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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Change no change...



































Change no change...










Change no change...















Change no change...













Os homens 
sem pé
no seu tempo





Das coisas tristes que o mundo tem, são os homens sem pé no seu tempo.
Os desgraçados que aparecem assim, cedo de mais ou tarde de mais, lembram-me na vida terras de ninguém, onde não há paz possível.
Imagine-se a dramática situação dum cavernícola transportado aos dias de hoje, ou vice-versa.
A cada época corresponde um certo tipo humano.
Um tipo humano intransponível, feito da unidade possível em tal ocasião, moldado psicologicamente, e fisiologicamente até, pelas forças que o rodeiam.
A Idade Média tinha como valores Aristóteles e os doutores da Igreja.
E qualquer espírito coevo, por mais alto que fosse, estava irremediavelmente emparedado entre a Grécia sem Platão e as colunas do Templo.
De nada lhe valia sonhar outro espaço de movimento. Cada inquietação realizava-se ali. O que seria, pois, um Vinci do Renascimento, multimodo, aberto a todos os conhecimentos, a bracejar dentro de tão acanhados muros?
Neste trágico século vinte, sem qualquer sério conteúdo ideológico, sem nenhuma espécie de grandeza fora do visceral e do somático, todo feito de records orgânicos e de conquistas dimensionais, que serenidade interior poderá ter alguém alicerçado em valores religiosos, estéticos, morais, ou outros?
Nenhuma.
Entre o abismo da sua impossibilidade natural de deixar de ser o que é, e a muralha que o separa inexoravelmente do plaino onde se move e se justifica a multidão circundante, o desgraçado é como aquelas algas desenraizadas que o mar atira impiedosamente à terra, e que a terra devolve impiedosamente ao mar.
É claro que na maior parte das vezes a pobre alga protesta.
Todos se devem lembrar de Romain Rolland a erguer a voz impotente contra a guerra de 14.
Sabemos o que valeu o seu grito.
Foi só o tempo de disparar o primeiro canhão.
O protesto, como um gemido inútil, ficou à retaguarda, abafado pelo estrépito dos que passavam.
É a eterna e triste lei das realidades. Tão eterna e tão triste, que até passando do individual para o colectivo ela é verdadeira.





Miguel Torga
"Diário (1942)"





























































Please excuse me, I've been living in the past
I have walked the same old path for many years
Please excuse me, can you guide me, I am lost
All these places, my map, they just don't match

What has happened, what is wrong, I'm homeward bound
Where's the winding road that's leading to our house
Where's the bridge and where's the forest where I walked
In my childhood, all I see is a motorway

Where are the fishes that were swimming in our lake
Watch this dry land which has driven away the rain
What's that fear I can perceive inside the night
What's that anger that is travelling with the clouds
What's that anger that is travelling with the clouds

Where's the logic, did we lose it on our way
To the land of opportunity one day
All the greedy worms inside the human mind
Don't take notice of the ripples they leave behind

In the wake of evolution sails a court
Can we face the verdict of posterity
Where's the anchor watch out the boat just drifts away
Where's the guide we need to lead us away back home

Who's the owner of this frightful silhouette
That is spiting all our actions and our thoughts
Who's the winner in this self-defeating race
Our children's children are the losers anyway
Our children's children are the losers now it's

Time
We're closer to the edge than yesterday
We must break this circle find another way
Let our children's children celebrate this day
We are closer to the edge than yesterday
So let our children's children celebrate this day
When we found our way
When we found our way

Time
We're closer to the edge than yesterday
We must break this circle find another way
Let our children's children celebrate this day
We are closer to the edge than yesterday
When we found our way
When we found our way



Kaipa
“In the wake of evolution”




























 Tito Colaço 

 IX _ XII _ MMXIV 
















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