"Insanity in individuals is something rare, but in groups, parties, nations and epochs it is the rule."
"Man is more ape
than many of the apes."
Friedrich Nietzsche
“The social morality is
no morality at all; it's immoral because it admits competition, greed,
ambition,
and therefore society is encouraging immorality.”
“We human beings are what we
have been for millions of years, colossally greedy, envious, aggressive,
jealous, anxious and despairing, with occasional flashes of joy and affection.
We are a strange mixture of hate, fear and gentleness; we are both violence and
peace.
There has been outward progress from the bullock cart to the jet plane
but psychologically the individual has not changed at all, and the structure of
society throughout the world has been created by individuals.
The outward
social structure is the result of the inward psychological structure of our
human relationships, for the individual is the result of the total experience,
knowledge and conduct of man.
Each one of us is the storehouse of all the past.
The individual is the human who is all mankind. The whole history of man is
written in ourselves.
Do observe what is actually
taking place within yourself and outside yourself in the competitive culture in
which you live with its desire for power, position, prestige, name, success and
all the rest of it, observe the achievements of which you are so proud, this
whole field you call living in which there is conflict in every form of
relationship, breeding hatred, antagonism, brutality and endless wars.
This
field, this life, is all we know, and being unable to understand the enormous
battle of existence we are naturally afraid of it and find escape from it in
all sorts of subtle ways.
And we are frightened also of the unknown, frightened of death, frightened of what lies beyond tomorrow.
So we are afraid
of the known and afraid of the unknown. That is our daily life and in that
there is no hope, and therefore every form of philosophy, every form of
theological concept, is merely an escape from the actual reality of what is.”
Jiddu Krishnamurti
"Freedom from the known"
"PERGUNTA: Eu
desejaria ser isento do espírito de competição; mas como se pode viver sem
competir, numa sociedade altamente
competidora?
J. KRISHNAMURTI: Vêde,
admitimos como coisa inevitável que teremos de
viver nesta sociedade de competição;
estabelecemos pois, uma
premissa para ponto de partida. Enquanto
disserdes: `Tenho de viver nesta sociedade competidora´,
sereis competidor.
A sociedade é ávida, cultiva o bom
êxito, e se também desejais ser bem-sucedido, sois
obrigado, naturalmente, a competir.
Mas o problema é muito mais
profundo
do que a mera competição. O
que está na base do desejo de competir?
Em todas as escolas
ensinam-nos
a competir, não é
verdade?
A competição se
exemplifica
no dar notas, no comparar o
menino pouco inteligente com o menino muito
inteligente, no salientar que o menino pobre pode
chegar a presidente da nação ou da General Motors... Conheceis bem essas coisas.
Porque atribuímos tanta
importância à competição?
O que há de significativo
nisso?
Uma das coisas que a competição implica é a
disciplina, não é exacto?
Tendes de controlar, ajustar,
marcar um limite, ser como os demais, porém melhor. E,
assim, vos disciplinais para lograr o desejado
êxito.
Prestai atenção a isto:
onde existe o estímulo à
competição, tem de haver também o processo de disciplinar a
mente, segundo um certo padrão de acção;
e não é
esta uma das maneiras de controlar uma criança
?
Se desejais tornar-vos
alguma coisa, tendes de controlar,
de disciplinar, de competir. Fomos criados segundo esse
princípio, e o transmitimos aos nossos filhos. E,
entretanto, falamos de dar à
criança liberdade para
descobrir!
A competição oculta o
estado do nosso próprio ser. Se desejais compreender a
vós mesmos, ireis competir com outro, ireis
comparar-vos com alguém?
Podeis compreender-vos através da
comparação? Podeis compreender
alguma coisa por
comparação, julgamento?
Compreendeis um quadro
comparando-o com outro quadro, ou só o
compreendeis quando a vossa mente está toda absorta no
quadro, sem fazer comparações?
Estimulais o espírito de
competição no vosso filho, por desejardes que ele
tenha bom êxito naquilo em que o não tivestes; desejais preencher-vos pelo
vosso filho ou da vossa pátria.
Pensais que o progresso, a evolução, consistem em
julgamento, comparação; mas quando é que comparais,
quando competis?
Só o fazeis quando estais
inseguro a vosso próprio respeito, quando não compreendeis a
vós mesmos, quando existe temor no vosso
coração.
Compreender a si mesmo
é compreender todo o processo
da vida, e o auto-conhecimento é o começo da sabedoria.
Sem auto-conhecimento, porém, não há compreensão:
apenas ignorância; e a perpetuação da
ignorância não é progresso.
É então necessária a
competição para compreendermos a nós mesmos?
Preciso competir
convosco
para compreender a mim
mesmo? E porque rendemos culto ao sucesso?
O homem incapaz de
criar, que nada encerra em si
mesmo, esse homem é que está sempre a esforçar-se,
na esperança de um ganho, na esperança de tornar-se
algo; e como quase todos nós somos interiormente
pobres, interiormente indigentes, competimos, a fim de nos
tornarmos exteriormente ricos.
A ostentação exterior de
conforto, de posição, de autoridade, de poder,
deslumbra-nos, porque é essa coisa que desejamos. Tudo isso é obviamente
verdadeiro; entretanto, se o ouvis com o pensamento
de que tendes de viver
neste mundo de competição,
não estais a escutar realmente, estás somente a
comparar.
Se não competirdes, podereis perder o emprego;
se isso acontecer, que será das vossas
responsabilidades, quem irá sustentar os vossos filhos? E, nessas
condições, continuais numa roda-viva de competição.
O homem que está de todo interessado em
descobrir o que é verdadeiro, que está num estado de revolta, tem
necessariamente
de se sujeitar a muitos
desconfortos físicos, não é verdade? Pode perder o seu
emprego. Por que não?
A mente sempre agarrada à
segurança nunca encontrará a realidade. Só quando a
mente compreender o real, serão resolvidos os
nossos problemas, e não antes disso.
O que quer que façamos, por
mais sagazes
que sejam as nossas mentes,
por mais conhecimentos que adquiramos, qualquer
que seja o processo de análise que adoptarmos,
enquanto não encontrarmos o Real, que tem de ser
descoberto a cada minuto, não haverá solução
definitiva para os problemas humanos.
Surge a competição quando
existe o desejo de sermos bem-sucedidos, de
nos tornarmos algo no mundo material ou no mundo do
saber, da intenção psicológica; e enquanto a mente estiver
a competir, comparar, julgar, jamais conhecerá o
Real.
Só quando a mente deixou
completamente de escolher, de comparar, de julgar, de condenar, só
então existe a possibilidade
de se ver o que é
verdadeiro, momento por momento; e aí se encontra a
solução de todos os nossos problemas."
Jiddu Krishnamurti
"Percepção criadora"
t.
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