True
love
and
happiness...
True love
and
happiness...
happiness...
Não confundas o amor
com o delírio da posse
Não confundas o
amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos.
Porque,
contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de
propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer.
Por eu amar a
Deus, meto-me a pé pela estrada fora, coxeando penosamente para o levar aos
outros homens.
E não reduzo o meu
Deus à escravatura. E sou alimentado com o que ele dá a outros.
Eu sei assim
reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado.
O amor verdadeiro
começa lá onde não se espera mais nada em troca.
A felicidade está no realizar,
e não no usufruir
Atolavam-se na
ilusão da felicidade que extraíam dos bens possuídos.
Ora a felicidade o
que é senão o calor dos actos e o contentamento da criação? Aqueles que deixam
de trocar seja o que for deles próprios e recebem de outrem o alimento, nem que
fosse o mais bem escolhido e o mais delicado, aqueles que ouvem subtilmente os
poemas alheios sem escreverem os poemas próprios, aproveitam-se do oásis sem o
vivificarem, consomem cânticos que lhes fornecem, e fazem lembrar os que se
apegam às manjedouras no estábulo e, reduzidos ao papel de gado, mostram-se
prontos para a escravatura.
Antoine de Saint-Exupéry
"Cidadela"
Tito Colaço
XXIV _ XII _ MMXIV
0 comentários:
Enviar um comentário