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segunda-feira, 28 de março de 2016

The purpose of life...






















































The purpose of life...














"There are many people who will give you the purpose of life; they will tell you what the sacred books say. Clever people will go on inventing what the purpose of life is. 

The political group will have one purpose, the religious group will have another purpose, and so on and on. 

So, what is the purpose of life when you yourself are confused? 

When I am confused, I ask you this question: `What is the purpose of life?´, because I hope that through this confusion, I shall find an answer. How can I find a true answer when I am confused? Do you understand? 

If I am confused, I can only receive an answer that is also confused. If my mind is confused, if my mind is disturbed, if my mind is not beautiful, quiet, whatever answer I receive will be through this screen of confusion, anxiety, and fear; therefore, the answer will be perverted. 

So, what is important is not to ask:`What is the purpose of life, of existence?´; but to clear the confusion that is within you. 

It is like a blind man who asks:`What is light?´. If I tell him what light is, he will listen according to his blindness, according to his darkness; but suppose he is able to see, then he will never ask the question: `What is light?´. It is there.

Similarly, if you can clarify the confusion within yourself, then you will find what the purpose of life is; you will not have to ask, you will not have to look for it; all that you have to do is to be free from those causes which bring about confusion.
"




Jiddu Krishnamurti
"The book of life"





















"To know how to be ready, a great thing, a precious gift, and one that implies calculation, grasp and decision. 
To be always ready a man must be able to cut a knot, for everything cannot be untied; he must know how to disengage what is essential from the detail in which it is enwrapped, for everything cannot be equally considered; in a word, he must be able to simplify his duties, his business, and his life. 
To know how to be ready, is to know how to start.
It is astonishing how all of us are generally cumbered up with the thousand and one hindrances and duties which are not such, but which nevertheless wind us about with their spider threads and fetter the movement of our wings. 
It is the lack of order which makes us slaves; the confusion of today discounts the freedom of tomorrow.
Confusion is the enemy of all comfort, and confusion is born of procrastination. 
To know how to be ready we must be able to finish. 
Nothing is done but what is finished.
The things which we leave dragging behind us will start up again later on before us and harass our path. 
Let each day take thought for what concerns it, liquidate its own affairs and respect the day which is to follow, and then we shall be always ready. 
To know how to be ready is at bottom to know how to die."






Henri Amiel
"Intime journal"














"Sabem o que é a vida? 

Vou então explicar-lhes. Já viram os aldeões, vestidos de farrapos, sujos, perpetuamente esfomeados, a trabalhar sem parar? Esta é uma parte da vida. Adiante notarão um homem de carro, a mulher coberta de jóias, perfumada, com vários empregados. Este é outro aspecto da existência. Ali está aquele que voluntariamente abriu mão das riquezas, que vive com simplicidade, anonimamente, como um desconhecido, que não se considera um santo. Também aqui temos outra
parte da vida. 

Depara-se-lhes algures com o homem que deseja tornar-se eremita, e existe ainda o que se torna devoto, o qual não deseja pensar, mas apenas seguir cegamente alguma coisa. Existe, igualmente, aquele que pensa cuidadosamente, com lógica e sanidade, e que, ao descobrir que os seus pensamentos são limitados, procura transcendê-los. Ele também compõe a
vida. E a morte, a perda de tudo, do mesmo modo faz parte da vida. A crença em deuses e deusas, em salvadores, no paraíso, no inferno, são outros fragmentos da existência. E o amor, o ódio, o ciúme, a cobiça, tudo isso configura a vida. 
(Ensinar e aprender)


O que desejo discutir, é o problema da mente que se aplica a este vasto e complexo problema da existência. A existência não se restringe à obtenção ou conservação de um emprego, mas encerra toda a esfera da existência psicológica, quase desconhecida para a maioria de nós. O problema da existência é este vasto complexo de guerras, classes, castas, divisão, a perpétua batalha do homem contra o homem, em competição. (O problema da revolução total)


Pusemos este mundo em desordem, porque não sabemos o que é
viver. Viver não é essa coisa insípida, medíocre, disciplinada, que
chamamos `a nossa existência´. O viver é transbordante de riqueza, é eterna transformação, e enquanto não compreendermos esse movimento eterno, a nossa vida será, de certo, muito pouco significativa. 
(A cultura e o problema humano)


A experiência é uma coisa, o viver é outra. A experiência é uma barreira ao viver; agradável ou desagradável, impede o florescimento dele. A experiência já está encerrada na rede do tempo, no passado; tornou-se memória, que só toma vida como reacção ao presente. A vida é o presente; não é experiência. 

A mente é experiência, o conhecido, não pode pôr-se no`estado de viver´. A mente só conhece a continuidade, e não pode receber o novo. A experiência tem de cessar para dar lugar ao viver. 
(Comentários sobre o viver)


A vida é, e tem de ser, uma série de desafios e `respostas´. 
O desafio não acompanha os nossos gostos e aversões, nem os nossos desejos especiais, assumindo formas diferentes. E, se temos a capacidade de responder ao desafio de maneira adequada, completa, directa, desaparece, então, o problema. 

Mas, o desafio da vida não é feito em nenhum nível determinado da
existência. A vida não está num único nível, quer o económico, quer o espiritual. A vida, é um estado de relação, em níveis diferentes; está sempre a fluir, a expressar-se de maneiras diferentes; e feliz é o homem que tem a capacidade de enfrentar a vida de maneira completa, em níveis diferentes e em todas as ocasiões.
(O que te fará feliz?)


Podemos ver que, num nível, buscamos conforto, bem-estar físico: queremos uma situação folgada, ter dinheiro, amor, posses, viajar e ter a possibilidade de fazer certas coisas. Noutro nível, um pouquinho mais profundo, queremos felicidade, liberdade, ter a capacidade de fazer coisas espectaculares, grandiosas, magnificentes. 

E, se vemos um pouco mais profundamente, desejamos descobrir o
que está além da morte, e o que é o amor, trabalhar por um ideal, pelo estado perfeito. E, mais profundamente ainda, aspiramos a descobrir o que é a Realidade, o que é Deus, o que é essa coisa tão fecunda e sempre nova. Andamos à deriva, impelidos pelas circunstâncias, até chegar a morte.

Assim, pois, nunca nos acalmamos um pouco para fazer um exame de nós mesmos e procurar discernir o que estamos em busca. Pois, em geral, somos medíocres. Não há nada vital, nada novo, nada criador, em nós. Tudo o que criamos é tão vazio, tão vulgar e sem significação! Não cumpre, portanto, averiguarmos o que é que queremos? (Poder e realizações)






Pergunta: Vivemos, mas não sabemos por quê. Para muitos de nós, a vida parece não ter significação. Podeis dizer-nos qual é o significado e a finalidade do nosso viver?

J. Krishnamurti: O que entendemos por `vida´? 
O viver não é, em si, a sua própria finalidade, a sua própria significação? Por que estamos tão insatisfeitos com a nossa vida, por que ela é tão vazia, tão frívola, tão monótona?
Desejamos algo mais, algo superior àquilo que costumamos fazer. 

Positivamente, senhor, o homem que está a viver com plenitude, que 
vê as coisas como são, está satisfeito com o que tem, não está confuso; está lúcido, e por conseguinte, não pergunta qual é a finalidade da vida. Para ele, o próprio viver é o começo e o fim. A nossa dificuldade, pois, é que, sendo a nossa vida vazia como é, queremos encontrar uma finalidade para a vida, e lutamos por alcançá-la. 
 

Tal finalidade da vida não passa de produto intelectual, inteiramente irreal; 
quando a finalidade da vida é solicitada por uma mente estúpida e embotada, essa finalidade há-de ser também vazia. O nosso problema, por conseguinte, consiste em como tornarmos rica a nossa vida, não de dinheiro, etc., mas interiormente rica. A realidade só pode ser compreendida no viver, e não no fugir. A vida é relação, é acção em 
relação. 
(A Arte da libertação)

Vamos então discorrer sobre a finalidade da vida. Em primeiro lugar, 
quando discutimos um assunto dessa natureza, devemos por certo fazê-lo com muito empenho, e não com uma mentalidade académica, erudita ou superficial, porque isso não nos leva a parte alguma. 

A vida, por certo, implica acção diária, pensamento diário, sentimento diário. Implica as lutas, as dores, as ânsias, os enganos, as tribulações, a rotina do escritório, dos negócios. Por `vida´ entendemos não uma só esfera ou camada da consciência, mas o processo total da existência, que é a nossa relação com as coisas, com as pessoas, com as ideias. É isso o que entendemos por vida, e não uma coisa abstracta. 

Cumpre-nos averiguar muito claramente o que entendemos por finalidade, 
se há finalidade. Podeis dizer que há uma finalidade: alcançar a realidade, Deus, ou o que quiserdes. Para alcançarmos esse alvo, porém, precisamos conhecê-lo, conhecer a extensão, a profundidade do mesmo.Uma vez que a realidade é o desconhecido, a mente que busca o desconhecido deve primeiro libertar-se do conhecido. 

Para descobrir a finalidade da vida, a mente precisa estar livre de
medida. O que é mais importante: descobrir a finalidade da vida ou libertar a mente do seu próprio condicionamento, para depois investigar?
Talvez, quando a mente estiver livre de condicionamento, essa liberdade, em si, seja a finalidade. 

O requisito primordial, portanto, é a liberdade, e não a busca da finalidade 
da vida. Sem liberdade, é bem óbvio que não podemos encontrá-la; sem ficarmos livres das nossas pequeninas necessidades, os nossos desígnios, ambições, da nossa inveja e malevolência, como é possível investigar ou descobrir a finalidade da vida? 

Afinal, senhores, para descobrir a verdade, ou Deus, preciso
primeiro compreender a minha existência, a vida em torno de mim e em mim, pois de outro modo, a busca da realidade se transforma em mera fuga da acção de cada dia; e como a maioria de nós não compreende a acção de cada dia, visto que para a maioria de nós a vida é servidão, dor, sofrimento, angústia, dizemos:`Pelo amor de Deus, dizei-nos como fugir disto´. É o que queremos, a maioria de nós: um narcótico, para não sentirmos as dores e as penas da vida. 
(Novo acesso à vida)


A verdadeira simplicidade da inteligência, isto é, o ajustamento
profundo ao movimento da vida, só advém quando, mediante o percebimento compreensivo e correcto esforço, começamos a desfazer as múltiplas camadas de resistência auto-protectora. Então, teremos a possibilidade de viver espontânea e inteligentemente. 

Entretanto, é unicamente através da dúvida, da crítica, que podeis
preencher-vos; e a finalidade da vida é o preenchimento, não o acumular, não a consecução. A vida é um processo de busca, não para um fim particular, mas para libertar a energia criadora, a inteligência criadora no homem; é um processo de movimento eterno, desimpedido de crenças, grupos de ideias, dogmas, conhecimento. 

O viver realmente exige abundância de amor, de sensibilidade ao

silêncio, grande simplicidade, experiência. Requer uma mente capaz de pensar com toda a clareza, não tolhida pelo preconceito ou pela superstição, pela esperança ou pelo medo. Tudo isso é a vida, e se não 
estais a ser educados para viver, a vossa educação é sem significação.
(A cultura e o problema humano)

Como a nuvem perseguida pelos ventos através do vale, é o homem. O homem não tem alvo, está cego para a finalidade da vida; e nele, e portanto no mundo, domina o caos e a desintegração. 

E qual é a finalidade da vida? É a liberdade da vida, a libertação da vida de todas as coisas, depois de havermos passado por todas as experiências. 

Desejo mostrar-vos que, para preencherdes a vida, como eu a preenchi, 
deveis acolher alegremente toda a experiência, quer agradável, quer desagradável. 
(A finalidade da vida)

Para o indivíduo auto-consciente, há sujeito e objecto. Mas a finalidade 
da existência, a plenitude do indivíduo, é realizar em si próprio, sem objecto ou sujeito, a Totalidade, que é a vida pura. Portanto, é na subjectividade do indivíduo que o objecto realmente existe. 

Nele reside o começo e o fim, a origem e a meta. Em criar uma ponte 
entre o começo e o fim consiste o preenchimento do homem. Enquanto não vos compreenderdes a vós mesmos, não penetrardes na vossa 
própria plenitude, podeis ser dominados, presos à roda da luta contínua. 
(Experiência e conduta)

Alcançar a Verdade é desdobrar a vida, é dar-lhe a mais ampla
possibilidade de expressão. Para mim, a única meta, o único mundo que é eterno, absoluto, é o mundo da verdade. 

O homem a quem essa visão se manifestou, tem sempre diante de si, ainda que empenhado nas lutas do mundo, esse alvo eterno. Embora ele 
peregrine por entre as coisas transitórias, ainda que se perca nas sombras, a sua vida será sempre guiada por esse alvo, que é a libertação de todos os desejos, experiências, tristezas, dores e lutas.

Na sombra do presente, está preso o homem. Cavar uma passagem,

através do presente, para o eterno, eis a finalidade do homem. Deve todo o ser humano entregar-se à tarefa de perfurar esse túnel, que representa o caminho directo para se alcançar a vida. 
 

E esse túnel, que é o único caminho que conduz ao preenchimento da vida, 
está dentro de vós mesmos. Nesse túnel não há regressar, porque lançais para trás o que removeis da vossa frente. Não podeis ir senão para diante, pois de contrário, cessará o progresso como tal. 
(A finalidade da vida)

O propósito último da existência individual é realizar o ser puro, em que não 
há separação, que é a realização do Todo. 
O preenchimento do destino do homem é ser a totalidade.
 A individualidade é apenas um fragmento da Totalidade. 

Mas a finalidade da existência, a plenitude do indivíduo, é realizar em si próprio, sem objectivo ou sujeito, a totalidade que é a vida pura. No indivíduo estão o começo e o fim. Nele reside a totalidade de toda a experiência, de todo o pensamento, de toda a emoção. Nele está toda a potencialidade, e a sua tarefa é realizar essa objectividade no subjectivo. 

Em criar uma ponte entre o começo e o fim consiste o preenchimento do homem. Na civilização actual, entretanto, a colectividade está-se a esforçar para dominar o indivíduo, sem respeitar o seu desenvolvimento, mas é o indivíduo que importa.
Então ele já não será dominado pela moralidade, pela estreiteza, pelas convenções e experiências de sociedades e grupos. (Experiência e conduta)

Fui procurar por mim mesmo o propósito da vida, e encontrei-o sem a autoridade de outrem. Penetrei nesse oceano de libertação e felicidade, onde não há limitação nem negação, porque ele é o preenchimento da vida. (Vida em liberdade)"


Jiddu Krishnamurti





















"Our business is to treat life as the grandfather treats his granddaughter, or the grandmother her grandson; to enter into the pretenses of childhood and the fictions of youth, even when we ourselves have long passed beyond them. It is probable that God himself looks kindly upon the illusions of the human race, so long as they are innocent. There is nothing evil but sin, that is, egotism and revolt. And as for error, man changes his errors frequently, but error of some sort is always with him. Travel as one may, one is always somewhere, and one's mind rests on some point of truth, as one's feet rest upon some point of the globe. 

Society alone represents a more or less complete unity. The individual must content himself with being a stone in the building, a wheel in the immense machine, a word in the poem. He is a part of the family, of the state, of humanity, of all the special fragments formed by human interests, beliefs, aspirations, and labors. 

The loftiest souls are those who are conscious of the universal symphony, and who give their full and willing collaboration to this vast and complicated concert which we call civilization.

In principle the mind is capable of suppressing all the limits which it discovers in itself, limits of language, nationality, religion, race, or epoch. But it must be admitted that the more the mind spiritualizes and generalizes itself, the less hold it has on other minds, which no longer understand it or know what to do with it. Influence belongs to men of action, and for purposes of action nothing is more useful than narrowness of thought combined with energy of will.

The forms of dreamland are gigantic, those of action are small and dwarfed. To the minds imprisoned in things, belong success, fame, profit; a great deal no doubt; but they know nothing of the pleasures of liberty or the joy of penetrating the infinite. 
However, I do not mean to put one class before another; for every man is happy according to his nature."


Henri Amiel
"Intime journal"












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