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domingo, 18 de janeiro de 2015

Qui meus est orbis...















































Qui meus est orbis...









Qui meus est orbis...













































Um outro mundo, dos tantos e imagináveis que existem.
Daqui dá para ver o quanto se esmera o habitante do mundo ao lado do meu, do muito que faz para se notabilizar, enquanto nos do outro lado, permitem-se respirar. 
Sim. Respirar também é uma conquista, em alguns mundos.
Naveguei, em tempos, por mares, onde terminava a fronteira de outros mundos. Fiz amizades e tréguas com alguns desses habitantes. Desejámos felicidades e partimos em direcção ao nosso canto.
Sim. Cada mundo tem o seu canto. Uns estão no centro, outros em cantos, assim funcionam os mundos.
Dessas viagens, pernoitavam os chamados alaridos humanos. 
O que são? Penso que seriam homens e mulheres que tentavam socializar numa capa oca. Com essa ferramenta, viviam em mundos vastos de superficialidade, e cantavam vitórias. Eram os alaridos.
Mas eram alaridos humanos, apenas porque de noite, deixavam as capas moribundas nos seus corpos guarnecidos pelas capas diurnas, e mergulhavam na imensidão esbelta e luzente que trazem consigo em cada sonho, infestadas de sentimentos, capazes de atravessar o melhor que cada mundo tem, e unir numa humanidade que apenas aí reside.
Respirar o ar fresco do rio deste meu mundo, não é o mesmo dos grandes oceanos transbordados de ar injectado, pelo preço que as capas diurnas podem pagar. 
Sim. Em mundos que só respiram porque podem pagar com a moeda da falsidade e receber o troco da imunidade.
Pisar o musgo macio do meu campo, não é o mesmo dos grandes pastos de verde virtual, compostos por grandes maquetas e figuras pintadas de pessoas e animais que fingem serem reais, perante o aplauso eufórico de tantos figurinos, pagos pela mesma moeda e mesmo troco, dos que respiram dessa forma.
Ser eu e tentar guardar o tempo dentro de mim, como se ele fosse meu, e dele pudesse dispor eternamente, como se eterno fosse atingível, por quem é por pouco tempo, de cada vez que o é, e se dentro de mim, coubesse todo o tempo que podia ter.
Sim. Há mundos que podem pagar e ter troco da tal moeda, mas esses, estão presos e são presos do seu tempo.


Um bom domingo.



TITO COLAÇO

18.01.2015





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Tito Colaço

XVIII _ I _ MMXV
                                     
  


























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