The happiness...
The Happiness...
The Happiness...
A felicidade
é modesta
e não ambiciosa
Aqui
tens o que posso dizer-te constantemente, a matéria que poderei estar sempre a
debater, pois ambos vemos à nossa roda inúmeros milhares de pessoas inquietas,
que a fim de obterem algo de altamente nocivo, andam com perseverança a
praticar o mal, sempre à procura de coisas que logo a seguir deixam de lhes
interessar, ou mesmo as enchem de repulsa!
Já
viste alguém contentar-se com uma coisa que, antes de a obter, lhe parecia mais
que suficiente?
A
felicidade, ao contrário da opinião corrente, não é ambiciosa, mas sim modesta,
e por isso mesmo nunca sacia ninguém.
Tu
pensas que aquilo que satisfaz o vulgo é elevado porque ainda estás longe da
perfeição estóica, para quem a alcançou, tudo isso é absolutamente rasteiro!
Minto:
para quem começou a subir até esse nível, pois o ponto que tu pensas ser já o
mais alto não passa de um degrau.
Toda a
gente é infelizmente confundida pela ignorância da verdade.
Enganada
pela opinião vulgar, procura como se fossem bens certas coisas que, depois de
muito penar para as conseguir, verifica serem nocivas, inúteis ou inferiores ao
que esperava.
A
maior parte das pessoas sente admiração por coisas que só ao fim de algum tempo
se revelam ilusórias, e assim é que o vulgo toma por bom o que apenas parece
grande.
Séneca
“Cartas a Lucílio”
The Happiness...
Tito
Colaço
XXI
_ XII _ MMXIV
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