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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

There must be...









There must be...




























We think too much 
and feel too little


































Sentes, pensas e sabes
que pensas e sentes






Dizes-me: tu és mais alguma coisa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm ideias sobre o mundo?

Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as coisas:
Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter côr?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".
E não digo mais nada. Que mais há a dizer? 






Alberto Caeiro
"Poemas inconjuntos" 








































I had so much to say
But no words to speak
The feelings were strong
But I was only weak

So there we were again
Tragic and absurd
Choking on every line
And every final word

A few pages from an old diary
A dusty shelf, an unread history
All these words and memories
Are all of you that's really left for me

And a fading memory
Can't cloud the pain
When the voice is gone
The words still remains

And the years that fall away
Can't stop the rains
When illusion's gone
The truth still remains

A few lines from life's long soliloquy
A dying voice in one part harmony
All these words and memories
Are all of you that's really left for me

And a fading memory
Can't cloud the pain
When the voice is gone
The words still remains

And the years that fall away
Can't stop the rains
When illusion's gone
The truth still remains

A final moment of clarity
A touch, a look, a last apology
All these words and memories
Are all of you that's left for me

And a fading memory
Can't cloud the pain
When the voice is gone
The words still remains

And the years that fall away
Can't stop the rains
When illusion's gone
The truth still remains

Where is the way
Where is direction
The ever open arms
Of over protection
Where is the hope
Where is laughter
The wild winter dreams
Of happy ever after

Deep in the night
Underneath the darkest skies
Searching for some sign or some distant light
Screaming yet unheard
Repeating every line
And every final word

They remain, they remain
You still remain
All these words and memories
And everything you were to me
They remain, they remain
You still remain

And here I am again
Tragic and absurd
Repeating every line
And every final word




Fates Warning
“Still remains”









































































Tito Colaço
 XVI _ XII _ MMXIV 





























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