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domingo, 7 de dezembro de 2014

Don't fool yourself...




















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Don't fool yourself...














Os sábios célebres




Todos vós, os sábios célebres, nunca fostes mais do que os servidores do povo e da superstição popular, e não os servidores da verdade.
E é precisamente por isso que vos têm honrado.
E por isso também foi tolerada a vossa incredulidade, porque parecia uma brincadeira, um rodeio engenhoso que vos levava ao povo.
Assim o amo dá maior liberdade aos seus escravos e regozija-se até com a sua presunção. 
Mas aquele que o povo odeia, com o ódio do lobo pelos cães, é o espírito livre, inimigo das algemas, aquele que não adora, aquele que habita as florestas. 
Persegui-lo até ao seu esconderijo, é aquilo a que o povo, sempre chamou ter o “sentido de justiça”, e ainda por cima dão caça ao solitário com os seus ferozes mastins. 
“Porque a verdade está onde o povo está! Ai daqueles que a procuram!” - é isto o que ecoa através dos tempos. 
Queríeis assentar na razão a piedade tradicional do vosso povo e é a isso que chamais “a vontade de verdade”, ó sábios célebres! 
E o vosso coração insiste em dizer para si próprio: “Eu vim do povo, foi também do povo que me veio a voz de Deus.” 
Teimosos e prudentes como burros, sempre tomastes a defesa do povo. 
E mais de um poderoso que queria estar em boas relações com o povo, atrelou à dianteira dos seus cavalos um burrico, um sábio célebre. 




Friedrich Nietzsche
“Assim falava Zaratustra”































































































"É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão do que um só homem."

Heródoto



















Tito Colaço
VII _ XII _ MMXIV






















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