Inner travel...
Inner travel...
Nós nunca
nos entendemos
Após
uma boa hora de conversa, entendemo-nos perfeitamente. Amanhã vem ter comigo
com as mãos na cabeça, gritando:
- Como é possível? O que é que você percebeu? Não me disse isto e isto?
Isto e isto, perfeitamente.
- Como é possível? O que é que você percebeu? Não me disse isto e isto?
Isto e isto, perfeitamente.
Mas
o problema é que você, meu caro, nunca saberá nem eu lhe poderei nunca dizer
como se traduz, em mim, aquilo que você me disse.
Não
falou turco, não.
Eu
e você usámos a mesma língua, as mesmas palavras.
Mas
que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias?
Vazias,
meu caro. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido, e eu, ao
recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido. Pensámos que nos
entendíamos, de facto, não nos entendemos.
E
conto velho também é o facto de o sabermos.
Eu
não pretendo dizer nada de novo. Apenas volto a perguntar-lhe:
- Porque continua, então, a proceder como se não o soubesse?
- Porque continua, então, a proceder como se não o soubesse?
Porque
continua a falar-me de si se sabe que para ser para mim como é para você mesmo
e para eu ser, para si, como sou para mim, seria preciso que eu, dentro de mim,
lhe desse a mesma realidade que você dá a si mesmo, e vice-versa, e isso não é
possível?
Infelizmente, meu caro, faça o que fizer, dar-me-á sempre uma realidade à sua maneira, mesmo acreditando de boa-fé que é à minha maneira, e será, não digo que não, talvez seja, mas um “à minha maneira” que eu não conheço nem poderei nunca conhecer, que apenas você, que me vê de fora, conhecerá: portanto, um “à minha maneira” para si, não um “à minha maneira para mim”.
Infelizmente, meu caro, faça o que fizer, dar-me-á sempre uma realidade à sua maneira, mesmo acreditando de boa-fé que é à minha maneira, e será, não digo que não, talvez seja, mas um “à minha maneira” que eu não conheço nem poderei nunca conhecer, que apenas você, que me vê de fora, conhecerá: portanto, um “à minha maneira” para si, não um “à minha maneira para mim”.
Luigi Pirandello
"Um,
ninguém e cem mil"
This life is a dream
A gift we receive
To live and to love
We forge The Path
Our nightmare in birth
Our strunggle for worth
In vain we carry on
Our mission to become
Adapt to this world
It's a a chance we must take
We'll play our hand
A gift we receive
To live and to love
We forge The Path
Our nightmare in birth
Our strunggle for worth
In vain we carry on
Our mission to become
Adapt to this world
It's a a chance we must take
We'll play our hand
Haken
“The path”
Tito Colaço
II _ XII _ MMXIV
0 comentários:
Enviar um comentário