tentou restaurar a reputação de Dunya de forma quase cómica. Entretanto, apresentou Dunya a um parente seu, Pyotr Petrovich Luzhin, o qual se interessou por ela. A carta concluía a dizer que Luzhin, Dunya e Pulcheria chegariam em breve a São Petersburgo e gostariam muito de encontrar Rodion.
Rodya sai para caminhar e pensar.
Embora a sua mãe tenha colocado um tom positivo em todos os acontecimentos, Rodya concluiu que Luzhin não ama Dunya e não é digno dela, e por sua vez, Dunya está consciente disso, mas resolveu a casar com ele para melhorar as condições de vida da família.
Desgostoso e irritado, Rodya recusa-se a aceitar esse auto-sacrifício, mas depois de resolver interromper este relacionamento, indaga-se quanto ao direito de se intrometer.
Raskolnikov percebe que está automaticamente a se encaminhar para a casa de Dmitri Prokofych Razumikhin, o seu único amigo da universidade. Decide que irá vê-lo no dia seguinte "aquilo", isto é, o acto que o preocupa.
Caminha sem destino e acaba a adormecer no lado da rua. Sonha que está a assistir a um bando de camponeses a espancar um velho cavalo, até que o pobre cai e morre.
Acorda assustado e sente-se profundamente feliz por ter sido apenas um sonho.
Pensa novamente "naquilo", e repentinamente conclui que nunca poderá fazer isso. Sentindo-se renovado e bem melhor, vai para casa. No entanto, faz um desvio pelo mercado, onde ouve um trecho de conversa entre dois negociantes e Lizaveta Ivanovna, a meia-irmã da agiota. Descobre que Lizaveta estará fora de casa na noite seguinte, para tratar de negócios. Raskolnikov fica subitamente excitado ao saber com certeza que Alyona Ivanovna estará sozinha em casa num determinado dia e hora, e isso representa uma oportunidade única. Pois finalmente revela que o acto que tanto o obceca, é o assassinato da agiota, seguido do roubo dos seus bens, para o seu benefício e talvez o de outras pessoas.
Rodya planeia ter domínio absoluto da sua vontade e das suas emoções, que permita cometer o crime perfeito.
Chega a casa e cai num sono estranho e agitado.
Desperta à noite, e teme ter perdido a sua chance. Rodion imediatamente se apressa, faz os seus preparativos e segue para a casa de Alyona Ivanovna.
Apesar do adiantado da hora, consegue entrar, sob o pretexto de ter um novo negócio urgente, e entrega uma bolsa amarrada com cordões, cujos nós foram feitos de forma complicada propositadamente, enquanto esta tenta desfazê-los, saca de um machado e golpeia Alyona na cabeça, repetidas vezes, até se certificar que está morta.
Muito nervoso, revira a mobília até finalmente conseguir destrancar uma arca cheia de objectos. Enquanto enche os seus bolsos, ouve passos. Fica imóvel e percebe, em pânico, que alguém entra em casa. Agarra o seu machado, e corre para a sala, onde encontra Lizaveta, a qual estava horrorizada a olhar o corpo da sua meia-irmã. Rodya salta para ela e também a mata com o machado.
Ouve ruídos de pessoas do lado de fora, tranca a porta e esconde-se atrás, a escutar o falatório. As pessoas parecem desconfiar que há alguma coisa de errado, e afastam-se para ir buscar ajuda. Silenciosamente, esgueira-se para fora do apartamento e consegue voltar para casa sem ser notado, embora a cambalear por quase todo o caminho.
Depois de um sono bastante agitado, com momentos de actividade frenética, é acordado pela entrada de Nastasya, acompanhada pelo zelador, que lhe entrega uma intimação para comparecer na polícia.
Em pânico, imagina por que teria sido intimado, apesar do seu evidente mal-estar, levanta-se e vai até lá.
Os seus nervos estão em franja, mas ao chegar na polícia, descobre que foi convocado para pagar uma nota promissória que fez para a sua senhoria. Já aliviado, o escrivão dá-lhe a assinar uma declaração de promessa de pagamento, enquanto isso, o chefe da polícia, Nikodim Fomich, e o seu assistente, Ilya Petrovich, estão a conversar sobre os assassinatos. A tensão é grande demais, e acaba por desmaiar.
Ao voltar a si, percebe que todos estão a olhá-lo de forma estranha. Petrovich começa a perguntar-lhe onde estava na noite passada, mas Fomich repreende o seu ajudante e é dispensado.
Rodya volta para casa. Certifica-se que o seu apartamento não foi revistado, e retira todos os bens roubados de onde os escondeu. Sai e oculta-os sob uma pedra num pátio deserto. A seguir, vai até à casa de Razumikhin, que fica surpreendido ao vê-lo. Entretanto, parte pouco depois, e deixa o amigo frustrado e indignado.
Rodya volta para casa e vai para a cama. Na manhã seguinte, cai inconsciente, sucumbe por fim à doença que se manifesta à algum tempo.
Quando finalmente volta a si, Razumikhin está lá, cuidou dele durante a sua doença, e recebe 35 rublos da sua mãe, que esta conseguiu de um adiantamento do valor a receber da sua pensão. Razumikhin, nesta altura fez amizade com praticamente todas as pessoas envolvidas na vida de Rodya, resgata a sua promissória e parte do dinheiro para lhe comprar algumas roupas em segunda mão.
O Dr. Zossimov examina Rodya e começa a conversar sobre os assassinatos com Razumikhin durante a sua visita. Razumikhin conheceu Zamyotov, o escrivão da polícia, e discutem a inocência do principal suspeito, Nikolai Dementiev, que pintava a casa na altura do crime. Raskolnikov sente-se torturado por tudo isso.
No meio da conversa, chega Luzhin, o noivo de Dunya. Veio para convencê-lo das suas boas intenções, mas ambos travam uma tremenda discussão, que termina com Rodion a expulsá-lo dos seus aposentos.
Raskolnikov ordena que todos saiam, fica sozinho, levanta-se e sai.
Após vaguear sem destino, entra numa taberna, onde encontra Zamyotov. Rodya entra numa espécie de jogo com o escrivão, irrita-o e faz com que comece a acreditar que era o assassino. No final, nega tudo, e acusa o outro de forjar a sua culpa e sai indignado, a sua defesa foi tão convincente que Zamyotov se convence da inocência dele.
Na saída, Rodya encontra Razumikhin, que está bastante irritado pelo seu comportamento irresponsável, ao desaparecer sem aviso, enquanto ainda está a convalescer. Discutem, mas no final Razumikhin convida-o para uma festa que este dará nessa noite. Rodya recusa bruscamente e vai embora. Frustrado, Razumikhin vai conversar com Zamyotov.
Rodion vagueia, pensa em se atirar ao rio mas acaba por decidir em ir à polícia para se entregar. Entretanto, no meio do caminho, passa perto da casa de Alyona Ivanovna, e num impulso inexplicável, resolve ir até lá.
Alguns trabalhadores estão a realizar reparações na casa. Rodya assusta-os ao fazer repetidas perguntas sobre o sangue e a tocar a campaínha sem parar, apenas para ouvir o seu som. Estes reúnem-se e discutem se devem levar este maluco até à polícia. Apesar de Rodya concordar com a decisão deles, mudam de ideia e só o colocam para fora da casa.
Fica no meio da rua, a hesitar sobre onde ir. Percebe um tumulto mais adiante, resolve ir ver o que se está a passar. Descobre que é Marmeladov, bêbado e atropelado por uma carruagem, toma a iniciativa e leva-o até à casa dele, onde mandam chamar um médico e um padre. Sonya também é chamada e Marmeladov, depois de lhe pedir perdão, morre nos braços dela. Entrega todo o seu dinheiro para Katerina Ivanovna, para as despesas do funeral, incluindo o que restava do dinheiro enviado pela sua mãe, e sai.
Sente-se renovado. No caminho para casa, pára no apartamento de Razumikhin, que tinha bebido bastante, e decide levá-lo até à sua casa. Abrem a porta e encontram a sua mãe e irmã à espera. Assustado, desmaia. Ao se recuperar, exige que Dunya rompa o noivado com Luzhin, e comporta-se de forma grosseira e agressiva. Razumikhin fica indignado e toma o partido das senhoras, e acompanha-as até a casa, e fica imediatamente encantado com a bela Dunya, a que promete retornar duas vezes para relatar o estado de saúde do irmão. Por despeito das dúvidas nas senhoras sobre as suas habilidades, cumpre integralmente as suas promessas.
No dia seguinte, sente-se embaraçado ao lembrar o seu comportamento embriagado, no entanto, quando vai ver as senhoras, estas são gentis e mostram-se gratas, fazem-lhe todo o tipo de pergunta sobre Rodion. Também mostram uma carta de Luzhin que receberam naquela manhã, a pedir um encontro às oito horas da noite, e a exigir que Rodya não estivesse presente, estes vão vê-lo, e encontram-no com Dr. Zossimov. Rodya está estranho e um tanto distante, o encontro é tenso, diz a Dunya que tem de escolher entre ele e Luzhin, e esta pede que ele e Razumikhin estejam presentes no encontro das oito horas.
Sonya, que tinha sido citada de forma depreciativa na carta de Luzhin, entra no aposento, ficam um tanto embaraçados, mas é apresentada à mãe e à irmã, e fica acomodada perto delas. A sua família sai pouco depois, mas pede para Sonya esperar um pouco, conversa com Razumikhin em particular, para lhe perguntar se poderia ver Porfiry Petrovich (que era o investigador encarregado dos assassinatos e conhecido de Razumikhin) e saem todos juntos. Rodya promete procurar Sonya mais tarde e pede o seu endereço. Partem para a rua. Um estranho que ouviu Sonya a chamar Rodya pelo nome segue-a até a sua casa, e fica surpreendido ao descobrir que vive muito perto dela.
Rodya entra no apartamento de Porfiry Petrovich com excelente humor, mas fica surpreendido ao ver que Zamyotov também está lá. A conversa não se desenrola muito bem, Rodya rapidamente perde o seu auto-controle frente ao inescrutável Porfiry, e este que é muito interessado em Psicologia, menciona um artigo escrito por Rodya chamado "Do Crime", no qual explora a psicologia criminal, e apresenta a sua própria teoria, que divide a Humanidade em massas e líderes, os quais são homens extraordinários que têm grandes ideias e algo novo a dizer, onde argumenta que esses homens, perante as suas consciências, têm todo o direito de cometer crimes, enquanto perseguem as suas ideias, se assim acharem necessário.
Porfiry convida Rodya para vir ao seu escritório no dia seguinte. Rodya e Razumikhin saem para se encontrarem com Dunya e mãe. Quando estão quase a chegar, Rodya subitamente diz a Razumikhin que tem algo a fazer, mas voltará mais tarde. Volta apressado para casa, e verifica se deixou alguma evidência no seu quarto e sai.
Lá fora, o zelador aponta um negociante que tinha estado a perguntar por Rodya. O negociante, que ainda estava lá, olha-o e afasta-se sem dizer uma palavra. Rodya alcança-o e pergunta o que quer, o homem chama-o de assassino e desaparece sem dar explicações.
Abatido, Rodion retorna para o seu quarto e deita-se. Os seus pensamentos giram em redor do homem desconhecido que parece saber tudo.
Reflecte sobre a sua falha ao cometer o crime. Mostrou ser um "perdedor" e não um "homem extraordinário". Adormece e tem pesadelos. Ao acordar, encontra um homem no seu quarto, o qual se apresenta como Arkady Ivanovich Svidrigailov.
Depois de uma conversa um tanto estranha, Rodya exige saber o que o homem deseja. Este responde que vem oferecer dez mil rublos a Dunya para que rompa o seu noivado com Luzhin. Embora inicialmente indignado, acaba por fim consentir em transmitir o seu recado à irmã. Ao sair, Svidrigailov conta a Rodya que a sua falecida mulher Marfa Petrovna, que morreu recentemente, deixou três mil rublos para Dunya no seu testamento.
Razumikhin chega para apanhar Rodya e seguem para o seu encontro. No caminho, Rodya confia a sua família aos cuidados de Razumikhin. No encontro, Dunya anuncia que deseja que Luzhin e Rodya se reconciliem. Entretanto, Luzhin recusa, pouco depois, irrompe outra briga e Dunya, enfurecida e insultada, rompe o noivado e expulsa o noivo. Luzhin parte, furioso com Rodya, mas mantem esperanças de se conseguir reconciliar com elas.
Todos ficam alegres, especialmente pelo legado de Marfa Petrovna para Dunya, e começam a fazer planos para o futuro. Rodya, entretanto, parece incomodado e sai abruptamente, e pede para o deixarem sozinho. Razumikhin vai atrás dele, e Rodya novamente confia a sua família ao amigo e trocam um longo olhar no corredor, através do qual parece transmitir seu horrível segredo.
Rodya vai imediatamente até Sonya, que a atormenta e lhe beija os seus pés. Imagina como esta tinha conseguido manter a sua alma intocada, e descobre que tinha sido preservada pela sua inabalável fé em Deus. Suspeita que é uma "santa tola", e pede que lhe leia a história de Lázaro da Bíblia. Depois que esta termina a leitura, vai-se embora, mas antes promete contar-lhe quem matou Lizaveta, se ela voltar no dia seguinte. Sem que soubessem, Svidrigailov estava a ouvir a conversa atrás da porta com grande interesse.
Na manhã seguinte, Rodya vai ao escritório de Porfiry Petrovich. Novamente, a conversa desenrola-se mal, pois Rodya é incapaz de decifrar Porfiry, pois é um jogo psicológico de gato e rato, em que Porfiry faz referências veladas ao próprio comportamento de Rodya para afirmar que a natureza humana está do lado do investigador, pois mais cedo ou mais tarde, fará com que o criminoso se revele.
Frustrado pelas repetidas tentativas de Porfiry para o apanhar em mentiras, Rodya explode com medo e indignação. Quando está a sair, Nikolai Dementiev, o pintor que tinha estado sob suspeita nos assassinatos, irrompe na sala, cai de joelhos e faz uma confissão, deixando Porfiry de tal forma perplexo que Raskolnikov mal esconde a sua satisfação.
Rodya regressa a casa para um pequeno descanso, e logo segue para o almoço em memória de Marmeladov. Na porta de casa, encontra o negociante que o tinha chamado de assassino. O homem pede perdão pela sua suspeita, e isso deixa-o aliviado, pois agora Porfiry não tinha nenhum motivo para manter as suas suspeitas.
Enquanto isso, Luzhin prepara um plano para desacreditar Raskolnikov perante a sua família, e causa a prisão de Sonya, para com isso, voltar às boas graças de Dunya. Antes do almoço em memória de Marmeladov, Luzhin chama Sonya e dá-lhe cem rublos, retirados de uma grande pilha de dinheiro que estava a contar, diante do seu companheiro de quarto, Andrei Semyonovich Lebezyatnikov.
Sonya então vai ao almoço, além de Rodya, estão presentes Katerina Ivanovna e um grande grupo de convidados, a maioria dos quais é bastante desagradável. O almoço corre muito mal, e está a ponto de estoirar uma briga quando Luzhin entra. Diante de todos, Luzhin acusa Sonya de lhe roubar mil rublos, esta nega, mas uma busca revela o dinheiro no seu bolso. Contudo, antes de se chamar a polícia, Lebezyatnikov, que está a observar a cena, declara que Luzhin pôs o dinheiro em Sonya sem que se apercebesse. Rodya explica os possíveis motivos de Luzhin, que escapa antes de sofrer as consequências da fúria dos convidados. O almoço transforma-se num pandemónio: Sonya corre histericamente para casa, a senhoria expulsa os Marmeladovs e Katerina Ivanovna sai em busca de justiça.
Rodya vai para a casa de Sonya e confessa o seu crime. Ela não acredita no que lhe está a dizer e fica horrorizada, mas por fim ouve as suas explicações e percebe o seu sofrimento. Sonya diz que precisa de confessar o seu crime publicamente. Este resiste a essa ideia, embora saiba que eventualmente será preso.
Lebezyatnikov chega e conta que Katerina Ivanovna enlouqueceu e está a fazer com que os seus filhos cantem na rua para pedir dinheiro. Sonya sai à pressa e Rodya vai para casa. Dunya chega inesperadamente, diz-lhe que Razumikhin disse que estava sob suspeita de assassinato, e declara que está do seu lado se precisar, depois saiu. Encontra Lebezyatnikov, que o leva até ao local onde estão Katerina Ivanovna e as suas crianças.
Katerina Ivanovna está quase louca e as suas crianças estão apavoradas, recusa-se a voltar para o apartamento. As crianças tentam fugir, e entra em colapso ao persegui-las, nos estágios finais da sua agonia, é levada para o apartamento de Sonya, onde morre.
Svidrigailov diz a Rodya que irá tomar conta das crianças, e então faz algumas citações que lhe mostra que ouviu a confissão que fez a Sonya. Aterrorizado, entra numa fase de alienação, vagueando por lugares sem descanso.
Um dia, Razumikhin vem até à sua casa para expressar a sua indignação pelo tratamento que o amigo está a dar à sua família, o qual o encarrega de cuidar das senhoras, e chega até a mencionar que Dunya talvez já o ame. Razumikhin sai emocionado, mas volta num instante para contar que Porfiry lhe disse que o pintor Nikolai confessou os assassinatos.
Rodya, aliviado por esta notícia inesperada, está prestes a sair para procurar Svidrigailov quando Porfiry chega. Sentam-se para conversar, e diz a Rodya que sabe que ele é o culpado, e que se deveria entregar, pede-lhe que não abandone a vida, pois tem a vida inteira pela frente. Depois de avisá-lo que irá prendê-lo provavelmente em dois dias, Porfiry sai e deseja boa sorte a Rodya.
Rodya sai em busca de Svidrigailov, e encontra-o numa taberna. Indo directo ao ponto, diz-lhe que o matará se pretende chantagear a irmã com o seu segredo. Um pouco embriagado, Svidrigailov fala sobre a falecida mulher e a sua tentativa de seduzir Dunya. Também fala sobre a sua nova noiva de apenas dezesseis anos. Enojado, Rodya vai-se embora. Pouco depois, Svidrigailov também sai. É seguido por Rodya durante algum tempo, até que se certifica que Svidrigailov não se vai encontrar com Dunya naquele dia e o deixa sozinho.
Pouco depois, Dunya realmente encontra-se com Svidrigailov, que lhe mandou uma carta, a mencionar o segredo do irmão e a prometer apresentar provas. É conduzida para o seu apartamento, sob a alegação de mostrar as tais provas, mas na realidade é para chantageá-la.
Tarde demais, percebe que está trancada no quarto, no entanto, levou consigo uma arma e ameaça atirar se ele se aproximar. No final, deixa a arma de lado, e comovido pelo seu gesto, abandona as suas ameaças. Quando esta afirma que jamais poderá amá-lo, destranca a porta e pede que saia rapidamente. Após a sua saída, coloca os seus negócios em ordem e passa o resto do dia vagueando sem rumo. Por fim, na manhã seguinte suicida-se com um tiro.
Naquele mesmo dia, Rodya vai ver a sua mãe pela última vez, antes de se entregar.
Depois da sua visita, apressa-se a voltar para casa, onde encontra a irmã à sua espera, despede-se dela e vai até a casa de Sonya.
Sonya dá-lhe uma cruz, e sai de forma brusca, sem mesmo lhe dizer adeus, impaciente em terminar com a situação. Rodya continua a não entender porque deveria se entregar, pois na verdade ainda acha que o seu acto não foi algo condenável.
Vai até à polícia, seguido por Sonya. Descobre que Svidrigailov, está morto, e surpreendido, retira-se sem confessar. No entanto, Sonya está à sua espera, e decide finalmente subir as escadas e confessar o seu crime.
Rodya é exilado para a Sibéria e Sonya segue-o até lá. Dunya casa-se com Razumikhin. A mãe morre. Sonya escreve para os Razumikhins sobre Rodya, a contar que não é sociável e é detestado pelos colegas de prisão, onde adoece. Quando recupera, Sonya está também doente, e sente muita a sua falta. Quando fica curada, vai vê-lo, quando por fim se arrepende da verdade, cai a chorar aos seus pés.
Finalmente reconhece o seu pecado, sente-se ressuscitado para amar Sonya e passar a sua vida com ela.





(Adaptação para Português europeu)










Tito Colaço
III _ I _ MMXV























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