Ergo
ambitio...
Ergo
ambitio...
Não é possível viver neste
mundo sem ambição, simplesmente ser quem realmente somos?
Se começar a compreender
quem é, sem tentar mudar isso, então passa por uma transformação.
Penso que se pode viver
neste mundo anonimamente, completamente ignorado, sem ser famoso, ambicioso,
cruel.
Pode-se viver muito feliz,
quando nenhuma importância é dada ao ego, e isto também faz parte da educação
correcta.
O mundo todo adora o
sucesso.
Ouve as histórias de como
o menino pobre estudou à noite, e finalmente, se tornou juiz, ou como começou a
vender jornais e acabou multimilionário.
É-se alimentado com a
glorificação do sucesso.
Com o empreendimento do
grande sucesso há também grande sofrimento, mas a maioria de nós está preso no
desejo de empreender, e o sucesso é muito mais importante para nós do que a
compreensão e dissolução do sofrimento.
Porque somos espertos e ambiciosos?
A ambição não é um anseio para evitar o que
é?
Esta esperteza não é realmente estúpida,
que é o que somos?
Porque temos tanto medo do que é?
Qual é o bem de fugir, se o que quer que
seja estará sempre ali?
Podemos ter sucesso em fugir, mas o que
somos está ainda ali, gerando assim conflito e miséria.
Porque temos tanto medo da nossa solidão,
do nosso vazio?
Qualquer actividade fora do que é, está
destinada a trazer sofrimento e antagonismo.
O conflito é a negação do que é ou fugir do
que é, não há outro conflito além desse.
O nosso conflito torna-se mais e mais
complexo e insolúvel porque não encaramos o que é.
Não existe complexidade no que é, apenas
nas muitas fugas que intentamos em busca.
Jiddu
Krishnamurti
1st
- “The book of life”
2nd
- “Commentaries
on living. Series 1, Ambition”
I said unto the
world one day:
“I
suspect thee of existence!”
And the world showed
a smiled resistance
To
what I did say.
“Let us go to court”,
he replied; “go we
Before a Court both
wise and rare.
Let Reason one
judge of our cause be;
Imagination be also there
And Feeling
the judges our cause to hear.”
We went before the
Court, and Reason
Said to me: “Thy crime
is half‑treason!
The World's
acquitted of what thou say'st:
Of
existence 'tis guilty not.
This by the written
code of Thought
In
the pages of Unrest.”
(I was but in the
costs condemned
Of the suit I lost
as play;
But those, they
leave me poor and yet
Are
more than I can pay.)
Alexander Search
“The world offended”
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