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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Inner travel...













Inner travel...












































Inner travel...








        Nós nunca        
  nos entendemos  



Após uma boa hora de conversa, entendemo-nos perfeitamente. Amanhã vem ter comigo com as mãos na cabeça, gritando:
- Como é possível? O que é que você percebeu? Não me disse isto e isto?
Isto e isto, perfeitamente.
Mas o problema é que você, meu caro, nunca saberá nem eu lhe poderei nunca dizer como se traduz, em mim, aquilo que você me disse.
Não falou turco, não.
Eu e você usámos a mesma língua, as mesmas palavras.
Mas que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias?
Vazias, meu caro. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido, e eu, ao recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido. Pensámos que nos entendíamos, de facto, não nos entendemos.
E conto velho também é o facto de o sabermos.
Eu não pretendo dizer nada de novo. Apenas volto a perguntar-lhe:
- Porque continua, então, a proceder como se não o soubesse?
Porque continua a falar-me de si se sabe que para ser para mim como é para você mesmo e para eu ser, para si, como sou para mim, seria preciso que eu, dentro de mim, lhe desse a mesma realidade que você dá a si mesmo, e vice-versa, e isso não é possível?
Infelizmente, meu caro, faça o que fizer, dar-me-á sempre uma realidade à sua maneira, mesmo acreditando de boa-fé que é à minha maneira, e será, não digo que não, talvez seja, mas um “à minha maneira” que eu não conheço nem poderei nunca conhecer, que apenas você, que me vê de fora, conhecerá: portanto, um “à minha maneira” para si, não um “à minha maneira para mim”. 




  Luigi Pirandello  
 "Um, ninguém e cem mil" 
























































This life is a dream
A gift we receive
To live and to love
We forge The Path

Our nightmare in birth
Our strunggle for worth
In vain we carry on
Our mission to become

Adapt to this world
It's a a chance we must take
We'll play our hand


Haken
“The path”

































Tito Colaço
II _ XII _ MMXIV






















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